sábado, 29 de fevereiro de 2020

PEDAÇOS DE NATUREZA


Imagem: Quiétude


PEDAÇOS DE NATUREZA


Há sentimentos tão bonitos
Que florescem qualquer estação,
Qualquer lugar, qualquer coração
Porque são genuínos abraços;

Pedaços de natureza que nascem flor
De jardim num canteiro sem fim,
Num banco de jardim, num dia sim,
Universo perpetuando amor...

Amor que se declara à luz do dia,
Beleza que tem toque de magia,
Vida feliz gravando corações...

Árvore historiando florões
Apaixonados p'la sua natureza,
Tela que transparece singeleza!

© Ró Mar 

M A R Ç O M A R Ç A G Ã O


Imagem: Zzig.comunidade


M A R Ç O   M A R Ç A G Ã O


      Março é o maior mês do ano!
      Ano que tem muito para contar,
      Recordando manhãs de inverno!
      Ça va! Vivendo tardes de verão
      Onde a primavera reservou lugar!

      Março, mês dedicado à Mulher,
      Ao vento em todas as direcções,
      Recordando o lar e enorme ser!
      Ça va! Vivendo dias de ilusão
      Ao alor dalguma esperança, convicções!
      Garboso, falando dos maiores amores!
      Ãh! Vivendo algumas trinta e uma flores
      Onde o amor não reservou lugar!

© Ró Mar  

"AH, MARÇO MARÇAGÃO"


Imagem: Ephéméride - Seasonal Calendar


"Ah, Março Marçagão!"


Ah, Março Marçagão
Que traz o inverno n' alma
E namora o verão!
Dá-nos boa-nova porque
Até tem bom coração:
A Primavera em flor.

Ah, Março Marçagão
Que traz flores no regaço
À conquista da Mulher!
Dá-nos coragem porque
Até tem alma materna:
A Natureza do ser.

Quando falamos do ser
Falamos da Natureza
E também de muitos dias
Que trazem mui alegrias,
Ah, Março Marçagão
Até tem trinta e um dias!

© Ró Mar 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

UM CASO DE AMOR


Imagem: Joli COEUR


UM CASO DE AMOR


Nos teus lábios de veludo soletrarei letra a letra o teu nome (...)

Nunca chegamos a dizer na íntegra por palavras aquilo que sentimos, na verdade sentimos mais do que o que podemos exprimir, não obstante exprimimos por gestos ou atitudes mais do que o que imaginávamos.

Quando amamos... amamos e ponto final. Num terno abraço soletramos letras inimagináveis e poucas são as palavras que proferimos. Preferimos olhar frente a frente e lermos-nos, decifrando-nos e decorando a cor dos olhos, o que num outro dia dará cor às lágrimas, sentimentos tais como: a saudade de ter o tal olhar presente, que simbolicamente reaviva o quanto fomos amantes.

Num caso de amor existe uma panóplia de sílabas a decifrar, que nunca chegarão a ser totalmente desvendadas porque só pode mesmo existir amor-paixão enquanto houver segredos a descobrir. Eis o grande segredo do amor, que muitos de nós deitamos por terra por ter pressa de amar esquecendo o que o amor pode reservar.

Nas nossas línguas há palavras mais felizes do que outras e também há as que pendem para os dois lados, o caso da palavra amor (um caso de amor). Que verbo tão regular e em simultâneo tão complexo, que dá voltas e mais voltas no tempo e permanece imutável! Que sentimento tão intenso, indefinido e infinito que amarra corações e desprende sensações sem nunca revelar o segredo de fazer parar o tempo, nuns supostos ponteiros que determinam a plenitude e equilíbrio de corpo e alma num espaço que tem tanto de lunático que nos leva a ver estrelas onde elas não existem!

No nosso caso, o tempo do amor não tem tempo para as palavras, mas, há um tempo concreto e definido virado para nós, que nos acena de frente... e em frente vamos nós escrevendo uma porção de palavras (umas com nexo outras sem), só para dizer ao mundo que nos amamos (palavras que nunca te disse).

