terça-feira, 31 de outubro de 2017

DOÇURA OU TRAVESSURA?


Imagem - ephéméride - seasonal calendar


  DOÇURA OU TRAVESSURA?


Hoje já não se brinca como antigamente!
As pessoas mal humoradas, saturadas de bruxas 
De um ano inteiro! Essas, fantasmas reais, que invadem 
O dia-a-dia e quando é dia de uma brincadeira 
Ninguém leva a peito! Não há maneira
De dar volta a isto! A insegurança, que reina em todos
É demais, não dá estimulo a um dia de brincadeira!
Hoje 'Halloween' bruxas são apenas fantasias e nada mais!

Quando as pessoas deixam de brincar, de sonhar, 
E vivem só a pensar nos medos que as assoleiam,
É um caso sério e de mau feitio que não tem maneira!
Ah, como o mundo poderia ser tão mais colorido
Se não houvesse bruxas a reinar o ano inteiro! 
Mas, vida é isto, o presente, e é ele que temos de viver!
Tenho pena das crianças que não têm nada a ver
E não têm outro tempo de 'doçura ou travessura?'!

Quando as crianças deixam de brincar o mundo
Fica bem mais pequeno, pobre em sorrisos e as bruxas 
Ganham força para exercer mais um ano de diabruras!
Tenho na ideia que o hoje não deve ser o antigamente,
Também, que o hoje não é o hoje e que não é o futuro!
Dizem que os monstros do 'Halloween' as assustam! 
E, eu que penso no que elas sentem, diariamente, 
Convivendo com tantos outros monstros reais demais!

Vamos a animar, hoje é dia das boas bruxas
E, é preciso gargalhar, nem que por um momento! 
Que tal enfeitar abóborinhas e sair à rua para trocar
Abraços e outras doçuras pelo verão que vai acabar!
Do Inverno não nos livramos, mas, não deixemos passar
Em branco o último dia de Outubro! Vamos a festejar!
Não é o Carnaval, é o doce Halloween, outra tradição!
Vejo ó salgado Tejo o apregoar 'Doçura ou travessura?!

© Ró Mar

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A CHAVE DE FELICIDADES


Imagem - Halloween - O Dia das Bruxas


'O DIA DAS BRUXAS'


A CHAVE DE FELICIDADES


Hoje, vou fazer uma poção do bem, 
Não para contrariar uma tradição,
Mas, para aliviar o mundo que não a tem
Em outros dias e dela se carece para crescer 
Os quartos minguantes do coração.

Hoje, que é 'o dia das bruxas', vou cozinhar
Com 'elas' uma receita nova, no meu caldeirão,
Que é bem velho, vou temperar o mal com o bem,
Nos vários ingredientes que o meu coração ditar.

Estou a lembrar do amor, das amizades...
Gentilezas que, com respeito, vou cozinhar
Em pitada de harmonia para que solidariedades 
Abundem no meu velho caldeirão.

O dia é longo, mas, eu tenho paciência,
Não preciso de muita técnica ou ciência,
Esperança que na medida do equilíbrio vou acertar,
Para que reine no mundo a paz, e vou provar
Com 'elas' a poção que é a chave de felicidades.

© Ró Mar

sábado, 28 de outubro de 2017

ODE HARMONIOSA DAS AFIRMAÇÕES


Imagem - Zzig.


ODE HARMONIOSA 

DAS AFIRMAÇÕES


Que a vida seja feita de delicadezas
E que o mundo se sinta acariciado
Pela beleza extrema das naturezas
Singelas que interiorizam o olhado.

Que a paz e o amor reine pelos corações
Embalando com todos os predicados
E verbos, conjugados ao presente de todos,
Em pauta melodiosa das motivações.

Que a vida seja um oásis de certezas
E que o mundo se sinta compilado
Pela estrutura suprema das levezas
Que exprimem airosamente o bailado.

Que a paz e o amor ensine pelas uniões
Espalhando com outros significados
E modos, praticados ao presente de todos,
Em ode harmoniosa das afirmações.

AH, AINDA SE PUDESSEM ILUSTRAR!


Imagem - J'ad' OR 


AH, AINDA SE PUDESSEM ILUSTRAR!


