segunda-feira, 28 de maio de 2018

PARA LÁ DAS JANELAS...


Imagem - Belissime Immagini


 PARA LÁ DAS JANELAS...


Leva-me para lá das estrelas
Ente o céu de um desejo teu,
Num coração de abraço meu
E vive-me para lá das janelas...

Num eterno beijar 
Troca-me os lábios serenos
Pelo teu salgado amar
E assim seremos plenos...

Num turbilhão instantâneo
Ama-me assim, mais que nunca,
Ente o céu e um desígnio momentâneo
Seremos a fonte que se junca.

Leva-me para lá das estrelas
Ente o céu de uma outra utopia,
Escreve-me pela pele a tua poesia
E vive-me para lá das janelas...

© Ró Mar

segunda-feira, 21 de maio de 2018

À FLOR DA PELE - O DIA PRA VIVER


Foto © Ró Mar - Jardim Botânico de Lisboa


À FLOR DA PELE - O DIA PRA VIVER


Numa manhã qualquer 
Há um paradisíaco lugar
Pra espreguiçar e aflorar a alma.
Verdes ramos, olhar de bem-querer
À superfície - o ilhéu de mar e a calma.

Numa manhã qualquer
Há uma mística essência
Pra espelhar e acontecer a vida.
Azul perpétuo, pensar sem ciência
À superfície - o dom natural e a amada.

Numa manhã qualquer 
Há uma afirmação singular
Pra inovar e projetar o ser.
Miraculosa luz, coração a declamar
À flor da pele - o dia pra viver.

© Ró Mar

sábado, 5 de maio de 2018

DE UM OLHAR


Foto: Imagens do mar


DE UM OLHAR


Olhei o mar, beijei o luar.
Assim, vestiu-se-me o peito de ar,
senti p´lo lábio desejo de amar.

Surgiu o abraço p´las colinas.
Assim, banhou-se-me o coração,
senti o céu rente às meninas.

De um olhar p´ra lá do beijo.
Assim, p´la corrente de um mar,
P´ra junto de língua singular.

Quão salgado o meu desejo!
Assim, escrevo parte do dia,
alguns chamam-o de poesia.

Olhei o mar, absorvo a sensação.
Assim, sinto que há verbo amar,
há outro beijo de um olhar!

© Ró Mar

quinta-feira, 3 de maio de 2018

VOCÁBULOS SEM LETRA A


Imagem - Google


Vocábulos sem letra A


No momento que penso o que escrever escrevo sem sentido próprio. Escrever é um exercício óptimo pró cérebro se for livre. Como tudo o que nos rege tem o seu estimulo, exprimindo o sentir ouso compreender o sentido. Escrever é, pois, um premente exercício e monólogo que me quer e eu o quero conhecer melhor! Por isso, escrevo o que escrevo, escrevo simplesmente por escrever, porém, sei que nos sucedemos melhor no projecto de um dizer. Contudo, eu sou isto e isto é o que no meu ver tem que ser porque é genuíno. 
No momento que escrevo sou eu (sem léxico). O que eu escrevo hoje tem um discurso diferente! Que posso eu escrever sem incluir o sentimento!? Princípio dos princípios, vinculo que tenho com o meu querido português!? O verbo que, emerge e quero sempre exprimir, hoje escrevo d´outro modo porque pensei nele em espírito e por isso premeio o céu. Todos os modos têm o seu signo explicito e o que hoje escrevo, sem que pense muito, é dizer que me tem em discurso com o mundo. Hoje, o meu português é diferente, nem sei se é um bom português! Porque, mesmo com muito querer, nem sempre posso escrever o que quero - o "modo" que é muito meu, confidente, querido e que me tem preso pelo universo.
No momento escrevo um conjunto de signos, que nem sei se os pensei, simplesmente escrevo, e provo que posso exprimir o sentimento uno sem o "modo" que me tem no elo de um português pelo universo.
No momento o meu sentimento é muito sentido, é um gesto em movimento que pretende conseguir exprimir todo o sentimento de um eu que me conhece bem e de um mundo que me prende o movimento. Em "modo" de ser e vinculo findo este meu momento e vou indo pelo outro tempo, é possível que busque o céu, um "modo" diferente e sempre idêntico. Em tempos escrevi e presumo que hoje escrevo, por escrever, e que é de longe melhor esquecer o que penso e viver o momento.

© Ró Mar