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AH, QUÃO IRÓNICO O DESTINO
QUE ME TEM A TODA A HORA!
Ah, quanta saudade daquele mar de flores
Que banhava meu olhar todos os dias, eram amores!
Que vejo hoje, daquele sonho tão real, escolhos,
Cansaço desfilando gota-a-gota pelo canto de meus olhos!?
Ah, como pude deixar escapar, entre os dedos, a vida,
Não que quisesse, mas, escorregou, e lá se foi
Toda a alegria que em mim reinava, dói e se dói!
Ter sonhos e concretiza-los é felicidade de mão beijada!
Ver os sonhos realizados e não ter mãos para os segurar
É muito mais que infelicidade, é dor e quanta dor!
Ah, quanta saudade, e, é tudo o que resta do amor!
Ver a vida a escapar entre os dedos sem mais volta a dar,
Ainda que pedindo ao sonho que fique, nunca será tal outrora!
Ah, quão irónico o destino que me tem a toda a hora!
© Ró Mar