sábado, 21 de maio de 2016

CAMPO DISPERSO


Imagem – Bellissime Immagini


CAMPO DISPERSO


Há que perceber que o tempo que se perde
A separar o trigo do joio é precioso para viver;
Que a vida são momentos de uma felicidade
Que tem os minutos todos regrados a ser.

Há que perceber que o universo é um misto,
De afazeres, de gentes com enormes variedades;
Que a vida não gira em torno de vaidades
Que tem a pretensão do parecer bem-visto.

Que poderei eu dizer ou fazer para que sejamos
Mais humanos, cúmplices de todos os ideais
E experts de uma vida que tem gente demais!?

Para quê dizer ou fazer… para que o universo
Seja safra de uma só cultura, nação que queremos,
Quando o que está em questão é campo disperso!?

© RÓ MAR

sábado, 14 de maio de 2016

MAIO


Imagem - Gold Art


MAIO


Maio, de todos os encantos, seus esbeltos cabelos
Voam pela rosa dos ventos em baladas de rabelos,
Seus mares versejam o belo universo magenta
Em palete de coração por todo planeta.

Maio, que tem novas ideias, seus pensamentos planeiam
O jardim poético, a áurea natural à mão
E a escrita pela visão do mês de todas as primaveras
Em folhas de carvalho de tamanhas eras.

Maio, de todas as gentes, seus braços os remos
De prosperidade que beijam o sal de uma nação
Em cândidas passeatas de primorosa estação.

Maio, que tem a janela aberta e o sol à porta,
Seus nobres respirares inspiram a beleza que temos,
A frescura do dia, o sorriso à noite que nos reinventa.

© RÓ MAR

MAIO


Imagem - SAi$ON


MAIO


Maio, o mês do coração,
Do amor e mui paixão;
Da frescura e beleza, de mui flores,
Da primavera, vida de todos os perfumes.

Maio, o quinto mês do ano, de trinta e um dias;
Mês da fertilidade, de todas as Marias;
O mês de todas as mães;
O mês de todos os corações.

Maio, o mês movido por todas as gentes,
Da música, da poesia e outras alegrias;
O mês de plantar no mundo sementes
De uma árvore de todas as outras vidas.

Maio, o mês de nome tão pequenino
E de tão abastado cheirinho!
Mês que descrevo com mui carinho
Em uma pena de pássaro menino.

© RÓ MAR

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA


Fotografia de Santuário de Fátima - Portugal - Juna Fard 
Releitura da Capelinha das Aparições.
Em 1922 foi dinamitada por desconhecidos, e reconstruída logo em seguida. 
O pedestal onde se encontra a escultura de Nossa Senhora de Fátima é exatamente onde ficava a pequena Azinheira das Aparições.


Nossa Senhora do Rosário de Fátima 


13 de Maio 


Virgem Maria,
Mãe do prodígio Jesus,
Nossa Senhora do Rosário,
Santa Padroeira, milagrosa de Fátima
Dai-nos luz para seguir a alma
Das boas graças, trepando pela roseira alva
De teu nobre manto, pelo caminho vário
Até ao auge da felicidade, reino que salva.

A áurea que irradia em Maio
Sai de mãos santíssimas para o mundo
E cresce pelo ano, não só hoje, treze de Maio!
É urgente que se grave a oração no coração
Para o amanhã ser futuro, próspero, desejado.
Celebremos a romaria no encanto do salvador,
O script de melodiosas ceifas de Vénus
À raiz da humanidade em amor.

Que as ideias várias convirjam num só pensamento,
Peregrinos da salvação à arte do momento,
De todo o sentimento, em epígrafe da Paz, União.
Que seja o Sol a raiar nas faces da vida,
Cabaz de sonhos, de pomar e raízes do céu,
Embrulhado no véu
Da virgem santíssima!

E, nesta lida, do bem-haja, salve-se a verve
Que floresce o fecundo amor e serve
Em versos que amanhecem a luz da estrela-guia.
E, o script mensageiro é tudo o que se podia!
Mas que não seja só palavra
Que seja lavra de boa safra,
De asas de borboleta, 
Para assim voar pelo planeta.

Não ao conto do vigário!
Sonhos sim mas em fuste sólido
Para dar estabilidade às contas do rosário.

© RÓ MAR

terça-feira, 10 de maio de 2016

MULHER


Leonardo Da Vinci "La Scapigliata - cabeça-de-mulher -C- 1508 
 Cabeça de mulher é um desenho a terra de sombra e pigmento branco sobre madeira de Leonardo da Vinci, 
que apesar de inacabado, mostra a grande beleza feminina observada e admirada pelo autor.


MULHER 


Mulher é, a flor mais linda que surgiu ao mundo,
A maravilhosa áurea que brotou da mãe natureza.
Escrevo amor, jardim de plenitude, casta de pureza;
Rainha da juventude, o fruto mais cobiçado
Que sobejou e sorriu para amar e ser amado.