Vejo palavras em contra-mão, ziguezague
Numa brutal azáfama de embrague.
Ah, ainda se pudessem ilustrar
A vista turva que baratina o olhar!

Que arte escolheriam para dar o mundo 
De um alfabeto de largueza e ponto final:
A pintura, a escultura, a sétima arte, qual afinal?
Ah, ainda se escrevessem rés à língua de Camões!

Vejo o que vejo e o que não vejo, tanto vejo
Que nada vejo, vejo que não vejo e nada vejo.
Ah, ainda se viessem para abraçar!

Que espaço e tempo iriam imaginar
Para dar a visão de um primeiro beijo?
Ah, ainda se pudessem ilustrar!

© Ró Mar

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

PASSEAR...


Imagem - Bellissime Immagini 


PASSEAR...


Passear ao ar livre traz outro sabor
De natureza para dentro do coração
E a alma respira todo aquele amor
Que tem dentro e faz dele uma canção.

Canção que embala milha de um universo.
Passo ante passo lá anda ela de verso em verso
Passeando pelo ar de um outro sabor
Que tem dentro da mente e expira o ardor.

Ardor de uma paixão que não tem mais espaço
Dentro do poema que passeia passo ante passo
O tempo que encolheu à memória de um olhar.

Olhar que espreguiça passo ante passo
Dentro da natureza que a tem num abraço
Dentro do coração e a leva a passear par a par.

© Ró Mar

O MAIS BELO SONHO QUE PODIAS IMAGINAR


Imagem - Zzig.


O MAIS BELO SONHO 

QUE PODIAS IMAGINAR


Que meus versos te cheguem em sonhos
Macios tais como meus lábios os escrevem;
Que tua noite encontre a serenidade que vem
De um vento pouco de olhos risonhos.

Não tenho à cabeceira luz para alumiar
Pensamentos que hão-de despertar
De uma noite viajante, ainda assim, podes confiar
Que o que expresso é sonho que vais amar.

Que meus versos te elevem o inconsciente
Numa certa paisagem e amanhã, ao acordar,
Sintas à flor da pele o que te soletrei pela noite
Como o mais belo sonho que podias imaginar.

© Ró Mar

terça-feira, 24 de outubro de 2017

EU TE SONHO


Imagem - Bellissime Immagini 


EU TE SONHO


Escrevo apenas umas letras miúdas
Para que escutes baixinho as badaladas
De menino que te quer com carinho,
Te deseja em silêncio. Eu te sonho.

O vento sereno e teu amanhecer
Em minha letra é dia inteiro para amar
Outras tais letras miúdas florescer
E à noitinha de novo te abraçar.

Menina de olho azul e cabelo ouro sedento.
Cores que invento quando ouso escrever
Em letras miúdas tão grande sentimento.

O sol ilustra a única página que vai aparecer,
Imagem branda que com carinho componho.
Escuta baixinho menina: Eu te sonho.

domingo, 22 de outubro de 2017

ESCREVO PORQUE GOSTO DE ESCREVER


Imagem - IN$PiRATiON


ESCREVO PORQUE GOSTO DE ESCREVER


Escrevo porque gosto de escrever
E porque gosto de todas as letras do alfabeto.
Não escrevo para me livrar delas, antes pelo contrário
Gravo-as no coração para me encontrar com elas.
Eu amo as palavras porque elas têm sentido de vida, 
Com mais ou menos ênfase, são todas bem-vindas
Quando conjugadas em sintonia ao tempo delas.

Escrevo porque gosto de escrever
E porque gosto de exprimir sentimento.
Não escrevo para me livrar dele, antes pelo contrário
Vivo-o intensamente pelo candelabro de minhas janelas.
Eu dou continuidade ao que sinto, existimos, há vida,
Vida que projeto em palavras que podem ser lidas,
Com mais ou menos entusiasmo, por outras janelas.

Escrevo porque gosto de escrever
E porque gosto de expressar humanidade.
Não escrevo para me livrar dela, antes pelo contrário
Fomento-a para afirmar uma das palavras mais belas.
Eu gosto de escrever a verdade de uma vista cansada
Sem lhe dar sentido pejorativo. Paz, união cerzidas
Têm maior valor que outro discurso ou balelas.

