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quarta-feira, 23 de setembro de 2020
terça-feira, 22 de setembro de 2020
O TEMPO ESTÁ A MUDAR!
Imagem: Zzig.comunidade
O TEMPO ESTÁ A MUDAR!
O tempo está a mudar!
A estação de outono
Com o vento a acenar
Constrói-nos o trono!
O tempo está a mudar
E que seja pra melhor!
Havemos de vindimar
Pra o reino do amor!
Se setembro traz vento
O outubro tem chuva a dar
E novembro contento,
O tempo está a mudar!
Havemos de ter alegria
Quando o dezembro chegar,
Pois, com toda a poesia
O tempo está a mudar!
© Ró Mar | 2020
O OUTONO ESTÁ NO AR
Imagem: ÉVA$iON
O OUTONO ESTÁ NO AR
O outono está no ar
Com os tons da estação
E em nós vem para ficar
Com poesia de coração!
O outono está no ar
Com os frutos no chão
E devemos os apanhar
Com toda a imaginação!
Das árvores ao léu
Outros verdes a brotar
E das folhas moscatel
O outono está no ar!
Dos dias coloridos
Outros ventos a respirar
E das castanhas aliados,
O outono está no ar!
© Ró Mar | 2020
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
A VELHICE
A VELHICE
(Antonímia)
É cabeluda e calva; é branquíssima e negra;
É alegria, descontentamento e final;
É memória e esquecimento; é acrasia e regra;
É tanto e é minúscula e tão colossal!
É verão e inverno, outono e primavera;
É clareza e nebulosidade; é inocência;
É quente, morna e fria; é real e quimera;
É prosa e silêncio, balada e poesia;
É ternura, paixão e raiva; é fraternal;
É sol e lua, estrela, rezingona e afável;
É terra, mar e céu; momentânea e atemporal;
É o que queremos e o indesejável;
É física e também espiritual;
É a velhice imaginável e inimaginável!
© Ró Mar | 2020
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
"E SE EU PUDESSE VOAR"
Imagem: SAi$ONS
"E SE EU PUDESSE VOAR"
Escrevo aqui e acolá
Anotando o dia a sonhar,
D´alma e coração por lá
"E se eu pudesse voar"
Estaria mais por além,
Ao vento a soprar
Melhor fluido por alguém!
"E se eu pudesse voar"
O céu era pra viver
E o sonho terra | mar,
Reinava a paz pelo ser!
"E se eu pudesse voar"
Era tempo de mudança
E podia concretizar
Algo de minha esperança!
"E se eu pudesse voar"
Não hesitava em viajar
P´lo espaço e ir a Marte!
"E se eu pudesse voar"
A vida era engenho e arte
Pra a atmosfera perfumar
Todo o ser de poesia
"E se eu pudesse voar"
Podia ter tal fantasia!
© Ró Mar | 2020/09/17
Mote de Maria Rosário F. Serrado Freitas:
"E se eu pudesse voar"
terça-feira, 15 de setembro de 2020
NATUREZA BELA E MÁGICA
Imagem: Quiétude
NATUREZA BELA E MÁGICA
(Poesia sem verbos)
Natureza bela e mágica!
O sol, a lua, as estrelas,
Vida fenomenológica,
Coisas mesmo de novelas!
Natureza bela e mágica!
A película de efeitos
Especiais, mitológica
E tão real seus feitos!
Alegorias poéticas,
Sabedoria pedagógica,
As entrelinhas estéticas,
Natureza bela e mágica!
A singeleza ideológica
Perfume mais que ético,
Natureza bela e mágica
À luz doutro dialéctico!
© Ró Mar | 2020/09/15
ESTAÇÃO EMOCIONAL
Imagem: Zzig.comunidade
ESTAÇÃO EMOCIONAL
(Tautograma | E)
Estradas, encruzilhadas...
Era ecológica estritamente
Empenhada em evidenciar
Estratégias evasivas entre este e esses...!
Estigmas estreitando elos e espaçando estradas,
Ervas enfadonhas emergindo escolhos!
