sábado, 25 de junho de 2016

LISBOA, MENINA DO TEJO


Fotografia - Lisboa - Portugal © RÓ MAR



LISBOA, MENINA DO TEJO
(Santos populares)


Lisboa, menina do Tejo e de mil olhares
Enfeita-se pelos santos populares
De cores principais, alegria e mocidade,
Que realçam a beleza de uma grande cidade.

Lisboa, verdes são seus olhos de íris azul
Que brilham os arraiais de norte a sul
De Portugal, convida outras gentes
De todas as idades a serem sorridentes.

Lisboa, embora menina, é a capital
De todos, a que amamos pela alma e coração.
Que bem desfila o Junho, em saia rodada, o verão
Apadrinhada pelo António Santo graal!

Lisboa, varina que leva pelos ares
O balão de São João que é Porto, outros mares,
E não há martelinho que lhe dê volta à cabeça,
Nem ao lendário Douro se confessa!

Lisboa, menina do Tejo e de mil desejos,
Passeia sonhos de luz pelas calçadas portuguesas
A todos os que vêm por bem às suas mesas,
Há vinho, pão e sardinha pelos festejos.

Lisboa, verdes são seus olhos de abraços coloridos,
Que cheiram manjericos de todos os santos,
É regar e pôr ao luar, é menina de mil sentidos,
Há que levar São João Batista a todos os portos.

© RÓ MAR

sexta-feira, 17 de junho de 2016

NUM BALOIÇAR DE CORAÇÃO TAL UM MENINO


Imagem - Bellissime Immagini


NUM BALOIÇAR DE CORAÇÃO 

TAL UM MENINO


Pela beleza e mistério da natura passeio a dor
E exalto a paixão que habita meu coração.
Num piscar de olhos vejo minha alma em flor.
É o silêncio do universo que me dá outra razão.

É o perfume dos dias que me dá vida.
Pelo seu olor caminho sem destino
E amo cada vez mais a essência tão querida.
Num baloiçar de coração tal um menino.

Sonho o mais-que-perfeito universo a amar.
E sinto cada vez mais a força natura ativa.
É outra alma que me dá energia positiva.

Pela magia do semblante escrevo par a par
E nasce assim uma poesia que habita o mar.
Num mergulhar de azul céu que objetiva.

© RÓ MAR

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O DIA DE NAMORAR


Imagem- Gold ART


O DIA DE NAMORAR


O dia de namorar é todo o dia
Que ele e ela olham nos olhos
Que expressam sentimentos de verdade
E pronunciam as sílabas de um beijo, de saudade,
Gesticulando os lábios entre si e a poesia.

O dia de namorar é todo o dia
Que ele e ela olham o universo
Que ensina a verdadeira natureza
E semeiam raízes de uno coração, de beleza,
Gesticulando as mãos entre si e o universo.

O dia de namorar é todo o dia
Que ele e ela olham o céu
Que inventa ventos, de todos os sonhos,
E entrelaçam o devir de almas, de momentos,
Gesticulando a vida entre si e o fiel.

© RÓ MAR


domingo, 12 de junho de 2016

NAMORAR LISBOA




NAMORAR LISBOA


Namorar Lisboa é sempre namorar o azul do Tejo;
Olhar pelo rio e mergulhar o desejo
De observar o amor entre o coração e o ar salgado de um beijo,
De aguarelas portuguesas, ao arrebol do nobre azulejo.

Namorar Lisboa é sempre namorar o verde do parque;
Deitar na relva e ler o pensamento
Do universo entre a alma e o ponto de desembarque,
Da cultura portuguesa, e arquitetar o papiro do momento.

Namorar Lisboa é sempre namorar a geometria das calçadas;
Caminhar nas ruas e outras vielas e sentir o encanto, das pedras,
Da vida entre o passeio e outra mocidade,
Das artes e mui ofícios, ladrilhado a história de utopia e realidade.

Namorar Lisboa é sempre namorar a tradição;
Ornar a capital e atravessar seus bairros em passos de alegria,
De manjerico, em barro, entre a mão e o peito, e viver a poesia
Das quadras populares, que compõe toda uma nação.

© RÓ MAR 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O TEMPO TEM PERENE SABOR A OURO-LUME


Imagem - Bellissime Immagini


O TEMPO TEM PERENE SABOR A OURO-LUME


O campo move-se em torno da abóbada firme,
O sol espelha-se à face de um vento de trigais,
A vida trepa pelo solo em flor de um perfume
Silvestre e afirma-se pelos madrigais…

Que contemplam a essência natureza
E espelham-se à luz de outras tais poesias…
A vida sente-se ao coração e eleva sua beleza
Pelas almas que escutam boas energias.

O tempo não poderia ser melhor,
A vida espelha-se à estrela maior,
O universo cresce em toda a natureza.

O campo move-se em torno da abóbada firme,
O céu espelha-se à terra de tamanha realeza,
O tempo tem perene sabor a ouro-lume.

© RÓ MAR