Escrevo porque gosto de escrever
E porque gosto de viver o todo de uma realidade.
Não escrevo para me livrar dela, antes pelo contrário
Quero-me parte dela para ajudar a sarar mazelas.
Eu gosto de escrever e sobretudo amar esperançada
Que haverá dia em que escrevemos de mãos dadas
Palavras nossas certos que não é mera olhadela.

© Ró Mar

sábado, 21 de outubro de 2017

ESTE NATAL


Imagem - Zzig.


ESTE NATAL 


O Natal ainda vem longe, bem sei,
Mas, é o momento de pensar-mos nele
E com o devido respeito que o tempo impõe.
Este natal ninguém devia ter árvore de natal
Porque o pinheiro está quase a extinguir
E ainda porque o espírito natalício é repartir.

Este Natal aquelas montanhas que se gastam
Para construir um dia de felicidade deviam ser
Endossadas aos que mais necessitam.
Teríamos todos um natal mais pobre, sim eu sei,
Um dia a menos aos que os têm todos! 
Ninguém lê, ainda assim envio ao Pai de Natal.

Mando-lhe versos, pois, não tenho outra ideia
Que melhor expresse o que vai pela aldeia.
E ainda, peço-lhe que perdoe os que me fazem 
Escrever assim. Tenho que pensar também 
Nas crianças e dar uma palavra às famílias:
Deem-lhes amor, a atenção é a melhor das ceias.

O Natal ainda vem longe, bem sei,
Mas, o natal é sempre que o homem quer.
E, eu quero e outros mais querem sentir o mundo.
Este natal ninguém devia ter árvore de natal,
Porque há muitas vidas que dependem dele
E todos devemos ser parte do que se expõe.

SOMOS UM POÇO DE SENTIMENTOS


Imagem - J'ad' OR


SOMOS UM POÇO DE SENTIMENTOS


Nós, somos um poço de sentimentos
(Lá bem ao fundo) de nós e dos nossos
E mui dificilmente chegamos aos outros.
Mas, quando o lodo abunda extravasamos 
E o mundo fica, mais pobre, rico de impurezas.

Ah como, poderíamos ser mais humanos,
Potáveis literalmente (amar e ser amado),
Para nunca termos que esbarrar no lodo 
E sacudi-lo a quem é como nós e os nossos!
Mas, somos um poço de sentimentos.

© Ró Mar

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

SER O QUE SOU...


Imagem - Bellissime Immagini 


SER O QUE SOU, MAIS O QUE NÃO SOU
E AINDA OUTRA VIDA!


Ah, quem me dera a mim, saber escrever
Em qualquer folha e sem tinta, compreender
E de olhos fechados a expressão humanidade!
Saber ler num abrir e fechar de olhos o mundo
Como quem o conhece mais que alguém!

Ah, quem me dera a mim não pensar nada e dizer 
Tudo, o que me vem à memória e vai pelo universo,
Sem ter que exercitar ciências, filosofias e a vida
Pela paleta de certa mensura (inventada por alguém).
Ser o que sou, mais o que não sou e ainda outra vida!

Ah, quem me dera a mim ser esculpido no ouvido
De todas as gentes (que sabem e que não sabem ler),
Permanecer audível todo tempo (vivido e não vivido)
E andar de boca em boca, ó pulo, avançando o mundo.
Ser o que sou, mais o que não sou e ainda outra vida!

Ah, quanta presunção a minha ousar tais sonhos
Numa folha de sílabas decalcadas à raiz de ti, Poeta!
Nunca serei a tua imagem, nem uma outra magenta,
Ainda assim, ouso pois amo-me e amo a humanidade. 
Dou de alma e coração tudo o que sei e os sonhos.

Ah, não há nada mais bonito que dar tudo,
O que temos e não temos (temos sonhos),
De mão beijada, não esperando mais que nada!
Repartir, os nossos sonhos, em prosa ou em verso
Com o mundo não é ser como tu, Poeta, mas, é ser.

Ser o que sou, mais o que não sou e ainda outra vida!

© Ró Mar

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A NATUREZA QUER UMA OUTRA PROSA


Imagem - Zzig.


