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OUTONO OCRE E BELO
O meu poema é vento alado
De outono temperado,
Brisa de primavera,
Baía rodada pelo mundo
E tem cheirinho a tudo
Que passa pela quimera.
O meu poema é folha ouro
Duma árvore de outubro,
Canteiro de setembro
Que luz a pedra à calçada
De novembro e o rio Douro
Brinda o Tejo a Porto de vida.
O meu poema é singelo
E tem cheirinho a tudo
Que passa pela estação;
O fruto de alma e coração
Dum escrito afinado
Pelo outono ocre e belo.
© Ró Mar