segunda-feira, 30 de junho de 2014

ÍRIS QUE PLANTARAM O AMOR


Imagem - Voyage au coeur de l'Art - Travel to the heart of the Art


ÍRIS QUE PLANTARAM O AMOR 


Deitei-me à madrugada do teu olhar 
Sonhei pelo almofadado do luar… 
Arco-íris e tais as constelações 
Que a noite semeou novos corações! 

Folheei estrelas, uma a uma, e li quanto amor 
Que o ventre amanheceu pelo seu louvor! 
Te percorri pela noite, alma minha, 
Te beijei à madrugada pelo que sonha. 

Embriagada ao magnânimo… que olhar! 
Li o que a tua boca não queria dizer 
E enleei-me à noite até ao amanhecer. 

Foram estrelas… de um quarto minguante; 
Tantos olhares de lua cheia! Semblante 
Lúdico, íris que plantaram o amor. 

® RÓ MAR 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

ESTOU AQUI…


Imagem - Bellissimi Immagini


ESTOU AQUI… 


Estou aqui, eternamente perto de ti; 
Onde as estrelas iluminam o caminho; 
Onde as vozes ecoam amor e sonho; 
Onde a alma e o coração estão tão em ti. 

Estou aqui, no limiar de tão universo; 
Onde tu és melodia que soa a astro-rei; 
Onde tu és aquele tão singelo verso; 
Onde tudo é pequeno e alvo, só eu sei. 

Estou aqui, arrobustada pela natureza; 
Onde há tudo e também há ninguém; 
Onde sou feliz e te dou beleza; 
Onde a flor é de amor e é de alguém. 

® RÓ MAR 

domingo, 22 de junho de 2014

NO TEU OLHAR


Imagem - Belissime Immagini


NO TEU OLHAR 


No teu olhar 
Faço estadia sem hora para voltar, 
São momentos de eterna magia 
Que contemplam os que ainda amam a vida. 
São luzes da ribalta no azul-esmeralda, 
Reflexos que medram 
As ‘meninas’ dos olhos. Na alegria 
De espirais rodopiam 
Os celestes pela alma, rosas 
Intemporais que apelam 
Para o sexto sentido, a utopia. 
Sempre algo inexplicável 
Que se bebe em lufadas de ar 
Fresco e se degusta nas lustrosas 
Faces que a lua depositou no coração. 

No teu olhar 
Faço estadia sem hora para voltar, 
Tenho todo universo no presente 
E o teu sorriso imerge, labareda 
Que enraíza no corpo, a semente 
Que quero mui cultivar 
Em singelas silabas que pronunciem o desejo 
Dos lábios. Perceptível 
Tempo que habito, a vida que amo e beijo 
Em suaves caricias ao dedilhar 
A leda pena que voou 
Ao meu encontro nas asas do teu olhar. 
O sigiloso azul que persiste em amar 
Habita lá no céu, enamorado corou 
Ao som da troca de olhares e fez-se expressão. 

® RÓ MAR 

O ECO DO MEU SILÊNCIO


Imagem - Woman Bathing, 1925 - Joan Miró


O ECO DO MEU SILÊNCIO


No vento da natureza navego a alma pelo azul mar
E respiro ar puro na árvore por inventar…
Perene verde que esmeralda o céu ao infinito,
Lua cheia, o azul topázio que espelha as águas do mar.

No silêncio ao vento reencontro a vera alma, fonte do pensamento
Que nasce virgem, luminosa… A ‘rosa’ harmoniosa e fermosa
Que é voz, o eco do (a) mar, o natural encanto,
Oásis grato à vida, mor ‘Flor Bela’, a natureza preciosa.

Quanto a venero e amo, ostra do mar, perola ao meu olhar!
No deambular voo ao azul desenhando a perene flor,
A lua e as estrelas… infinito mar d’ alma pelo céu ao luar.

Ó fonte cobiçada, o eco do meu silêncio, a pura essência!
Bela ‘dama’, alma nobre que floresce a vida em círculos de amor,
A labareda utópica em pleno e genuíno estado, a cândida poesia.

® RÓ MAR

sexta-feira, 20 de junho de 2014

COMO TE AMO, MEU AMOR...


Imagem - Eunjung June Kim


COMO TE AMO, MEU AMOR...


Como te amo, meu amor…
O meu coração palpita a cada segundo
O teu olhar e nada mais o fará parar.
Olho em cada esquina e é a ti que vejo,
Olho a lua lá no céu e é a ti que beijo.

Como te amo, meu amor…
Com todas as letras digo que és o meu mundo
E tudo o que tiver a viver que seja para te amar.
Olho em cada esquina e é em ti que penso,
Olho a lua lá no céu e é a ti que escrevo o imenso.

