APRESENTAÇÃO DE ANTOLOGIA SOLAR DE POETAS I
HOTEL REAL PALÁCIO | LISBOA | 2014/03/02
Hotel Real Palácio, eis que chega o Solar de Poetas
Para elevar a poesia aos alvos castiçais do palácio.
Tantos poetas, trovadores e outros mais, borboletas
Ao vento, e lá esvoaça a antologia poética e o prefácio.
Eis poetas de Viseu, Arraiolos e mais à capital,
Ali havia terra, céu, estrelas e mui mar;
Veio a Bárbara, a Joana e a Maria do Mar
Representar, e que bem, a administração do Solar.
Joaninha avoa… avoa, o teu lugar é na mesa do Solar;
E, que brilharete, os ares de menina soalheira
Ao nosso evento veio doirar, a trabalheira
Valeu a pena à Esther que bem esteve ao editar.
E, fotos e vídeos não faltaram, a amizade e a poesia
De mãos dadas, lá estavam a Lena e o Rui Lóio.
Poetas e poetisas que bem declamaram, o Cláudio
O Bondoso, a Cristina, a Celeste, a Bárbara, a Ró Mar…
Unos traços consolidaram a poesia, quanta Lisboa!
Eis Álvaro de Campos à ‘Tabacaria’ do ilustre Fernando Pessoa
E, bem representado pelo Paulo Sanches, que belo momento
Nos deu revivendo o sonho de Rómulo a ‘pedra filosofal’.
Meus amigos, foi festa e que festa de música e poesia
Até a Florbela Espanca veio, e muito bem na voz da Eugénia,
Que nos presenteou também com o nosso fado, momentos
De grande emoção deu aos autores de grandes eventos!
A Ró Mar até declamou um poema de José, para lembrar
Aos presentes quem era o patrono de tão grande evento;
Outros poetas vieram assistir, a amizade tiveram para dar,
O Benevides que bem declamou a poesia de Ró Mar.
Altas horas e a luz do dia já era, mas as velas estavam lá
Para alumiar a secção de autógrafos, e o remate final
Veio na união dos autores para o retrato substancial
Ao Solar, que a antologia irá recordar no tempo de cá.
© Ró Mar | 2014
A COR SUBLIMADA
Alvoraçam-se as almas na policromia
Que sobeja da inquietude do coração,
O que flameja dor e paixão...
Amarelos, vermelhos, roxos esvoaçam no dia.
E, se cresce um mundo farto de ilusão
Num coração rabiscado à pincelada;
Das saudades vive-se a alma da paixão
Na vontade que é um nada.
E, se cresce uma arte soberba e vigorosa,
A luz dos traços do pensamento
Difunde-se e ganha forma de rosa,
A face desbotada renasce formosa.
Faz-se, música, poesia, arte
Pela mão do nada,
Que na angústia da sorte
Revolve momentos em cor sublimada.
© Ró Mar