NO SILÊNCIO DOS MEUS DIAS HÁ UMA MÍSTICA FLOR
No silêncio dos meus dias há uma mística flor,
Ao acaso, que preenche um vazio que arrasa.
Prendem-se pela alma as paredes brancas da casa
Incompreensível e então respiro o olhar do criador.
Quero, amar e de coração, embora ele não ande
Ao ritmo dos dias de hoje, arrumar pelas ultimas prateleiras
O passado e na primeira o presente. A vontade é grande
Em ver o arrumo e assim viver da melhor das maneiras.
Ah, o presente dos meus dias, nem quero pensar
No que tenho a arrumar e invento o futuro que me guia
Tão esguia quanto fermosa pela janela de uma poesia!
Quero viver o dia sentindo que sou e a amar.
No silêncio dos meus dias há um encontro feliz,
Avivando a alma e empilhando pelo coração outras emoções,
Que extravaza sentimentos fertilizando a raíz
Apodrecida pelo antro de incompreensões.
Ah, o futuro não é para ser pensado,
Nem quero pensar nele, mas imaginá-lo com fervor!
Estarei febril ou o presente ter-me-á dado outro mundo!?
No silêncio dos meus dias há uma mística flor.
© Ró Mar