Enquanto for o nosso tempo de amar, é nos teus olhos que meus segredos se tornam amantes e nos teus lábios de veludo soletrarei letra a letra o teu nome (...).

© Ró Mar

O RUIVO


Imagem: EXTA$E

O RUIVO


Quem é quem? O Ruivo de cauda peluda, roliça e altiva, que salta de arbusto em arbusto buscando o sustento e também namorando... roendo, roendo de pinha em pinha dá-nos conta do Pinhal! Ele protege a natureza defendendo o seu alimento: sementes, insetos, frutas e frutos nutritivos (nozes, avelãs).

Por onde anda? Por todo o Universo, em particular, nas zonas de clima temperado, tropical e mediterrâneo, nos bosques, florestas, parques naturais, um pouco por toda a parte, por terra e entre-rios portugueses (Tejo, Minho e Douro), numa quantidade considerável.

O Ruivo é amigo do seu habitat natural, natureza que devemos proteger para dar continuidade à preservação da espécie.

Quem é quem? O ruivo-vermelho, aquele espevitado que vemos a banhos no rio, de nome tão raro quanto ele! A sua vida natural é paisagem incrível [aos olhos de quem sabe apreciar a natureza].

O Ruivo pertence à classe dos mamíferos e tem muita classe, em particular, no bailarico arbóreo, o galã da floresta!
Folhas e galhos é o mote para uma rara poesia, ninho de amor lá bem alto, rente ao céu.

Antes que venha a raposa, agrada-nos ver que há alguém com muito valor por de trás de todas aquelas calorias! Esse alguém é animal de porte pequeno e de grande audácia: o Ruivo, em vias de extinção senão cuidarmos devidamente do ambiente.

Falo de natureza, de ambiente e de um grande senhor o esquilo-vermelho, o Ruivo.

© Ró Mar  

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

"AS QUATRO ESTAÇÕES"


Fotografia de Ró Mar


"AS QUATRO ESTAÇÕES"


A vida é a natureza
Das quatro estações,
Com janelas bem abertas
E uma única porta, 
Que se fecha de repente, 
À saída do planeta!

No ciclo normal da vida
A primavera é eleita,
Quiçá o viscoso frescor 
Lhe dê o nobre estatuto!
Quem não gostaria
De ser seu olor perpétuo?

Contudo, as rosas são belas
E também têm espinhos!
Como tudo nesta vida,
A primavera também 
Tem razões p'ra ser triste,
Quando a desnorteiam!

A juventude que somos
É o primeiro estádio 
Num universo secundário
Que por sua vez é o
Primeiro de nossas vidas, 
A natureza das cousas!

Na temática luminosa 
"Natureza" consta que
Salta a olho nu aquelas 
Puras poesias, porque
Ela é musa formosa
Em qualquer das estações.

No meu coração é
A beleza natural 
Que ano após ano
Idolatro, em qualquer 
Época e circunstância, 
Inclusive no inverno.

Todas as quatro estações 
Têm um dom de beleza,
Mas, a minha predileta
É a flor alva de maio, 
A natural primavera
Até a porta fechar!

Contudo, sou um outono 
Delineado em tom
Vivo, porque o viver 
Não é idade, ainda que
No inverno de edredom,
Amarei um outro verão!

Caminho de passagem
Olhando ao segundo
O que de melhor há nelas
["As quatro estações"],
Porque minha natureza
É natureza das cousas.

N A T U R A M Á T R I A


Fotografia de Ró Mar


N A T U R A  M Á T R I A


      Natureza que dás tudo:
      Atmosfera e beleza;
      Terra, nosso habitat,
      Universo de riqueza;
      Rios de luz estrelando
      Astros e seres vivos...

      Miraculosa Senhora,
      Ás da vida queremos
      Tela que dê que falar,
      Renovando boa-hora
      [Íris de teu casto olhar]
      A gente que amamos!

domingo, 23 de fevereiro de 2020

"FALA-ME DA NATUREZA"


Fotografia de Ró Mar


"Fala-me da natureza"


Fala-me da natureza
E de todos os encantos,
Da cascata, da pureza
E dos raros momentos...

