Imagem - Viktoria Mullin Photography
O OUTONO PELO ALPENDRE
DE UMA SÓ CALMA
Quando o apagão surge há sempre um céu
Azul que acolhe a vida, um só chilrear
De alva luz, encolhe o temível breu;
Universos, sustenidos de encantar!
O Outono escreve pela pauta os mais belos
Poemas, o coração teima escutar
As letras musicadas pelos alvéolos;
Que ventos, engenhos doces de amar!
Linhas cor-de-rosa, que nem as penas,
Revoando pelo céu, bicos de nova alma;
Eis o sol das Primaveras de Atenas!
O Outono pelo alpendre de uma só calma
É diferente, traz anilhas de asas
Múltiplas, alegorias em quão praças!
© Ró Mar