Vocábulos sem letra A
No momento que penso o que escrever escrevo sem sentido próprio. Escrever é um exercício óptimo pró cérebro se for livre. Como tudo o que nos rege tem o seu estimulo, exprimindo o sentir ouso compreender o sentido. Escrever é, pois, um premente exercício e monólogo que me quer e eu o quero conhecer melhor! Por isso, escrevo o que escrevo, escrevo simplesmente por escrever, porém, sei que nos sucedemos melhor no projecto de um dizer. Contudo, eu sou isto e isto é o que no meu ver tem que ser porque é genuíno.
No momento que escrevo sou eu (sem léxico). O que eu escrevo hoje tem um discurso diferente! Que posso eu escrever sem incluir o sentimento!? Princípio dos princípios, vinculo que tenho com o meu querido português!? O verbo que, emerge e quero sempre exprimir, hoje escrevo d´outro modo porque pensei nele em espírito e por isso premeio o céu. Todos os modos têm o seu signo explicito e o que hoje escrevo, sem que pense muito, é dizer que me tem em discurso com o mundo. Hoje, o meu português é diferente, nem sei se é um bom português! Porque, mesmo com muito querer, nem sempre posso escrever o que quero - o "modo" que é muito meu, confidente, querido e que me tem preso pelo universo.
No momento escrevo um conjunto de signos, que nem sei se os pensei, simplesmente escrevo, e provo que posso exprimir o sentimento uno sem o "modo" que me tem no elo de um português pelo universo.
No momento o meu sentimento é muito sentido, é um gesto em movimento que pretende conseguir exprimir todo o sentimento de um eu que me conhece bem e de um mundo que me prende o movimento. Em "modo" de ser e vinculo findo este meu momento e vou indo pelo outro tempo, é possível que busque o céu, um "modo" diferente e sempre idêntico. Em tempos escrevi e presumo que hoje escrevo, por escrever, e que é de longe melhor esquecer o que penso e viver o momento.
© Ró Mar