segunda-feira, 27 de abril de 2015

SOU SEMPRE A TUA LUA, TEU ASTRO



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SOU SEMPRE A TUA LUA, TEU ASTRO


As tais palavras que guardaste em ti…
Só para ti, são fulgentes sempre em mim.
A cegueira que nos possuiu… lê aqui,
Em braille, almas que partiram de mim.

Almas que partiram sem um destino…
Almejam outros corpos…pele tua
Que se estende pelos ventos, algo hino…
Coração da mulher que é sempre tua.

Esfinge da tua boca, que soa a lágrimas
Pelo tempo…aqui ergue as suas asas...o mastro
Aos teus braços (novamente) e tu amas
Como ninguém. Sou sempre a tua lua, teu astro.

® RÓ MAR


domingo, 26 de abril de 2015

AMOR À MODA ANTIGA


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AMOR À MODA ANTIGA 


Amor à moda antiga era só um beijo 
Numa flor e rubro sorrir bordado. 
O que está sempre em moda e que nem vejo. 
Amar de coração é que é ser amado. 

Num jeito meio desastrado…era vida 
Que havia a florir bancos de jardim, 
Momento que eternizava pela vida. 
Amar de alma é que é pelo tempo jasmim. 

Agora o amor confunde-se ao prazer, 
Não porque queira e nem sempre se aprende, 
Nasce em si. Assim como a flor ele é ser. 

Amor à moda antiga também há agora, 
Sentimentos floreados que o subentende. 
Nasce de si, um beijo que se enamora. 

® RÓ MAR 

LIVROS SÃO…


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LIVROS SÃO… 

E SÃO TAMBÉM O CORAÇÃO DOS SONHOS


Livros são carinhos de almas, estrelas
Dos céus que alumiam múltiplos caminhos
E são também o coração dos sonhos
Que pulsa ao ventre de largas janelas.


® RÓ MAR

sábado, 25 de abril de 2015

ABRIL, DO TEU LEMA ADOLESCER FAZ MOTE




ABRIL, DO TEU LEMA ADOLESCER FAZ MOTE 


Abril que perfumaste de anil tão palavras a liberdade 
E cativastes à terra cristais verde esperança, tonalidade 
Que solidificou os múltiplos olhos encharcados de lágrimas 
Que provieram de chuvas tão poluídas, teias cardadas à pressão. 

Abril, que na semente à mudança pelo cravo de mão em mão, 
Teu regaço viu a mão da força que tem uma nação, que teima crescer; 
Cantavas de garganta tão afinada Grândola Vila Morena 
E o povo que tão aplaudia, mocidade de se ver. 

Abril, que quarentão de tantas almas… 
Estreito coração que sangra à justiça e à liberdade 
Na nitidez de quem sabe que não é mais criança 
E sapiente, pois a idade ainda permite, grita à liberdade. 

Adolescer é o teu lema e serás amanhecer… 
Nas mãos de tantas outras crianças; alvas de esperança 
Nascerão, não num cravo qualquer, um cravo de cativeiro, 
Cultivado em viveiro pelas mãos sábias d’um jardineiro. 

Abril, que teus anos doirados transcrevem pelas ruas a euforia, 
O que vês!? Um sisudo corrimão, muita gritaria… 
Passadeira vermelha e tão tresloucada multidão, 
Que nem sabe olhar ao tempo outrora!? 

Abril sai a rua, diz aos netos que vida é agora 
Da vida que ainda há em ti semeia o dia em boa hora; 
Segue enquanto ainda é tempo, não há outra volta, 
Nem mui cedo, nem tarde, em mui boa hora. 

Abril corre pelas ruas e ensina o tão cantar liberdade 
Sem temer que te cobrem pela identidade; 
O teu nome é alvorada que pela teia tece verdade 
E as ruas são crus panos que ensejam à mocidade. 

Abril, que não tropeces pelo caminho, vai pela rua serena, 
Livra-te das chuvas miudinhas, molham; 
Livra-te a sonsos olhares, têm oco coração, 
Outra versão; Segue… o povo está ao teu lado. 

Abril, do teu lema adolescer faz mote… 
Compõe uma nova letra, que cantarás de camarote; 
Segue o sonho… o povo está do teu lado, 
Nem mui cedo, nem tarde, em mui boa hora. 

® RÓ MAR 

terça-feira, 14 de abril de 2015

AMIZADE = CONFIANÇA



Imagem - Rafal Olbinski - Voyage au coeur de l'Art - Travel to the heart of the Art 


AMIZADE = CONFIANÇA


A confiança é o alicerce fundamental para um bom relacionamento e é com base nela que se constrói a amizade. A cumplicidade entre seres deverá estar patente no reciproco bem-estar. Não é com base na mentira, hipocrisia e interesses que se constrói verdadeiras amizades. Quando os ditos amigos falham nesse sentido desencadeia-se a desconfiança, baseada no que a antecedeu, o que dificulta a engrenagem da relação. De qualquer forma, há sempre o benefício da dúvida que a reformula baseado no perdão e no afecto que estes seres nutrem. Mas, nem a santa paciência, toda a boa-fé e companheirismo dão margem para uma terceira oportunidade. E, assim se verifica um desenlace que pode vir a causar rotura. Pois, ser amigo não é estar em qualquer circunstância do mesmo lado, neste caso específico é necessário o afastamento, embora possa doer, está em causa a auto-estima, que nunca devemos descurar, e os valores éticos. 
Aqui fica, a deixa para uma possível reflexão, o que talvez ajude certos seres a se comportarem de forma diferente. A humanidade seria bem melhor se todos ponderássemos as nossas atitudes principalmente perante os outros. Nem todos temos o mesmo carácter, mas somos todos seres humanos e disso não há dúvida, respeitemos-nos, já para não falar de mais… alguns seres que se regem de máscaras para esconder o mau carácter, inadmissível. 