Enquanto estávamos embebecidos
Em egocentrismos empreendemos
Estreitamentos e estamos enclausurados!
Estamos entre estórias e escritos
Embutidos em eixo egocêntrico;
Estamos energicamente enlaçados em egoísmos;
Estamos emocionalmente em ebulição!
Emerge estar entre estruturas extensíveis
E escolher espalhar emoções
Embutindo estrelas entre este e esses...!
Entrelaçar estratosfera entre esfera,
Explorar esta estação estival,
Época expressionista em evidência,
Equacionar extremos,
Expandir emoções, escolher espalhar
Excelso entendimento, esboçar
Em esquiço esmerado, equacionando
Estratos e erguendo estátuas,
Enaltecendo exemplares exímios;
Excentricidade exclusiva excluindo extremos,
Estigmas, exotismo e exibicionismo,
Extinguindo estruturas egocêntricas,
Exaltando elos elementares,
Esperançados em executar exemplarmente,
Estimulados e expectáveis,
Estruturas económicas equitativas,
Exponencial equilíbrio entre estratos;
Existir entendimento emocional
Esboçando estádios energicamente
Empenhados em evoluir equitativamente!
É elementar estar e exercitar everter
Esta estação estereotipada e estupidamente
Entendida em época expressionista,
Exaltando e expandindo, erguendo emoções,
Encontrando entre elas equilíbrio emocional
E elasticidade extrema em esculpir estradas,
Ecoando estórias e ensinando este e esses...!
Elaborando elos extraordinários,
Erguendo elites espaciais
Em estradas entulhadas, estonteadas,
Exibindo espírito ecléctico
Em esboço esmiuçado e empenhado
Em erguer este emaranhado, entrelaçando
Esta e essas... estro engenhoso, estimando,
Enquadrando e estimulando ensinamentos
E entretenimento, estagiando....!
Estagnar egoísmos elevados e etários
E equilibrar enternecidamente
Estratos envoltos em escassez,
Enaltecendo estatutos, encaminhando
Em estilo entusiasta e ergonómico,
Encontrando equilíbrio económico
E estatuto estável em estar,
Existir existindo...
Exercitando...
Erguendo ecossistemas
Entre este e esses... e exercendo
Esses ensinamentos, exemplificando
E exteriorizando essa ética;
É elementar essa exposição
Exaustiva entre este e esses...
Experimentalismo, expressionismo,
Existencialismo...!
Estas expressões efusivas
Em equinócio estival,
Entre épocas entoando
Esta estação emocional,
Emergem êxitos.
© Ró Mar | 2020/09/15
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
ÁGUAS AZUIS
ÁGUAS AZUIS
(Tautograma | A)
Anoitece adormecendo atlânticos,
Ao amanhecer a aurora a alumiar
A alma à amante, à amiga, à adorada, à amada;
Ah, alva a aliança à amizade, ao amor!
Acordar amanhã, águas azuis adornando
As árvores alaranjadas, avivando
As açucenas, amparando as aldeias,
As abelhas açucarando angústias,
Alimentando alegre aspiração;
Algures as aparições adentram
As almas, alo aromático, alvor
Almejando as andorinhas avistar,
Abraçando as asas acolhedoras;
Autêntico alabastro a alcançar
Astros, alquimia, adorno artístico,
Adorados antepassados, abençoadas
Águas abastecendo as aldeias
Alheias, amanhã argiloso, astronómico
Ar arvorando as almas arqueadas;
Alegorias às águas azuis avultando
Abraços, alargando atlânticos.
Ah, alvíssaras!
© Ró Mar | 2020
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
CAFÉ
CAFÉ
(Palavras com a Letra A)
Café, especiaria aromática,
Qual antigamente saboreava
Nalguma leitaria balsâmica,
Numa pastelaria; qual comprava
Numa mercearia, na charcutaria,
Nas lojas da especialidade;
Grão, cevada moída, chicória,
Para trazer pra casa a variedade.
Ah, agora, recordando apetece
Aquele galão nalguma caneca
Saloia, tão saloia!, qual aquece
Ao revirar a asa, após a soneca
Arregala a pestana, a magia acontece
Naquele cafeeiro "levado da breca".