Fala-me da natureza
E de teus desejos,
Da vida numa certeza
Nossa, em doces beijos.

Fala-me da natureza
Das cousas num olhar
Perpétuo, num azul mar,
Dando ao tempo leveza...

Fala-me da natureza
E de teu amor por ela
Numa certa redondeza,
Frente à minha janela...

Rés à verdejante flora,
Num gesto de delicadeza,
Quando for a tua hora
Fala-me da natureza.

© Ró Mar  

"TU SABES BEM QUE O AMOR"


Imagem: Amar sempre


"Tu sabes bem que o amor"

 
Tu sabes bem que o amor
Não são só três dias
De Carnaval, uma flor
Num beijo de poesias!

Tu sabes bem que o amor
Não é o que seduz
Num dia de jantar à luz
Das velas do anterior!

Tu sabes bem que o amor
Não é só no Natal,
Ou, numa data festival,
Porque ousas desamor?

Tu sabes bem que o amor
É pão do dia a dia,
Nosso ninho protetor,
Expressão de harmonia!
 
© Ró Mar

sábado, 22 de fevereiro de 2020

A S C O R E S D A V I D A




A S  C O R E S  D A  V I D A



      Azul oceânico no meu coração, 

      Sabe a vida dum amar a cor-de-rosa!


      Cristalino olhar dum branco d' encantar

      Olhando para o amarelo dourado do Sol,

      Recordando vermelho paixão,

      Escorrendo as lágrimas anil a par e par

      Sob a esperança dum verde dia ao arrebol.


      Dia mesclado dum branco e preto num papel

      Amarrotado por uns traços cinza nevoeiro.


      Vida a minha que não tem nenhuma cor definida,

      Inda qu' incolor tenha o amor primeiro

      Duradouro de olhos cor de mel e boca miúda

      Ao luar daquele coral numa estrela faustosa!


© Ró Mar 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

NA AZÁFAMA DO CARNAVAL




NA AZÁFAMA DO CARNAVAL


O Carnaval é um alegrete de vida, cheio de cor e emoção, onde há flores naturais e artificiais, adornos, serpentinas, papelotes e muitos mais efeitos coloridos. Há vidas reencarnadas em trajes populares e outras fantasias cheias de cor, trabalhando a palavra do mestre carnavalesco. Há também partidas agradáveis, outras menos (bisnagadas, bombas de mau cheiro, farinha e ovos duma outra culinária).
Entrudo é época de "comer de tudo" (feijoadas, bolas de chouriço e outras carnes), de muita tradição e folia servida num tabuleiro de xadrez preto e branco ornamentado de Rei, Arlequim, Columbina, Pierrot, bobos da corte, peões..., desfilando no centro de vilas e cidades o verde, vermelho e amarelo da bandeira de Portugal, predominando o verde e amarelo do samba (Brasil).
Carnaval é uma festa universal onde reina a sátira e a harmonia das cores numa atitude fantasmagórica. O azul do céu é mote perfeito para uma criação apurada e também palco duma exuberante e colorida chuva de estrelas artificiais, lembrando o arco-íris (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta).
Na azáfama do Carnaval devemos de ter atenção aos excessos, em particular, os de velocidade: conduzir com responsabilidade; atravessar as ruas com prudência. Ter sempre em atenção os sinais emitidos pelos semáforos: vermelho (paragem obrigatória); amarelo (abrandar); e, verde (circular livremente).
E, é circulando livremente que vivemos alegremente! Somente durante três dias, porque é Carnaval: sinónimo de liberdade de expressão. Dando asas à imaginação numa alegre e teatral paleta podemos assim compor uma nova época (de tentações e prazeres), onde os foliões são sobretudo os populares, não perdendo uma para "arreganhar a taxa", pintando máscaras e caretos.