Como te amo, meu amor…
São eternidades os minutos que estás ausente
E o meu olhar perde-se no teu presente.
Olho em cada esquina e é o que sinto,
Olho a lua lá no céu e olho-te por instinto.

® RÓ MAR

quinta-feira, 19 de junho de 2014

AO MAR NAVEGO A LUA


Imagem - Imagens do Mar


AO MAR NAVEGO A LUA 


Ao mar navego a lua 
Ao desejo de ser tua… 

A luz dos teus-meus olhos está por toda a parte 
E o desejo da boca se confunde a sal-mar. 
Nas ondas que se embriagam ao teu olhar 
Beijo a lua no mar-marte. 

Ao mar navego a lua… 
Ao sabor de tua eterna amante, 
O teu corpo faz parte d’oceano 
Que me ondeia na viajem à lua. 

Ao mar navego a lua 
Ao desejo de ser tua… 

Um mastro e meia-vela… 
Ao romper pelo luar da noite 
Traz no olhar a janela 
Que beija na tua boca plena. 

É meia-lua que voa ao vento 
Pela viajem ao infinito e beija o céu azul; 
No toque ao teu corpo de mar a sul 
Deixa o olhar a sal-mar pelas bocas do momento. 

Ao mar navego a lua 
Ao desejo de ser tua… 

© RÓ MAR 

terça-feira, 17 de junho de 2014

QUERO AMAR ASSIM, TÃO-SOMENTE


Imagem - Bellissime Immagini


QUERO AMAR ASSIM, TÃO-SOMENTE 


Quero amar assim, tão-somente, 
Nos teus braços assim, tão-somente, 
Pega-me ao colo e leva-me a ver as estrelas 
Pelo jardim que há-de florir, tão-somente. 

Pelas nossas bocas ao vento nascerão assopradelas 
De belas cores, flores de leves aguarelas, 
Que desenham assim, tão-somente, 
A primavera assim, tão-somente. 

Quero amar assim, tão-somente, 
Nos teus braços assim, tão-somente, 
Florir no brilho dos teus olhos, jardim 
Do nosso firmamento, quero amar assim. 

© Ró Mar

Contigo, para sempre

segunda-feira, 16 de junho de 2014

JÁ É TARDE E TARDE É…





JÁ É TARDE E TARDE É… 


Já é tarde e tarde é… mais tarde que nunca! 
Quando o dia cresce a lua cresce também 
E é tão cedo… quão cedo é… mais além 
O luar predestinado a quanto nunca! 

Ínfimo é o pensamento e tão perceptível, 
A alma é mui grande… tem face de cheia! 
Quão sonhos… labareda imprevisível 
Socalca colinas e efloresce à areia. 

Vento tão nu de estrelas e povoado 
Até mais não… raízes de alquimia e ninguém 
Ou alguém que nem espera ser amado! 

E o luar fica tão ao lado, já é tarde… 
Deixa-o lá! Apaga a luz e deita-te na areia 
Que te quer ver sonhar e de verdade! 

® RÓ MAR 

ENTÃO SEGUES COMIGO EM VIAGEM COLOSSAL


Imagem - Bellissime Immagini


ENTÃO SEGUES COMIGO 

EM VIAGEM COLOSSAL 


Abro meus braços para te receber… 

Vem comigo pela viagem sem destino 
Onde as nuvens são mais-que-perfeito leito 
E as estrelas o magnânimo luar… 

Sente a leveza ao meu corpo pelo teu ter 
E beija-me no teu perfeito instinto felino… 

Ah, como é caricia o eclodir ao teu peito 
E quanto me apraz tê-lo ao sobrevoar… 

Fecho meus braços para te perceber… 

Os nossos corpos crescem-se a lua cheia… 

Ficas comigo pela viagem ao cristalino 
Onde o voo se perpetua aos nossos lábios e semeia 
Púrpuras pelo céu às asas do nosso instinto… 

O mar reflecte-se…arco-íris ao nosso caminho… 

Sente-se tonalidades pelas nossas naturezas… 

Abrem-se os braços com muitas certezas… 

Nada em nós é impossível… o sonho 
De viajar é caractere de prova real… 

Então segues comigo em viagem colossal 
Que abraça o oceano e voa pelo infinito.

® RÓ MAR 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

HOMENAGEM AO POETA LUÍS VAZ DE CAMÕES


O retrato pintado em Goa, 1581


HOMENAGEM AO POETA 

LUÍS VAZ DE CAMÕES CAMÕES 


Ó Poeta… quantas lágrimas de sal 
Derramadas por mares nunca antes navegados, 
Consolidaram-se venturas e desventuras 
Na tua alma de génio, à descoberta de novos mundos. 

