RAÍZES P' RA LÁ DO RIO,
O ALTO CÉU POR INSTINTO
No ribeiro manso, perto de uma azinhaga,
Vive sempre alguém em busca da primavera,
Onde flui água reminiscente de uma entrega
Passiva e total à permuta da quimera.
Quimera que, não é uma mera quimera,
Passeia pelo astrolábio daqueles, doutos seres,
Que asfixiam em terra e não em estratosfera,
Pois, idealizam consonante seus viveres.
Típico dos que vivem na lua, não na lua
Mas sim no ribeiro manso de um labirinto,
Muito próprio e intemporal que sempre atua.
Reação passional dos seres que procuram
Entre as margens o infinito e encontram
Raízes p' ra lá do rio, o alto céu por instinto.
© Ró Mar