© Ró  Mar

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A M E N D O E I R A E M F L O R



A M E N D O E I R A   E M   F L O R



       lma dócil qu' espalha branco-rosa 

       esclando meio Universo de fresca-beleza,

       rguendo arbustos a uma nova estação

       N um solstício de luz, qu' espera franqueza

       ia à dia, trazendo no regaço flor airosa,

       O rnamentando vidas que sonham primavera!

       m torno d' um tempo sazonal nasce poesia

       I nimaginável, porque o ser humano é moldável,

       Ressuscitando Páscoa-a-Páscoa um novo coração,

       limentando uma natureza sustentável!


       rguendo a Santa milagrosa no adro de Fátima,

       emorando história em forma de lágrima!


       lor primaveril d' olho dourado, quimera 

       inda de viver, nobre fruto cor d' alegria!

       O poema que tem mais qu' amor

       escrevendo o ciclo d' amendoeira em flor!


© Ró Mar  

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

PRIMAVERA


Fotografia de Ró Mar


PRIMAVERA


Novo ciclo para a vida
Brotando da natureza,
Botão de luz acesa
À primavera querida.

À primavera querida
Dedico letras miúdas
 Em palavras aveludas,
A homenagem à amada.

A homenagem à amada
Em letra imaginada,
Dito nova estação
Acalentando o coração.

Acalentando o coração
Vejo uma dupla beleza,
Janelas da natureza
Que pinto com emoção.

Que pinto com emoção
No ar fresco da manhã,
Tons pastel na minha mão,
Aroma de hortelã.

Aroma de hortelã
Num dia ameno e belo
D' um sereno amanhã,
Meio-dia p'lo cabelo.

Meio-dia p'lo cabelo,
Lagoa azul d' um amor
Pausando de flor em flor,
Era d' olho amarelo.

Era d' olho amarelo
E muita pétala branca
P'lo relvado d' um castelo,
Reinando verde avenca.

Reinando verde avenca,
Mocidade que despenca
Na escalada da estação
Dando bagos de paixão. 

Dando bagos de paixão
Em março, abril e maio,
Primaveril criação
De um amor catraio.

De um amor catraio
Vem o puro sentimento
Do poema que num raio
Primaveril foi escrito!

© Ró Mar  

MELHOR MÁSCARA!




 MELHOR MÁSCARA!



       A s máscaras da vida apreciada:

       B eleza, singeleza e também hipocrisia!

       C ada uma delas tem o próprio significado

       D estilando essência concreta às claras.

       E m época d' Entrudo há outras máscaras

       F estejando a vida, outra poesia!

       arridas, alegóricas ao quotidiano,

       H avendo uma catrefada de modelos e cores

        I nventando vidas consoante a época!

        J aneiro a janeiro de ano p'ra ano

        L ogrando vida com felicidade hipotética,

        M eio caminho prá passagem no palco dos atores!

        N o Carnaval temos uma panóplia d' enfeites

        rnamentando a vida, p'los três dias,

        arafraseando sátiras e colorindo ruas,

        Q uestionando certos modos de vida,

        eacendendo vidas no lamiré de folias

        S audáveis e criativas, abonando gentes,

        T ocando vidas prá frente, dançando...

        U nindo por escasso período de tempo gentes

        V árias numa roda-viva, cetim cruzando

        Xadrez, riscas e pintarolas! Meio mundo

       argateando p'la melhor máscara!

© Ró Mar  

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

T E M P O D E C A R N A V A L



T E M P O   D E   C A R N A V A L



       empo de sair à rua fantasiado p'ra celebrar

       E ntrudo, "vale tudo" brincando alegremente!

       ascarados de muito género, foliões e gente

       asseando os carros alegóricos, vidas

       O rnamentando ruas, avenidas...


       ias de Sol compõem sátiras num sorriso

       rguendo caretos e matrafonas ao paraíso!


       C orcel desfilando a tradição popular,

       A ndarilhos, palhaços p'la ribalta

       eferenciando as melgas do sistema atual,

       uma encenação caricata do trivial!

       A despedida do inverno em alta,

       erão em três dias p'ra dançar até rebentar

       o som do samba, outras e lambada,

       ibertando as almas d' uma outra carnavalada!


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

"E É QUASE PRIMAVERA"


Fotografia de Ró Mar


"E é quase primavera"


O outono passou e gera
Ventania p'lo inverno
Espreguiçando sereno
E é quase primavera!

