ESPELHO MEU... SOLAR DE POETAS
ESPELHO MEU
Espelho Meu...Não me mintas...
Quero a Verdade...
Gosto de saborear as rugas do meu rosto…
São Recordações amargas, ou não; São a Realidade...
A qual quero Viver no Presente.
Não me enganes Espelho Meu...
Sei que a mocidade já se foi há muito Tempo…
Quero Viver…
Em Pleno esta fase de um Novo Ser.
Serei sempre a Criança que ama saltar, pular…
De sorriso nos lábios;
A Testa de destreza e simplicidade,
Olhos castanhos, que enxergam
Os Mundos
D’uma forma bastante diferente.
Sempre atenta ao que circunda
Em redor...pronta a estender a mão.
A Testa de destreza e simplicidade,
Olhos castanhos, que enxergam
Os Mundos
D’uma forma bastante diferente.
Sempre atenta ao que circunda
Em redor...pronta a estender a mão.
Mas sei que os anos passaram;
Aí como passaram...
Primaveras frescas, gostosas, que sempre amei...
E, continuo a Amar...
Um Todo.
Que nem quero recordar.
Anos sábios...
Sempre tentei voar...
Viver fora d'orbita...
E, ainda o faço...é o meu gosto.
Sou aquela que não deixa o Mundo ruir...
Quando tudo está às avessas...surge a Estrela no Caminho
Que brilha como ninguém;
Luz permanente...emerge o fluir...
E, sigo...a pular e saltar...
De Sorriso nos lábios…
Embora a Idade já não o permita.
Tenho um grande Coração para Amar
E uma Alma viscosa a preservar.
Gosto de sentir o que Sou.
Poder Voar...
Encontrar os meus Desejos...Sou assim...
Uma caixinha surpresa...
Nada que digas me fará mudar
A minha personalidade.
Extrovertida, comunicativa...
Trabalhadora, honesta…abomino a injustiça;
Muito teimosa...dizem que sou simpática...educada Sou,
E, áspera e também carinhosa.
Sou nem mais nem menos, um Ser
Humano em constante busca de Felicidades.
Espelho Meu...pouco me importa
O que digas...Sabes…sempre fui Senhora do meu
Nariz...nada me remove...nem mesmo o pesar da Idade.
Não venhas Tu dizer o contrário, pois eu sei bem que o Sou.
Posso não ter mais a pele virgem
Dos dezasseis anos...mas ainda
Sinto como se os tivesse hoje, sempre airosa.
Não vou perder mais Tempo
Ao teu lado...
Remoendo o que foi e já não é. Vou Viver...
Cada segundo desta nova fase de Vida;
Escasseia. Enquanto o meu Coração
Bater com fulgor e vivacidade...
Vou sugando ao máximo a Beleza da Natureza…
Essa sim tem um valor incalculável.
Coração Meu...não me deixes ficar mal...
E, enquanto eu Viver
Serei sempre a mesma, nada mudou, contínuo igual.
Não deixam margem ao Caminho das amarguras…
E, de sorriso nos lábios
Continuarei pela Estrada das Descobertas…
Sempre em busca de Novo Horizonte;
Pelas Ruas das Venturas,
Avenidas Novas, de mui agruras,
Mas também da bem-aventurança...
Não me agrada nada a monotonia...
Tenho Fé e Esperança...
Fui, Sou e Serei sempre assim,
Até que chegue o Dia Final.
É urgente, inadiável…
Vou Viver o Momento…
Como se o ontem não existisse, nulo em mim.
Vivo o que o Dia tem para me ofertar,
Enquanto o amanhã não chega. Não me peças para ficar
Ao teu lado...
Percebes-te...Espelho Meu...
Deixa-me Ser.
® RÓ MAR
http://ro-mar-poesia.blogspot.pt/