Imagem-:Anne Marie Zylberman - Open ArtGroup
A LÁGRIMA ABANDONADA
Era noite e a nuvem a rolar no céu,
A alma a voar pelo infinito arranha-céu…
Trocas de passos, chuviscos abençoam a terra amada
E amanhece no peito da amargurada flor
Que não tinha espaço para tanto amor.
Só lacrimejar… seus olhos o brilho incolor...
Coisa que o tempo não viesse a reparar e a cor
Veio de novo, a felicidade se trajava no raio doirado
Que incidiu nas pestanas dormentes,
Era vento que abraçava a dor.
E o mundo se fez um todo na vida
Plantando luz naquela raiz, a lágrima abandonada.
Cresceram rebentos de girassóis... Um céu molhado
Que recolhe as chuvadas em diamantes
Que vestem a natureza de vero amor.
© RÓ MAR | 2014