E é quase primavera,
A temperatura amena,
As manhãs de açucena,
Os dias d' outra quimera!

Os pássaros cantando
Trovas d' amor no telhado
De jardins pautando hera
E é quase primavera!

De fevereiro a março
É pulinho no espaço,
Outra no regaço, pudera,
E é quase primavera!

© Ró Mar  

[F]IGUEIRAS




[F]IGUEIRAS


Folhas fortes, frescas, frutíferas,
felpudas florescendo figueiras,
florindo, fitando faceiras foz,
formando frente fria aos fervores!
Fibrosos filamentos facilitando
flautear flamenco fluente,
fanfarrando freneticamente 
(folclore ficcional), faseando
figos! Fisionomia fascinante 
fomentando forças fazedoras! 
Fazem fenomenal floreado
focando forma, firmando flores, 
favorecendo fé! Fabricadoras
folhosas, fraternais filiando noz,
fartura fermentando figueiras!

© Ró Mar 

UNO AMOR P'LOS CONTINENTES!


Imagem: Bellissime Immagini


UNO AMOR P'LOS CONTINENTES!



            A mais linda história d' amor

            Brinda paixão em flûtes de cor

            Com corações de confete plural,

            Degustando a magia descomunal

            Entre o céu e a terra à luz das estrelas,

            Figurando inúmeras aguarelas,

            Guaches, pastéis, lápis de cor...

            Harpeando o ninho do amor,

            Imaginando pinturas d' estilo,

           Jóias de galeria de tudo aquilo!

           Lenços pintados, outros bordados,

           Monograma real dos namorados

           Na típica união das mãos dadas,

          Ode de mui traços e palavras cruzadas

          P'lo jardim encantado, passeando

          Quase à beira mar, num azul, beijando

          Roseiras e mui flores de namorar,

          Semeando amor natural p'lo ar,

          Trauteando formosa canção, laço

          Unindo o céu e a terra num abraço

          Viral, contagiando fados viajantes,

          Xaile saudoso dos amantes 

          Zelando uno amor p'los continentes!

sábado, 15 de fevereiro de 2020

[N]AMORADOS


Imagem: Bellissime Immagini 



[N]AMORADOS


Namorados, ninhos naturais
Novelados num nobre nó na noite, 
Namorando nalguns naipes naturais.
Ninguém nega novidades normais,
Namorados não nocivos, normalmente 
Namorando na nuvem, num Neptuno
Nutritivo, nosso núcleo namoradeiro.

Namoro! Namorávamos no nosso ninho
Noutros níveis, nariz no nariz,
Namorávamos numa natureza nítida
Nexo num nexo, nossas novidades,
Néctar nobre naquele namorar,
Nada nem ninguém, nós namorávamos
Na natureza, nuances naturais!

Namoro-te, namora-me... Nelinho,
Num Nilo, noutro, numa nascente nossa
Noutra, noutra... naquela nossa nuvem,
Não na net numa nudez neurótica!
Namora-me nariz a nariz, numa nórdica
Nuvem, noutra, num natural ninho
Na nota nó, no número nove, noutro
Número, no noventa, no novecentos...
Namora-me... naquele nascer nosso!

Nosso namoro, novela notória,
Navegado numa, noutra nuvem natural,
Nomeado nas nações Nobel: "Namorados", 
Noticiado nos novos noticiários!
Nós nunca namorámos na net, não!
Navio navegado numa nuvem naturalíssima,
Nada, nem ninguém, nós navegámos
Na nossa nuvem, num nó nobre, não
Noutro namoradeiro, notados nós, nunca!?

Nós namorámos namorando nas nuvens,
Nada, nem ninguém, nós namorámos!
Namorei-te, namoras-te-me... Namoradinho, 
Namoro-te, namora-me... novamente,
Numa, noutra nota, num nascer nosso, 
Namorando, nicando nas nuvens,
Namora-me... naquele nascer nosso,
Nada nem ninguém, nossos neurónios, 
Nosso nome, nós "Namorados"!

© Ró Mar

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

[A]MAR


Imagem: Amar sempre


[A]MAR


Amar avidamente a áurea ambiental,
Amanhecer amando abraçado à amante
Acordando andorinhas, atemporal!