A NATUREZA 

QUER UMA OUTRA PROSA


Vejo um outono a vento conturbado,
Chuvas de dias nublados
Não trazem riqueza ao mundo,
E a natureza os dias contados!

Olho a estação à distância
Que é permitida, mas olho-a,
E nem quero pensar nela, não há poesia
Que lhe possa valer, olho-a!

Vejo um outono a minguar-se,
Chuvas de dias acinzentados
Não trazem boas aos mundos,
E a natureza que olho adivinha-se!

Olho o ciclo pela substância,
Um passado agonizando o presente,
E nem quero pensar nele, não há poesia
Que o dê por contente, olho a gente!

Vejo uma época invernosa,
Chuvas de dias quebrados
Não dão felicidade aos mundos,
E a natureza quer uma outra prosa.

© Ró Mar

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

BELEZA NATURAL


Imagem - Zzig.comunidade


BELEZA NATURAL


Limpe a casa, pois, ela é o espelho de um lar.
Dê vida ao jardim que o faz respirar.
Usufrua, sereno, o seu bem-estar
Em plena harmonia com a natureza.
Crie o semelhante à sua intima beleza.

DEIXA-ME SONHAR ESTA NOITE: ROSAS AMARELAS


Imagem - J'ad' OR 


DEIXA-ME SONHAR
ESTA NOITE: ROSAS AMARELAS


Esta noite vou abrir minhas janelas
E sonhar com as rosas amarelas.
As rosas amarelas, cor dos girassóis,
Esta noite vão fletar meus lençóis.

As rosas amarelas e sua essência 
Esta noite vão querer-me embalar
E sonhar eu vou com um outro luar.
Esta noite quero-te louco em poesia.

As rosas amarelas vou querer amar
E sonhar um amante quase que perfeito.
Esta noite há luz que brilha meu peito,
As rosas amarelas, ritmo no teu bailar.

Esta noite vou querer-te abraçar
E sonhar que um dia vamos casar.
As rosas amarelas: o nosso altar.
Esta noite há alianças para adornar.

As rosas amarelas: buquê que vou levar
E sonhar amar pelas minhas janelas.
Esta noite, a teu lado vou deitar,
No leito as nossas rosas amarelas.

Deixa-me sonhar esta noite: rosas amarelas.


terça-feira, 17 de outubro de 2017

SOMOS UMA NAÇÃO VALENTE E AINDA IMORTAL


Imagem - Pinhal de Leiria - Portugal 


SOMOS UMA NAÇÃO VALENTE
E AINDA IMORTAL


Somos uma nação valente e ainda imortal.
D. Afonso III mandou plantar o nosso pinhal
De Leiria e D. Dinis construiu a sua grandeza,
Que as chamas levaram numa noite infernal
E com elas alguns dos nossos heróis foram.
Mas, mais heróis ficaram para reconstruir
O património que é a nossa riqueza natural.
Não há reis lavradores, mas, há gente de natureza
Humana que quer reerguer a história de uma nação.
O pinhal de Leiria vai renascer das cinzas
Para que Portugal dê novo mundo ao mundo
E honre o nobre titulo de país desenvolvido.
Ainda há gente que labuta e sabe que, tem de prosseguir,
Não pode deixar arruinar um pais pelas cinzas.
Somos uma nação valente e ainda imortal.

© Ró Mar

domingo, 15 de outubro de 2017

HAVERÁ...


Imagem - Zzig.


HAVERÁ...


Haverá letra mais bonita que a letra 
De uma criança que não sabe escrever!?
Mas, sabe ler a erva daninha que habita os
Seus 'Jardins'! Natureza que devia ter letra
Cuidada, pois, é amanhada pelos crescidos.

Haverá olhar mais inocente que o de uma criança
Que acredita em contos, lendas, histórias 
Que ditam o bem e não vê outra maldade!?
E, de olhos postos na humanidade 
Semeia a paz e a união em verde esperança.

Haverá um dia em que toda a humanidade 
Compreenderá os contos, lendas, histórias 
Que só a criança entendia! E, esse é o dia de escrever
'Mundo'. Haverá cor verde para a criança pintar
Os 'Jardins' que pediu no singelo olhar.

