"CHUVA DE AMOR"
A ternura dum gesto singular
Serve de agasalho ao inverno,
Define o tempo como outono
Nítido e renova a verve a amar.
A xícara em que leve te inscrevo
Tem paladar, ou algo especial,
Nutrindo o que nos é fundamental
Para sermos pintura de relevo.
A essência, por ora, que predomina
É fina especiaria que poesia
A vida e dá um outro ar ao dia
Cinza pardo de uma lamparina.
A estrutura dum cíclico olhar
Molda o agora à face de flor,
Tem canela à mão pra rodopiar
A letra que sonho: "chuva de amor".
© Ró Mar