Imagem - by "Elena Pancorbo Ilustración"
ROSA DE ALFAZEMA
Minha mão adormeceu entre o silêncio da noite;
Meu olhar congestionou ao romper de escura manhã;
Meu coração ferido de um amor sem norte;
Minha alma aflita implora a estrela irmã.
Meu ser caiu em desgraça de tanta dor;
Meu caminho não tem tempo que volte a ser;
Meu corpo almeja a paz do nosso altíssimo senhor;
Meu espírito implora aos anjos piedade para o acolher.
Eis que chegou finalmente o princípio do fim;
Mão que repousará, por fim, em poema;
Meu ser gravado em lápide a marfim,
Em cabeçalho o nome: rosa de alfazema.
® RÓ MAR