© Ró Mar

SOMOS CONSTRUÇÕES


Imagem - EXTA$E


SOMOS CONSTRUÇÕES


Somos construções, logo somos arte.
Se somos arte somos estandarte.
Edificados à semelhança da natureza
E à luz de determinada etnia somos riqueza.

Somos riqueza porque temos duas naturezas:
A interior e a exterior. E, qual é a mais bonita!?
Cabe a cada um nós opinar. Eu vejo grandezas
À parte por descobrir, será que é a mais bonita!?

Certezas nem de nós próprios as temos,
Mas, sabemos em que mundo vivemos!
E, dele temos prova que a natureza é bela
E misteriosa enquanto não dão cabe dela.

Somos construções, logo somos natureza.
Se somos natureza somos riqueza.
Edificados à semelhança de uma arte maior
E à luz de determinada etnia somos amor.

© Ró Mar

ISTO É QUE É AROMA A ROSA!



Imagem - Aimer la Nature (Love the Nature) 


ISTO É QUE É AROMA A ROSA!


Construa o seu ser à sua semelhança
mesmo que desagrade a muitos.
A autenticidade é um passo de nobreza
que fica bem a todos. O que os outros
pensam é deles, o que somos é que conta,
E, isso não pode mudar em função dos outros.
É compreensível que haja ajuste de personalidade 
para viver em sociedade, mas, nunca descurando 
a verdadeira identidade para agradar 
a meia dúzia de pessoas, que não lhe dizem nada
a não ser critica à sua maneira de ser. Possivelmente 
não têm algo mais interessante na vida 
senão o passear pela vida dos outros!
Pobres de espírito! Deixá-los ser assim!
Seja você mesmo, é esse o caminho certo
para ser saudável, além do exercício físico
e uma dieta à maneira, seja sempre fiel a si.
Quer faça sol, quer faça chuva sobre si
mentalize-se que o planeta é sempre o mesmo,
nada vai mudar porque você mudou e tudo 
o que tem que mudar é você que tem 
de determinar, não porque alguém quer assim!
Não pense que sou assim porque sou eu mesmo,
sou-o porque outros me ensinaram a ser assim
e sou igual a mim próprio. E, quanto ao assim
só para meia dúzia de pessoas que nada tem
a não ser uma máscara emprestada para desfilarem
na passarela de um mundo cor-ó-rosa.
O universo não tem uma cor definida, 
toda a cor é bem parecida quando respeitamos 
e somos respeitados. E, isto é que é aroma a rosa!

© Ró Mar

FONTE DE UM ELDORADO


Imagem - Zzig.


FONTE DE UM ELDORADO


Há pessoas que lhes faltam as palavras
Outras de sobra as têm! E, é o universo, que lavras
Sílaba por sílaba, que havia sido conjugado
Em todos os tempos de um verbo esgotado.

O que ainda se lê são sílabas submersas,
De um tempo que havia sido contido em fileiras,
Multidão de múltiplas descobertas, histórias
De vidas outras! E, é o destino prometido.

Há pessoas que lhes faltam as palavras
Outras de sobra as têm! O silêncio rabiscado
Numa raíz infinita de existência, onde coabitas,
Que havia sido escrito! E, é a fonte de um eldorado.

© Ró Mar

sábado, 14 de outubro de 2017

ESCREVER É DAR VIDA À ALMA


Imagem - Zzig.


ESCREVER É DAR VIDA À ALMA


Escrever é dar vida à alma;
É tempo de luz calma
Que ilumina a passagem 
Vida-a-vida de uma imagem.

© Ró Mar

SINTO O 'MAR' QUE TODOS SENTEM


Imagem - TURQUOi$E


SINTO O 'MAR' QUE TODOS SENTEM


Quando eu nem penso e digo que tenho o 'mar' 
Tenho-o em mim, tão real, e olhem que não minto!
Não porque o veja, mas, porque em mim sinto,
Sinto azul o momento que persisto amar.

Se sinto que o 'mar' é parte de mim 
Por onde andará parte que nem sinto em mim!?
Afinal, que ser sou, vou de encontro a um 'mar'
De que nada sei e nem sei se me quer amar!?

