Imagem: Christine Comyn - Open ArtGroup
CANELA
Gosto do teu cheiro…
Admiro-te fina especiaria…
Fazes-me recordar os ventos a oriente,
Grão que delicio no salivar
Pelos lábios a poente…
Sabes a doce-amar.
Polvilho-me do teu aroma de flor,
Perfume de séculos…
Polvilho os conventuais doces
Com o teu pó das arábias…
Visto-me da tua cor, moldes belos
Que beijo ao luar.
Essência do meu instinto
Que cozinho na bela confraria…
Doces, compotas e demais, inteiro
Pau de sedução
Que inspiras o cozinhado de tentação.
És a mais bela flor…
Planta aromática de fervor
Ao meu coração
E, no lume a sedução…
Ao natural a vera paixão.
Sinto quimeras da tua beleza…
Perfumes que jamais esquecerei, a certeza
Que és e serás sempre a minha predileta
Quer seja cozinhada, ou ao natural,
És perfeita.
Planta doce afrodisíaco da minha alma
Tenho a ideia mais colorida
Ser um dia 'canela' nesta semente de vida.
Não o sei… mas, o pressinto
Num tempo… quiçá real
Saborear algumas palavras
Com um quê de sábias.
© RÓ MAR