Há todo um embaraço neste tempo parvo
Que gera destempero e é desnecessário!
Quão sonso cansaço, não cheira a cravo,
Mas, não desespero o presente cenário!
É pouco este espaço, mas, não é escravo
Neste tempo severo, contorno o diário
Num traço de compasso, por momentos travo
O que não tolero num imaginário!
Na orbita que esmero navego o mar bravo
Num mediatriz braço, meu gesto primário
É sereno bolero, cheira-me a cravo!
É tanto este espaço que perco o horário
De inverno e recupero o lugar de cravo
No meu petiz terraço, o mais é secundário!
© Ró Mar | 2020/06/25
© Ró Mar | 2020/06/25