Ah, que 'mar' é este, que insisto ter em mim,
Que nem me dá paz!? Ainda assim o quero em mim.
E, olhando a natureza dele, nem penso,
Digo que o sinto no momento tão extenso.

Olhem, o que eu vejo, o que digo por instinto
E se nada virem não se inquietem!
Porque eu também não o vejo, mas, o sinto,
Sinto o 'mar' que todos sentem.

© Ró Mar

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

CASTANHA LUA DO FADO


Imagem - SAi$ONS


CASTANHA LUA DO FADO


A natureza do fruto do castanheiro
É doce, saborosa e eu gosto muito dela.
A essência mediterrânea do outono caseiro
É a castanha e estamos no tempo dela.

De cor castanha e miolo branco pró amarelado
Lá anda ela de boca em boca e pelo olhado
De outra gente, que não tem estação definida,
Lá passeia ela robusta trauteando a vida.

A natureza do outobro e novembro de mão
Entrelaçada pró festejo do Santo milagroso - 
Martinho: lá anda ela de roda em roda ao saboroso
Vinho da região; lá dança ela assada pelo coração.

De tempo de verão e colheita de setembro
Lá vem ela de ouriço erguido e tão disputado
Pela alegre rapaziada, vida que lembro;
Lá canta ela à desgarrada "Castanha Lua do Fado".

© Ró Mar

terça-feira, 10 de outubro de 2017

A CIDADE DE LISBOA


Foto © Ró Mar - Portugal - Camões


A CIDADE DE LISBOA


A cidade de Lisboa é, a nossa capital
E de Portugal, banhada pelo rio Tejo.
O porto de Lisboa grande zona industrial,
É hoje caravela de outro cortejo!

Antepassados de mui descobertas
Por mar de mil tormentas, salvé "Os Lusíadas"!
Terra de Camões e outros grandes poetas,
Lisboa menina e moça é hoje de outras vidas!

A cidade de Lisboa, que às europeias é catedral
Do fado (nossa Amália, dama de Portugal)
E da cultura expressa em arte pelo azulejo, vista
Hoje por Bordalo seria caricatura do turista!

Antepassados, a história de uma nação,
Hoje ruínas que vemos entre a edificação 
Do centro urbano - a pombalina baixa de Lisboa -
O território administrativo do que foi coroa!

A cidade de Lisboa é hoje também capital
De outras culturas, porto marítimo de beleza
Onde a economia é riqueza em espiral!
O que veria Fernando Pessoa em tal natureza!?

© Ró Mar

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

QUERO CHAMAR A CHUVA


Imagem - J'ad' OR 


QUERO CHAMAR A CHUVA


Ah, tempo indefinido!
Vejo um outono seco e de pouca uva,
Que abalroa todo o mundo,
Quero chamar a chuva.
Que o vento meu eco escute!

Quero chamar a chuva.
Ver um outono de ar milagroso
Que cultive esperança,
Às terras de Deus todo poderoso 
E brindar a vinho a época presente.

Quero chamar a chuva.
Sentir a fortaleza de uma criança, 
Que folha a folha pula de contente
A estação, o brilho pela face rosada,
Porque há água em toda a fonte.

Ah, tempo, que tempo é este!?
Vejo um outono de sol e tão triste
Que abalroa todo o mundo!
Agora, por ora e enquanto vida,
Quero chamar a chuva.

© Ró Mar

QUANDO O POEMA É SINGELO


Imagem - Regard sur Image


QUANDO O POEMA É SINGELO


O dia é sempre mais belo:
Quando pensamos o positivo;
Quando olhamos para além do horizonte;
Quando somos caráter e atitude.

O dia é sempre mais belo:
Quando despertamos a natureza;
Quando sonhamos uma outra beleza.

O dia é sempre mais belo:
Quando somos virtude;
Quando olhamos em frente;
Quando pensamos em todo o ser vivo.

O dia é sempre mais belo:
Quando o poema é singelo.

© Ró Mar

domingo, 8 de outubro de 2017

TERRA DE ALGUÉM


Imagem - Nature, Love and Art 


TERRA DE ALGUÉM


Ah, chove, chove, chuva miúda,
De mansinho vem dar vida
À beleza do outono,
Para que tenhamos ouro ano!