Temos que convir que a amizade é fundamental para o ser humano e é o perfeito equilíbrio para o bem-estar em sociedade. Então, para quê poluir o que de melhor há para nós!? 
Sejamos confiantes, sejamos amigos, sejamos seres humanos dignos de tal milagre.

® RÓ MAR

 

domingo, 12 de abril de 2015

E, NEM SEQUER UMA LÁGRIMA VERTE…



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E, NEM SEQUER UMA LÁGRIMA VERTE…


Foram anos de uma suposta união!
Foram sonhos que se consumiram
E empurraram as portas do coração
Para um ténue feixe de solidão.

E, nem sequer uma lágrima verte…

À janela o tempo é vidro embaçado
E o velho espelho partiu-se, a sorte!
Nada se vê, nada se sente do mundo,
Respira-se uma essência qualquer, inerte.

E, nem sequer uma lágrima verte…

As lágrimas que tinham direito à vida…
Há-as nas palavras que não proferiram;
Há-as nos cansaços dos que sempre amam.
Fecham as portas e eis a despedida!

E, nem sequer uma lágrima verte…

® RÓ MAR

A VIDA, ASSIM COMO O AMOR É PASSAGEM



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A VIDA, ASSIM COMO O AMOR

 É PASSAGEM


A vida tem amor e seus percalços…
Que quais, ardiloso que vem cabear!
São os ventos que arrastam ondas do mar,
Cobiçado o amor, e a areia abre seus braços!

A cousa que modelou o corpo à areia
Era pé de flor, raiz à terna poesia.
Quanto engenho naqueles suaves traços
E se veem pelos corações aos pedaços!

O tempo assim o quis, um outro amar…
Que nem parou segundos para escutar,
Ainda assim o sabem bem recordar!

Aquela parcela semeada à margem…
Amor d’ alma e tão coração é paisagem!
A vida, assim como o amor, é passagem.

® RÓ MAR

sexta-feira, 10 de abril de 2015

CÓPULA ENVENENADA PELO DESTINO, OU ATÉ NÃO!

 
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CÓPULA ENVENENADA PELO DESTINO, OU ATÉ NÃO!

 

Foram sonhos… quais mundos de magia!
Foram mentiras… quais celestes liras!
Quanto valia, se é que até algo valia!?
Foram enganos… quais ledes injúrias!

Tudo foi aquele vento do destino…
Quer queiramos quer não, foi tudo em vão!
As malditas palavras apunhalaram,
Ou até não, quiçá desígnio divino!

Foram vidas… quais que tanto amaram,
Ou até não, quiçá Ilusões planearam!
Trapaças que pelo presente assobiam...
Promessas a pique…eis a despedida!

Tudo foi abocanhado… aquele rubro
Declinando…corações que dilaceraram!
Partes tais que nem vejo, as redescubro
Pelas penas, traça-cinza, que assoleiam!

Foram mentiras…quais se revelaram
Lérias…que quantos sonhos acabam!
Esperanças que findam, as almas voam!
Cópula envenenada pelo destino, ou até não!

® RÓ MAR
 

terça-feira, 7 de abril de 2015

SE A NOITE ASSIM ME AMAR SEREI SÓ SUA

 
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SE A NOITE ASSIM ME AMAR 

SEREI SÓ SUA


 Se a noite se quiser deitar comigo
Eu a receberei em leito desposado,
A abraçarei como um ente mui amigo...
E beijarei a alma à lua sempre a seu lado.

Se a noite assim me quiser namorar
Eu lhe escreverei versos de cetim
Tais quais sua boca irá saber amar
Até ao romper do dia em flor de jardim.

Se a noite vier outra vez serei sua,
Bordarei o sol do dia pelo travesseiro
E outra vez e mais uma vez serei sua,
Eternizará seu olor companheiro.

Se a noite assim me amar serei só sua.
Luz dos meus olhos, que sonham jasmim,
Amor de minha vida que nem lua.

® RÓ MAR

ASSIM SEJA!

 
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ASSIM SEJA!



 A velhice não é um velho estado de alma,
Um qualquer coração raso de vida,
Um trapo amarfanhado de outro tempo.
Assim seja!
Que seja ruga tão bela e vincada
E grisalho cabelo, que segredo flama,
Sabedoria a perpetuar outro tempo.
Assim seja!

A velhice é sempre aquele vento agradável
A qualquer olhar. É um mistério à vida,
Lágrima e alegria d’um tempo saudável.
Assim seja!
Que seja tão bela aos olhares quanto ao tempo,
Que nem beija-flor, pena suave e açucarada.
Assim seja!

® RÓ MAR