Ah, a amada acalenta alma artística!
Algo a adormece assombrosamente,
Alada ao abecedário, ametista acústica!

A amizade anda aliada à alvorada,
Aparece afavelmente,
Aquando alinhavo a almofada!

Ah, aromática amarílis avermelhando,
Adamascando afincadamente
A árvore âncora, algures amando!

A alma agora adocicada agradece
À adorada amante a atraente
Aureola azul, amor amigo aquece!

© Ró Mar 

[R]ESPIRANDO...


Fotografia de Ró Mar


[R]ESPIRANDO...


Respirando refresco, ramifico
rejuvenescendo retratos reais,
realizo riqueza, reavivo roseirais
rodopiando raras recordações!
Raríssimas rimas recriando ramalhões
renascem, rosmaninho rabisco!

© Ró Mar

[N] A T U R E Z A


Fotografia  de Ró Mar

[N] A T U R E Z A 


Naturalmente na natureza nascemos, nela navegamos normalmente, nomeadamente, nós naturais normais! Notem não nomeamos negativismo, não nos nefasta nostalgia nupcial, noiva nua na numismática, ninfas na neve, nenhuma névoa natural! Nós notamos nódoas negras nas nuvens, noutras naturezas nossas!
Não nos naufraguem num navio neurótico, não negligenciem nossa natura, nós não nadamos num núcleo nocivo! Nada nos neutraliza!
Ninhos nómadas, narcisos na noite, nenúfares nas nádegas nórdicas, noz-moscada no novilho, nozes natalícias, néctar novelesco... nacos nutrientes ninguém nega!
Nossa natureza nívea nivela notoriamente noções nobres, novas normas, nomenclatura nítida! Necessitamos nesgas nas nervuras! Nomeamos nuvens neutras nalgumas nascentes (naturezas necessitadas), numa noção narrável. Neste novo navegar namoremos nossa natureza, não necessariamente na nacionalidade, nem no Neptuno! Nunca nada, nem ninguém notabilizou nêsperas nas nespereiras, nós nunca nos naturalizamos! Notificamos neurónios, nódulos natos, nabos, nabiças, nectarinas,..! Novidades notabilizam na numérica (não negociável), naturalmente na natureza nascem.

© Ró Mar

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ETERNA ENAMORADA


Imagem: Bellissime Immagini 


"Eterna enamorada"


Ao teu lado a vida
tem um gosto especial,
és amigo e eu a tal,
eterna enamorada.

O dia não tem hora
par' amar e ser amada,
aqui estou eu agora
eterna enamorada...

Olhando iluminada
o céu, bem vejo a lua
num desejo de ser tua,
eterna enamorada.

Eterna enamorada
porque o destino o quis,
não foi preciso nada
pra ter um amor feliz.

Eterna enamorada
porque tu és um querido,
não foi preciso nada
pra te ter ao meu lado.

No limiar, eras céu 
e eu moça apaixonada,
prometi ser-te fiel,
eterna enamorada.

Entretanto, fui amada
por ti num mar tropical,
o prazer descomunal,
eterna enamorada.

Não há outro final,
o que nos une é oferenda
dum amor intemporal,
eterna enamorada.

© Ró Mar  

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

O D I A D O S N A M O R A D O S


Imagem: Bellissime Immagini 


O  D I A  D O S   N A M O R A D O S



      O dia dos namorados é quando há amor.


      D ia catorze de fevereiro é de São Valentim,

      I nvoca a união e consagração do amor

      A os enamorados, com toques de perlimpimpim!


      D ia de novidades, exotismo, exageros passageiros

      O nde tudo rima com paixão/

      S edução embriagando os namoradeiros.


      N um abrir e fechar de olhos tudo acontece,

      A imaginação é fértil e o amor quer asas pra voar!

      M omentos de cumplicidade e prazer

      O sculando os corações amantes num ápice divino!

      R osas e outras lindas flores são tentação,

      A cor vermelha é a de mais interesse,

      D esde a ponta do pé até à raiz do cabelo a vibrar

      O intenso perfume que compõe o jardim do ser,

      S endo que o amor é o maior hino!