Ah, seca, seca, tempo de outra hora
De mansinho vai embora
Para que as fontes sejam fertilidade
À vida da humanidade!

Ah, chove, chove, chuva miúda
De mansinho vem dar um abraço 
À gente enamorada pelo paço
De uma vida fresquinha e amada.

Ah, seca, seca, tempo de má hora
De mansinho vai embora
Para que a floresta seja paisagem
Que dê vida à vida que é miragem!

Ah, chove, chove, chuva miúda
De mansinho entra pela estação
Que trazemos no coração
E devolve a paz à terra do nada!

Ah, seca, seca, tempo de ninguém 
De mansinho vai embora
Para gravarmos pelo troncos outro agora
E pela folha natura "Terra de Alguém".

© Ró Mar

sábado, 7 de outubro de 2017

PELE QUE UNE TRAÇO A TRAÇO


Imagem - Regard sur Image


PELE QUE UNE TRAÇO A TRAÇO


Pele que une traço a traço
Delineá nosso coração,
Em que somos um mundo, tão 
Diferente e tão nosso.

O tempo que nos une é amor que 
Delineá uma paixão, em que 
Somos o epicentro da sensação,
Tão diferente e tão realização.

O que nos une é dedilhado que 
Delineá o tempo, em que 
Somos astro de uma galáxia, tão 
Diferente e tão afirmação.

O que paira pelo ar inspira-nos,
Delineá aquele momento nosso
Em que respiramos, e somos
Pele que une traço a traço.

© Ró Mar

DE MÃOS DADAS SEMPRE


Imagem - Regard sur Image


DE MÃOS DADAS SEMPRE


Meu coração aprisionado,
O teu olhar tão distante
E o tempo tão indiferente!
De mãos dadas sempre.

Minha sina de apaixonado,
O teu amor tão gravado
E o tempo tão inconstante!
De mãos dadas sempre.

Meu corpo enclausurado,
O teu ser não quer o meu
E o tempo a chave perdeu!
De mãos dadas sempre.

© Ró Mar

AH, MEU AMOR, PARA TI, ESCREVO DE ALMA E CORAÇÃO!


Imagem - J'ad' OR


AH, MEU AMOR, PARA TI, 

ESCREVO DE ALMA E CORAÇÃO!


Que a luz do dia traga o teu ser de volta,
Para que minha vida ainda se refaça,
Sem ti, meu amor, os dias não têm mais graça.
Ah, como ficaria eternamente grata!

Que a saudade que sinto chegue a ti,
Serena, tal como pétalas de açucena que declamo,
Para que sintas o quanto ainda te amo.
Quiçá ainda lembres o quanto fui em ti!

Que estes meus versos um dia reencontrem
O abraço amigo, que tanto precisam,
Para serem poema presente de um ontem.
Ah, meu amor, para ti, escrevo de alma e coração!

© Ró Mar

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

ABÓBORA-MENINA


Imagem - VIVE le VENT d'HIVER


ABÓBORA-MENINA


Abóbora-menina que teu sonho
Seja delicada e doce compota
De fiapo luzidio, cor de cenoura janota,
Aquela que encanta a menina-do-olho!

Abóbora-menina que a estação
Te complemente e outros sonhos virão,
Em cardápio de outra época, os que polvilham 
De açúcar e canela o coração!

Abóbora-menina que tua face rosada
Dê aso a uma brincadeira, a gargalhadas,
E trinta e uma guloseimas, tantas quantas
Os dias do mês que traz alegria à criançada!

Não me vou embora sem antes provar
Um sonho teu, e que linda espera, vou amar!
Outubro, novembro e uma outra estação
Que tem sonho de abóbora-menina ao serão.

© Ró Mar

ALMA DE POETA


Imagem - Zzig.comunidade


ALMA DE POETA


Todo o homem apaixonado é poeta
De uma construção maior que a razão.
O movimento dos sentidos pelo planeta
Tem estrutura sólida em todo o coração.

A poesia exprime-se em vivacidade
Constante do concreto e do ilusório,
A que chamamos de sonho e realidade,
E o amor tem esse dom em reportório.