Dom de coração apertado e largo ao Universo, 
Que se fez ao mar em rima e verso, 
Glória na epopeia segredada às levianas 
E tempestuosas ondas se fizeram luz à literatura. 

Se fez glória e jus à tua Pátria, 
Pelos caminhos espinhosos se soltou a palavra 
No teu som Platónico, vibrou a mais bela melodia 
E, aconteceu o imortal soneto, a arte da poesia. 

Tua língua mátria louvaste 
Pelo tanto que a amaste, 
E, hoje e sempre serás o Poeta de Portugal. 

® RÓ MAR 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

CANTOS DA ETERNIDADE


Voyage au coeur de l'Art - Travel to the heart of the Art 


CANTOS DA ETERNIDADE 


A expressão do tempo não é nítida, 
Talvez seja vento que acende a labareda 
No limiar do dia, 
Quiçá uma luz do outrora que quer ir além 
E se cruza na noite com a poesia! 

Almas gémeas que outrora se cruzaram 
E no agora sopra o olor do amor 
Em forma de flor da eternidade. 
Talvez seja o vento da saudade, 
Quiçá o abraço dos que amaram! 

Ainda assim a chama é viva e tem a cor 
Do eterno beijo prometido na vida 
E a luz remete ao além 
As silabas metafóricas d’uma paixão 
Que endereça o coração. 

© RÓ MAR 

domingo, 8 de junho de 2014

HÁ SEMPRE UMA OUTRA VIDA


Imagem - Dany Poirier
Il faut parfois passer par l'enfer pour aller au ciel.



HÁ SEMPRE UMA OUTRA VIDA 


Há sempre uma vida já passada, 
Há sempre uma vida que é presente, 
Há sempre uma vida ao futuro; 
No ser vivo também há firmamento, 
Há sempre uma outra vida. 

Vida que amo e em que sou 
Dia e noite intemporal… 
Sem estação concreta e definida; 
Sou rio aos braços do amor, sou 
Raiz à terra que me viu nascer 
E também ar fecundo ao meu ser. 

Há sempre uma vida já passada, 
Há sempre uma vida que é presente, 
Há sempre uma vida ao futuro; 
No ser que me habita também há vida, 
Há sempre uma outra vida. 

Vida que sou e vivo pelo momento, 
No azul que amo e sou…sol, lua, vendaval, 
Sem estação concreta e definida; 
Sou mar que pelo beijo à natureza 
É mulher e sereia…céu…estrela fêmea 
E também andorinha pelas asas da musa. 

Há sempre uma vida já passada, 
Há sempre uma vida que é presente, 
Há sempre uma vida ao futuro; 
No ser que sou, alma gémea, 
Há sempre uma outra vida. 

® RÓ MAR 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

ÉS O MEU MODELO


Imagem- Charles Dwyer___Open Art Group


ÉS O MEU MODELO


És princesa da minha tela…
Em azul pastel desenho o cavalo-marinho
No teu ombro, que me conquista ao sonho
Do teu corpo, e navego pincéis a sereia do mar.

A paisagem são verdes algas pelo mar
Que se espelham ao céu nos teus olhos celestiais
E dão a luz que desafia o teu loiro cabelo…
Passeio-o ondulando o ar de formas intemporais.

Quero mui perfumar-te como uma bela janela
Que será sempre o ar da natureza… Na tua arte
Poiso o meu coração e desenho com alma o estandarte
Que és e que contemplo a olhar-te… És o meu modelo.

© RÓ MAR

A VIDA


Imagem - Onde existe o amor existe vida


A VIDA


Nascer, o mor milagre da natureza, 
Uma maravilha breve
Que se vai construindo na ilha de beleza
E tem todos os sonhos de uma menina.

Ao longo do caminho perde-se um pouco a graça
Da juventude e ganha-se a experiência laça...

D’um novo capítulo onde o vento
Sopra ora tempestivo, ora leve.

No equilíbrio do elo alma e coração
Consegue-se florescer a menina de outrora,
Em prosa ou poesia, o agora,
O vento do outono involucro no verão.

Sabe-se do passado, vê-se o presente e o futuro nem rasto,
Uma questão de tempo! Alguns veem chegar
Os grisalhos momentos em plena graça da menina
De outrora pelo verbo amar.

Outros ficam pelo caminho, sem sequer ver a primavera,
Tantos os que são levados pelo efémero inverno,
Apodrecendo até que chegue o dia final,
Ainda assim sobeja o milagre descomunal.

A morte, o mor segredo da natureza,
O coração dá à alma a eternidade.
Sabe-se lá por onde vai, talvez ao céu, quiçá ao inferno!
Um vento misterioso que não se declara,
O segredo dos deuses deixa-nos a saudade.