O DIA DOS NAMORADOS


Bellissime Immagini 


O DIA DOS NAMORADOS


O dia dos namorados 
é aqui e em qualquer lugar,
todo o dia que haja amor pra brindar!
São os momentos duma paixão avassaladora
que fazem com qu' a vida seja mais bela,
os pormenores são cruciais para dar 
ênfase aos corações apaixonados!
Aquele aperitivo afrodisíaco à média luz, 
a roseira à janela, o brilho do olhar
casam o acetinado vermelho dos enamorados,
poesia de corpo e alma no desalinho do leito.
As taças de champanhe e as palavras roucas
são divinas em ocasiões tão especiais,
fazem expressar a verdadeira essência do amor!
Nos meandros dum abraço há uma frase afirmativa
que culmina num beijo prolongado, seduz
as estrelas do céu, o amor acontece todas as horas
que o sol nasce nos corpos amados.

O dia dos namorados 
tem ar namoradeiro e sotaque brejeiro,
olhar compulsivo e ar festeiro
porque a vida é muito mais bela
quando o sonho é dominante
traçando vera linha sedutora
na mesa posta dum jeito
propositado, que traz a lume surpresas
inimagináveis e desejadas, pra celebrar o amor.
Ressalvo, o amor espontâneo, sem rituais,
o mote verdadeiro que cativa.

© Ró Mar 

domingo, 9 de fevereiro de 2020

"A MINHA TERRA É DISTANTE!"


Lisboa | Fotografia de Ró Mar


"A minha terra é distante!"


A minha terra é distante
Do Porto e minha pena d' ouro
Ergue-a num rabelo viajante
Levando-a a passear p' lo Douro.

A minha terra é distante
D' Aljustrel e sem canseira
Sabe bem fazer torrão d' Alicante
E outras iguarias da vila mineira.

A minha terra é distante
Do Algarve e tão amante
Da gastronomia Algarvia,
Faz D. Rodrigos na caligrafia!

 A minha terra é distante
Do Norte e Sul de Portugal,
Perto de todo o semblante
Porque é grande Capital!

 A minha terra é distante
Do campo e é tão verde
Porque é a Capital Verde
Europeia de poesia gigante.

Porque a vida é gritante
Sem poesia! Quando não viajo
Deambulando o meu trajo
A minha terra é distante!

Trajo até à Golegã de burrico
Pra celebrar o puro viajante 
Lusitano, porque do Ibérico
A minha terra é distante.

A minha terra é distante
D' estrangeirismos, ações
Só na língua de Camões,
Salve aos regionalismos!

A minha terra é distante
Do campo e são sete as colinas
Espelhadas p' lo Tejo flamejante,
Qu' apregoam as varinas.

Quanto à saudade e pranto
Vou até à casa hilariante
D' Amália escutar o quanto
A minha terra é distante.

D' alma e coração numa magia
Maviosa p' la histórica província
Portuguesa! Ah, a minha miopia,
A minha terra é distante!

© Ró Mar

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

PALAVRAS AO VENTO


Imagem-: Bellissime Immagini


PALAVRAS AO VENTO


Já esqueci as palavras,
Mas o vento teima em ficar
Perto do corpo que geme
Lágrimas de tanto amar.

Não sei mais palavras
Para o vento levar
E sinto o coração que treme
Na boca a naufragar.

Se me lembrar de algumas palavras
Empresto-as ao vento
Para ver a alma e o coração ao leme
Deste meu jeito de amar.

 © Ró Mar

'MENINA' DO OCEANO


Imagem: Bellissime Immagini


A íris dos meus olhos, 'menina' do oceano


A tristeza que me invade o coração
Lacrimeja azul pelos dias de cinzas nevoeiros,
Grata é à alma de girassol
Que me regala nos lamentos soalheiros.

Pela ventaria se inventa o nítido crepúsculo
Que encerra o capítulo passado, espraia-se no presente
E sobe pelo firmamento ao azul celestial, o belo.