Todo o homem que exprime sentimento
Através de imagética rítmica em hipotética reta 
É dotado de outro sentido além do sexto,
A que chamamos de arte - alma de poeta.

© Ró Mar

A VIDA É PARA SER VIVIDA


Imagem - J'ad' OR


A VIDA É PARA SER VIVIDA


A vida é para ser vivida,
A natureza é para ser desfrutada,
Em passos pequenos e sorrisos grandes
Para que os momentos se tornem felicidades.

Quando somos premiados de luz de uma maravilha
Tão extensa, que vem desde a raiz da existência 
Até ao lamiré das estrelas, somos pura poesia
E encantamos os quatro ventos da ilha.

Tudo o que somos é dádiva mor,
Vem do cimo..., o sol que nasce
Pequeno e torna-se num grande abraço, o amor,
O mistério da vida que a todos renasce.

A vida é para ser vivida,
A natureza é para ser desfrutada,
Em sonhos grandes e mãos de pequena fada,
Para que a criança que há em nós se sinta amada.

© Ró Mar

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

ONDE ESTÁ 'SENHORA'?


Imagem - PAPillON


ONDE ESTÁ 'SENHORA'?


- Onde está 'senhora'?
- Ando por aí a semear sonhos
na expetativa de que a época dê frutos
que cheguem a toda a hora.

- Quando a verei tal outrora?
- Ah, nem sei o que dizer,
quando ninguém nada quer fazer,
nem eu me vejo, nem vejo flora! 

- Que quer dizer com isso, nada entendo?
- Coisas de uma velha que enquanto viver
há-de labutar pela riqueza de tudo,
nem que em utopia, alimentar todo o ser.

- Como ousa tal pretensão?
- Não diria pretensão, nem tenho vaidade
que chegue para tanto coração,
ainda assim digo que sou uma realidade.

- Que bela cantilena me dá agora!
Quero, parte dessa beleza em meu olhar,
perfumar meu tempo pela verve amar.
Onde está 'senhora'?

TRAGO EM MIM UM UNIVERSO DIFERENTE


Imagem - Silent WHisPer,s


TRAGO EM MIM UM UNIVERSO 

DIFERENTE


Trago em mim um universo diferente,
Sim diferente, vida de outra gente,
Que nem meus olhos alcançam presentemente,
Ainda assim quero tê-la em toda a mente.

O que a gente têm comum é céu aberto...
Idêntico, sim idêntico, a tantos outros, 
Vemos de olhos fechados, o ponto
De luz onde cruzam caminhos de uns e outros.

O que me é diferente e também idêntico, 
Sim diferente e idêntico, é o escrito sagrado
Que se os olhos lessem seria fantástico,
Plantio de amor e sobretudo paz pelo mundo.

O que me é idêntico e também diferente,
Sim idêntico e diferente, é a natureza 
Que se os olhos falassem diriam com certeza:
Trago em mim um universo diferente.

© Ró Mar

terça-feira, 3 de outubro de 2017

OUTONO EM FLOR


Imagem - J'ad' OR


OUTONO EM FLOR


Num tempo que é só nosso
Colho a beleza de uma estação
Que nos é rente ao coração
E o dia de verão esboço.

Adelgaçando o teu pescoço
Na doçura de ternos beijos 
O dia espreguiça pelos desejos
E vejo estrelas de olhar moço.

Nos teus braços regresso 
À primavera e adormeço
Embalada pelo amor
De lindo outono em flor.

© RÓ MAR

OUTONO OCRE E BELO


Imagem - SAi$ONS


OUTONO OCRE E BELO


O meu poema é vento alado
De outono temperado, 
Brisa de primavera,
Baía rodada pelo mundo
E tem cheirinho a tudo
Que passa pela quimera.

O meu poema é folha ouro
Duma árvore de outubro,
Canteiro de setembro 
Que luz a pedra à calçada
De novembro e o rio Douro
Brinda o Tejo a Porto de vida.

O meu poema é singelo
E tem cheirinho a tudo
Que passa pela estação;
O fruto de alma e coração
Dum escrito afinado
Pelo outono ocre e belo.

© Ró Mar