Mulher é, uma obra de arte, a mais perfeita
Conceituada completa harmonia e beleza,
Rebento dos céus, ventre de Maria
Abençoada coragem, quão fertilidade!
No seu manto desfila tamanha sensualidade,
Um pranto vermelho que roga a romaria!
É a astuciosa cor que impute a leveza
Robusta de tons, grande arte de sons de pauta,
A mais singela, vaidosa, quiçá, a mais valiosa!

Mulher, de veias ferventes, vasos lácteos e frutíferos
De múltiplas galáxias, é a mais luminosa estrela,
Que vive altas esferas, também ecoa sons mortíferos.
Mar de muitas correntes, ondas mais que agitadas,
Tempestuosas, também muito sedosas.
Embrião que cresce e assim dilata o universo,
Ser natural de todo o vigor, nata da mais bela
Essência que desliza plena pela tela
Em diferentes traços de aguarela.

Ah, deusa do Olimpo, fecundadora das musas
Do cântico presente, passado e futuro,
As nove ninfas dos lagos e rios de azul ouro,
Musas inspiradoras da música, céu de pérolas!
Divindades da poesia, arte e ciência que tanto apraz,
Autêntico saber, viver de grande paz,
A reminiscência, também as almas em apuro!

Ah, Vénus, deusa, mãe da terra, globo magistral,
Musa Citérea do amor e beleza de anatomia divinal,
Quanto erotismo, busto de beleza e amor!
Lirismo desencadeado e difundido num brilho sedutor,
Estalagmite de alta envergadura, esplendor,
Figura de vulto que surge de uma concha sagrada,
Madrepérola, moldura desejada e idolatrada!

Mulher é, princesa, sereia de vasta natureza,
Borboleta do universo, musa de prosa e poesia.
Silhueta airosa que afirmo com toda a certeza
Ser majestosa poetisa em toda a história, mitologia.
Via inconfundível, simbologia de artistas,
Poetas, cineastas e outros tais que amam a nobreza
Das formas vastas que homenageiam a natureza.

Mulher é, fêmea, mãe, montanha, ser divino
De tamanhos encantos, suscetível de manipular,
Porém, alguns a querem adorar
De tão dócil que é e soberbos contornos!
Ah, Mulher, venerada por todos,
Por vezes maltratada pronúncio do mundo que somos!
Que, nunca desmemoriem a sapiência de louvar
Virtudes à mulher! Sejamos unidos
Reconhecendo a condição de género feminino.

© RÓ MAR

domingo, 8 de maio de 2016

O DIA PERFEITO


Art by Jeanine Chetivet


O DIA PERFEITO


Andámos o dia inteiro de mãos dadas
Respirando os olhares de sorrisos largos;
Andámos por calçadas indefinidas
Observando lugares verdes raros;

Andámos… e chegámos ao final do dia
Longe de cansaços e plenos de amar…
Beijámos o pôr do sol em crente olhar
Vivendo o início da noite em braços dados ao dia.

Andámos… e chegámos… percebendo que beijámos,
O universo sem prever destino, os nossos passos,
O nosso crer de assim se ser, o ter de se ver.

Parámos todo o tempo, simplesmente no nosso querer,
E quando o sol beijou a lua fomos um livro aberto
Onde as estrelas iluminam o luar e lê-se o dia perfeito. 

© RÓ MAR

sábado, 7 de maio de 2016

NO SOL DA ALMA




NO SOL DA ALMA


Ah que dia chove a cântaros e não podia
Maio primavera em flor mês de Maria!
Ao fechar as janelas brilham as retinas
No sol da alma que aquece o coração.
Pelo dia frio pairam mistos de paixão
De múltiplas cores que perfumam a estação.
Pudera a primavera tem essência
E o que chove não abala o género das meninas
Que brilham sempre em qualquer estação!

© RÓ MAR

quinta-feira, 5 de maio de 2016

SANTO DIA, PELO VERDE CAMPO FOI




SANTO DIA, PELO VERDE CAMPO FOI


Dia de hoje, que dizem ser a quinta-feira
De ascensão, santo dia, pelo verde campo foi.

Colheu o pão de cada dia em espigas 
De trigo e centeio para haver açorda e migas.

Colheu a luz em raminhos de oliveira,
Para alumiar todos os dias no ano e o pão 
Assim poder molhar no azeite de ascensão.

Colheu o amor na papoila, flor silvestre
De cor vermelha, e vestiu-se de paixão rupestre
Para assim poder semear amores em seu jardim.

Colheu a saúde, que lhe-é para assim viver,
No singelo cheirinho de alecrim.

Colheu a alegria no visco da videira
E o olhar lampeja em bagos de prosperidade.

