terça-feira, 4 de novembro de 2014

AINDA NÃO TE DISSE QUE AINDA TE AMO


Imagem - Emozioni ed Atmosfere


AINDA NÃO TE DISSE 

QUE AINDA TE AMO 


Ainda não te disse que ainda te amo, 
Que ainda não te esqueci; não sei dizer 
Ou até saiba, mas, sei que é longe a ser; 
Nada escutas de mim, mas, amo-te. 

Amo-te tal outrora, ou, até ainda mais, 
Perco-me em entrelinhas e esqueço 
Que nem entenderias que ainda penso 
Em nós e o quanto ainda tenho a dizer-te. 

Ainda não te disse que ainda te amo; 
Nunca é tarde demais para o fazer, 
Ou até seja, mas, jamais é demais; 
Nada que o tempo não dê, porque amo-te. 

Amo-te tal outrora, ou até ainda mais; 
Quando escapulirem as turvas águas 
De meu olhar, notarás o Sol das tréguas 
Então, dir-te-ei o quanto ainda tenho a amar-te. 

® RÓ MAR 

sábado, 1 de novembro de 2014

N O V E M B R O


Imagem - Lo Charme è un nodo da stringere con stile 


N O V E M B R O 


      N ovembro tem pitada de misticismo e largo coração,

      O tal décimo primeiro mês do ano!

      V erão de S. Martinho trajado de tradição,

      E ntre chuvas e ventos há fogueiras ateadas,

      M aré alta, trovoadas de castanhas assadas;

      B elas parreiras que esparralham seus frutos

      R otulando a terra de safra diva, néctar de novo ano.

      O lvidai os maus presságios e colhei estes belos frutos!

SOMOS ASSIM, UM SÓ SER


Imagem - Lo Charme è un nodo da stringere con stile


SOMOS ASSIM, UM SÓ SER 


Contornas os meus olhos com o teu negro cintilante 
E premias rubores às minhas faces no singelo 
Gesto de cutucar meu braço ardente; 

Rebolo o olhar como se não houvesse amanhã, 
Laivos que se desenlaçam pelo espaço, 
Que nos é ente, nivelando embaraço; 

Sorrisos que brotam daquele abraço 
Que não tem qualquer pressa da manhã 
E nós extasiados pelo hiato elã! 

O café esfria na mesa, bebemos o instante 
Que tem travo ao mais nobre cafeeiro 
E a lua sobe altiva e leve, que nem pena, rompendo o nevoeiro; 

Os meus olhos brilham como as estrelas que teimam poisar 
No teu colo e beliscas-me em terno olhar 
Como quem deseja mui saborear o luar; 

O meu salto prende-se ao pé da mesa 
E teu pé lascivo relaxa o meu tornozelo, 
Espreita-se o peito que resplandece beleza. 

A noite embrulha-se em cortinas de organdi para beijar 
As bocas ferventes de essências raras, meu bem, que manjar 
De céus abertos ao linear de corpos que se desejam! 

Esquecemos o tempo, abrem-se as mãos de par em par 
E caminham pelo verde prado até ao nosso lar 
Segredando o quanto ainda desejam. 

Contornas os meus olhos com o teu negro cintilante 
E eu não te resisto, meu bem, sou tua amante; 
Somos assim, um só ser. 

® RÓ MAR