sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O OUTONO PELO ALPENDRE DE UMA SÓ CALMA


Imagem - Viktoria Mullin Photography


O OUTONO PELO ALPENDRE 

DE UMA SÓ CALMA


Quando o apagão surge há sempre um céu
Azul que acolhe a vida, um só chilrear
De alva luz, encolhe o temível breu;
Universos, sustenidos de encantar!

O Outono escreve pela pauta os mais belos
Poemas, o coração teima escutar
As letras musicadas pelos alvéolos;
Que ventos, engenhos doces de amar!

Linhas cor-de-rosa, que nem as penas,
Revoando pelo céu, bicos de nova alma;
Eis o sol das Primaveras de Atenas!

O Outono pelo alpendre de uma só calma
É diferente, traz anilhas de asas
Múltiplas, alegorias em quão praças!

© Ró Mar