Colheu a fortuna no ouro olho do malmequer 
Que quis hoje, mal ou bem, apesar de chover,
Que o visitasse no campo, onde há natureza
Que se vê a florir. Ah, quiçá, durante o ano 
Ele lhe possa dar vida de se ver!

Dia de humanidade, que dizem ser a quinta-feira
De ascensão, santo dia, o campo aos céus foi.

Colheu em abundância todas as fragrâncias
Que lhe alimentam a alma e purificam o coração.
Colheu, à `hora´, a alegria, serenidade e riqueza
Precisas para viver em harmonia os dias
E poder espalhar o amor até ao próximo ano.

Dia de hoje, que dizem ser a quinta-feira
De ascensão, santo dia, pelo verde campo foi.

© RÓ MAR

CAMINHO DE VIDA


Imagem - Gold ART


CAMINHO DE VIDA


A vida é lugar de caminho estreito 
Que tem passagem breve e limitada
Ao que de belo há na natureza.
Há que fazer por ser pequena gente
E de grande olhar para de bem viver 
E até sonhar! Penso ser passageiro de sorte,
Não que a observe mais do que os que têm olho!
Sim, porque penso que há que fazer 
A sorte e como! Lançando semente 
Pelo caminho que escolho.
No final percebo que há mais vida
E tudo o que ficou para trás é fruto
Que tenho em mão, quiçá o lugar de sorte!
Lugar de sorte criado à raiz do amor pela vida,
Pelas gentes, sobretudo pelo amor à natureza.
Lugar direto ao céu, quiçá estadia de sorte
No infinito oásis, outro caminho de vida!

© RÓ MAR 

terça-feira, 3 de maio de 2016

SOL DIVINO REI




SOL DIVINO REI


Sol divino rei, que eu sei
Que é a luz do dia e a alma dos poetas,
A principal fonte de energia
Da terra, indispensável à vida.

Sol, fonte de luz do céu durante o dia, 
À noite a alma da lua, que eu sei 
Que é a arte, alva áurea celeste,
A mais bela e expressiva das estrelas.

Sol tem o seu próprio sistema 
Planetário, que eu sei
Que é o Sistema Solar,
Onde é estrela central, uno poema.

Planetas que eu sei, Terra, Marte
Júpiter, Úrano, Saturno
Vénus, Mercúrio, Neptuno
Que giram em torno do Sol.

Pleno é o universo, que eu sei
Que é durante o dia luz e à noite
Semblante misterioso, arco-íris pelo ar,
Leito à lua, infinito substantivo de vida.

Sol divino rei, que eu sei
Que é o dom da natureza, 
O uno olhar de coração e alma
Que ilumina e guia mais que farol.

O máximo fluente do ser,
Também nota de música, que eu sei 
Que é a fonte artística e mui natural
De culturas e o signo relevante é o Sol.

Sol divino rei, que eu sei
Que é real e também utopia,
Alimento do ser e reflexo de beleza,
Três as letras singelas e mais que sábias.

© RÓ MAR

AZUL A COR DECERTO DE AMAR




AZUL A COR DECERTO DE AMAR


Quando a saudade tem a cor do céu
O infinito é tão perto, 
Tão perto do meu coração,
Tão longe das asas do vento!
Rente ao pensamento dança pelo véu
Que tem a cor sentida da paixão:
Azul de um outro mar, 
Azul de um outro céu,
Azul a cor decerto de amar.

Quando a imaginação prende ao azul celeste
O infinito é tão perto,
Tão perto do meu pensamento,
Tão longe do universo real!
Rente às mãos do surreal
Que têm a cor estampada do sonho:
Azul de outro planeta que me olha,
Azul de outro ser que me veste,
Azul a cor decerto que eu componho.

Quando tais tons preenchem a branca folha,
Há uma alma que tem vida anil saudade,
Há um amor de verdade,
Há um sentir que voa pelo ar,
Há um coração que tem sede de infinito,
Há um silêncio que emite felicidade:
Azul de um outro mar, 
Azul de um outro céu,
Azul a cor decerto de amar.

© RÓ MAR

domingo, 1 de maio de 2016

MÃE O POEMA INFINITO




MÃE O POEMA INFINITO


Mãe o poema infinito:
Do teu ser de mulher ao mundo ser;
Do teu crescer ao teu desejo;
Do teu grito ao teu beijo;
Do teu corpo ao teu tão doce regaço;
Do teu olhar ao teu ser tão materno;
Do dia a todos os outros dias;
Da vida a todas as dores e alegrias;
Da noite a todas as outras noites;
Da natureza a todas as outras artes;
Da tua paixão ao teu abraço;
Do teu amar ao teu absoluto sofrer;
Do teu viver ao teu adormecer;
Da mãe terra ao paraíso do céu eterno;
Do teu ser ao sonho de renascer;
Meu Anjo: Mãe o poema infinito.

© RÓ MAR