Vejo nuas montanhas que se centelham ao sol
Quando as 'meninas' lhe piscam o olhar,
Beliscam-se as colinas em pétalas de emoção,
Oásis que nasce para amar.

E, o verão chega sempre ao outono da vida
Como que um beijo que se eterniza na margem
Desta leve ideia que traz no pensamento a partida.

Em pleno da melodiosa canção
Colho os espinhos de bravas rosas sorridente,
O carinho que emana a luz vidente.

Transformam-se as gotas dos sentimentos
Nos mais nobres momentos
Que vão além da margem.

A lágrima cede-se ao oceano
Lívido e cristalino
Num pasmo súbito e incandescente
Que devora a mais intensa mágoa.

Espelha-se no azul cintilante
Da rasa água
A íris dos meus olhos, 'menina' do oceano.

© Ró Mar

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

RODÍZIO DE FLORES


Fotografia de Ró Mar


N A T U R E Z A


      N aturalmente que a natureza

      A dora respirar o ar puro e com leveza

      T ransitar de Planeta em Planeta

      U nindo os seres vivos na paleta

      'R odízio de flores' uma linda canção

      E ntrelaçada nos solstícios d' inverno e verão

      Z elando pelo universo de todo o coração

      A destrando vida repleta de beleza.


"Rodízio de flores"


Se quero rosa ou margarida
caminho pelo campo verde, os amores
olham-me de soslaio, pedalo (acompanhada)
à beira do riacho e vejo lindos retratos,
'dama das camélias', flor-de-lis...
passeando de braço dado como as flores.

Se quero sonho ou vida mansa
olho o céu, a água verde esperança
deleitando o relvado mavioso, beijando
a natureza desde o caule à raiz,
provo doce formosura olhando
O soberbo 'rodízio de flores'. 

domingo, 2 de fevereiro de 2020

CUIDE BEM DA NATUREZA


Fotografia de Ró Mar


"Cuide bem da natureza!"


Cuide bem da natureza
Nossa fonte de riqueza,
Para qu' ela dê ar puro
Invista no seu futuro!

Ser universo é premente,
Ser amigo do ambiente
Cabe a todos a proeza,
Cuide bem da natureza!

Vê-se muita esperteza,
Há coisas que nos vinca!
Com a saúde não se brinca,
Cuide bem da natureza!

Ser o q. b. humano
Pra fazer bem a limpeza
Ao Planeta no quotidiano,
Cuide bem da natureza!

Cuide bem da natureza,
O flagelo que a abate
É o mote de combate,
Deve agir com certeza!

Cuide bem da natureza
No campo e na cidade,
Deite/ erga cedo subtileza
Passeando a vontade!

Cuide bem da natureza
De trotinete c/ firmeza,
D' elétrico ou bicicleta
Para ser grande atleta!

Cuide bem da natureza
Duma brutesca rudeza,
Para qu' ela dê à vida
Qualidade merecida!

O ambiente saudável
Faz a vida sustentável
Dá ao Planeta beleza,
Cuide bem da natureza!

Cuide bem da natureza,
Deve agir com clareza
E gentileza lutando
Para amar e ser amado!

Inverno que não chove
Trabalho dobrado, move
Moinho!? E, a correnteza!?
Cuide bem da natureza!

Ah, colmatada a tristeza
Na lixeira e há gente!
Que mundo indiferente,
Cuide bem da natureza!

Ambiente saturado
Não é o nosso fado!
Cuide bem da natureza
Assegurando beleza!

Cuide bem da natureza,
Pois, não há [B] Planeta
Que valha! É de certeza
Humanidade a meta!

A terapia é o melhor
Pra todo tipo de dor
[corpo| alma| ar], por gentileza,
Cuide bem da natureza!

Pois, quem tem essência
Tem coração, de certeza
Que há-de ter paciência,
Cuide bem da natureza!

Qu' a esperança não falte,
Pra ser primavera num
Solstício verão, cada um
Cuide bem da natureza!

Urge reduzir o CO2
Desde já [2020| 02| 02],
Para a vida ter certeza
Cuide bem da natureza!

© Ró Mar