® RÓ MAR 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

APENAS UMA FLOR, ‘PRIMAVERA’ NO ALTAR




APENAS UMA FLOR, 

‘PRIMAVERA’ NO ALTAR 


O sorriso no teu olhar 
Transborda a primavera por inventar, 
Nele quero permanecer até o sol raiar. 
Tenho o brilho dos olhos para amar 
Que mais quero, senão sonhar. 

Que mais quero, senão sonhar 
Com um amor em flor, teu olhar, 
Meu sorriso floresce de par em par 
Na atmosfera como o uno amar, 
Breve momento que quero recordar. 

Breve momento que quero recordar 
Nele quero permanecer até a vida abalar. 
As palavras que escreves nos meus olhos 
Quero comigo levar, flores não aos molhos, 
Apenas uma flor, ‘Primavera’ no altar. 

® RÓ MAR 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O MUNDO NÃO É DE NINGUÉM…


Imagem - Reflexões e Meditações


O MUNDO NÃO É DE NINGUÉM…


O mundo não é de ninguém,
Todos o querem na mão,
Todos o sonham mais além!

O mundo é o universo de todos 
E é um nada de alguém!
Todos o conhecem, ou não? 
Todos o amam, ou não? 
Todos o querem na mão!

O que não sabem, ou esquecem 
É que o mundo é palmo e meio 
Na mão de uma criança; 
É a bola de cristal 
Que tem o poder da natureza; 
É que somos pequenos para tão beleza. 

O mundo é o universo de todos 
E é um nada de alguém! 
Falas e filosofias…são normais,
Ora, atitudes…não são mui usuais! 

Não vejo o mundo crescer, 
Não que não consiga ver, 
Perco-me na contagem das gentes… 
São tantas que não cabem na minha mão! 

Tenho olhos de ver e mão pequena, 
Tudo o que um ser deve ter, mão pequena, 
Palmo e meio, tal a mão de uma criança. 

Um globo… que vejo nele? 
Vejo nele um conjunto de falácias, 
De várias preposições e exclamações 
Onde os corações 
Se prendem e esticam às almas além! 
Onde se vive o sonho pelas audácias 
Que são o universo e o mundo de alguém! 

Quem, se o mundo não é de ninguém? 
Partículas desarticuladas na atmosfera 
São o mundo de alguém e meu também, 
Devíamos articulá-las, quimera! 

Tenho na mão o mundo que é teu também, 
Mundo de gente pequena, 
Gente de palmo e meio... 
O quanto basta para ver nele 
Gentes que somos todos 
E sonhos mais além. 

O mundo na palma da mão, 
Todos o querem,
Ora, ele não é de ninguém! 

©  RÓ MAR 

O TEMPO ‘UNO’




O TEMPO ‘UNO’ 



O Tempo comanda a Vida. 

É preciso ter Tempo para o Tempo. 

Nada se consegue sem Tempo. 

O Tempo oscila, ora curto, ora comprido. 

O Valor do Tempo não está no seu comprimento, 
mas sim na sua dimensão. 

O Tempo pode ser uma era, uma época, uma estação 
ou apenas um espaço em branco. 

O Amor é fundamental, indispensável no Tempo. 

O Amor não está no Tempo que dura mas sim no seu Tempo. 

O Tempo do Amor, um pequeno momento e com muito Tempo, 
sem prazo de validade. 

Somos todos frutos do Tempo. 

Para desabrochar é preciso dar Tempo ao Tempo; 

Em todo esse Tempo que parece um infinito, 
todo o Tempo é pouco. 

O Tempo, pensamento expresso no Tempo infinito. 

O Tempo vital, coração, um minuto, contado em segundos; 
Nele, o Tempo do Amor é tão importante que se vive os segundos 
desse minuto, no Tempo de uma Vida. 

O Tempo do Amor, enorme, o maior Tempo de Vida. 

O Tempo dá-nos a razão da nossa existência e o Valor ao Amor. 

O Tempo é o nosso conselheiro, braço direito, companheiro. 

O Tempo 'Mestre' dos afortunados. 

Na linha do Tempo traçamos um projecto de Vida. 

É o Tempo que nos ensina a delinear no compasso a Vida. 

É preciso ter Tempo para o Tempo. 

O Tempo traz-nos o gigantesco Tempo nas ondas do mar do Tempo. 

O Tempo do pensamento, o Tempo do coração, o Tempo da Vida 
resumem-se a um só Tempo - o Tempo ao Amor. 

Uma vertente Tempo/Amor – o Tempo ‘Uno’. 

® RÓ MAR