© Ró Mar | 2020
CHUVA DE MAR
CHUVA DE MAR
I
Fim de dia à beira-mar
Lendo o universo por instinto
Perco-me no labirinto...
Há pontes e encruzilhadas
Por estas marés salgadas,
Reais, apesar de estar
A pensar como sonhar
Com a bela natureza
Numa singela leveza
Peculiar do lugar;
II
Entretanto, o café esfria
E sem querer o mar vai
Nas ondas do sol, que sai
Pra lá deste horizonte
Em busca da sua fonte,
Onde encontro poesia
Que celebra a fantasia
Que me mantém por aqui,
Pois, eu não sou daqui
Nem minha caligrafia!
III
E a meio do oceano,
Xícara meia-vazia
E o pensar que dizia
Que a maré ia a meio
Caminho, num passeio
Ao longo do ano
Desenho o quotidiano,
Com trezentas e sessenta
E cinco velas, qu´inventa
Outra tecla ao piano;
IV
A melodia afinada
À luz dum simples farol
Traz ao mar arrebol
E o sonho acontece
Na xícara que m´aquece,
Onde cai a madrugada
À beira-mar, na esplanada,
O coração avigora
A alma por mais uma hora,
Chuva de mar que tem vida.
© Ró Mar | 2020
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
LEMBRO O ESVERDEADO LARANJA
LEMBRO O ESVERDEADO
LARANJA E MAIS
O outono é estação linda demais
Para ser vivida à porta fechada!
Lembro o esverdeado laranja e mais
A trepar p´lo alpendre à desgarrada
E também o vento sumarento
Qu´ ousava despentear o meu cabelo,
Sempre despontando outro momento.
Tempo de deambular o olhar singelo
E de prender o salto na calçada!
O dia a cintilar nas franjas do xaile
A esvoaçar, época temperada!
Manhãs de sol e à noite havia baile,
Gente refrescando p´la esplanada,
Que hoje é nevoeiro e nem braille!
© Ró Mar | 2020
terça-feira, 8 de setembro de 2020
"TENHO O CÉU POR COMPANHIA"
"Tenho o céu por companhia"
"Tenho o céu por companhia"
E o mar pra navegar
Ondas de sal e poesia,
Quando penso em sonhar...
Tenho natureza a contemplar
O olhar e a vida é magia
Numa noite ao luar...
"Tenho o céu por companhia."
Quando a lua vem beijar
"Tenho o céu por companhia"
E numa melodia (a)mar
Há no planeta harmonia
Pra um lindo poema dar,
A quem pressinta a alegria
Que há na ostra e desfrutar...
"Tenho o céu por companhia"
Quando oiço o coração
Toda a minh´ alma é poesia
E quanto a asar a emoção
"Tenho o céu por companhia."
Mote de Maria da Encarnação Alexandre:
"Tenho o céu por companhia"
domingo, 6 de setembro de 2020
ROSEIRA BRAVA
ROSEIRA BRAVA
Plantado num mero banco de jardim
Nasceu uma linda flor, roseira brava,
De espertos espinhos, dócil cetim,
Que raiava o dia que chegava;
O sol reflectindo o céu de verde
E nós num terno olhar azul de mar,
Dois botões enraizados de verde
Por entre espinhos, o amor a brotar
E o céu para amar. A vida assim
Tem luz para o sonho respirar
Mais do que estação, flor de festim,
Que o tempo cuidou de recordar.
Um grande amor não se esquece, enfim,
A saudade jardina, há que abraçar.
© Ró Mar | 2020
sábado, 5 de setembro de 2020
XAILE OUTONAL
XAILE OUTONAL
As folhas a descaírem das árvores
É sinal dum outono a chegar,
Época de colher frutos e cores
Olhando o céu que nos quer acenar!
O estio tem os dias contados
Na lenda do luar dum agosto
De laranja-da-baía pelos prados
E nós a vindimar maçãs do rosto!
Num cinza-nevoeiro, que não chove
Nem choverá se nós não cantarmos
De guitarra na mão fado que trove!
E no xaile outonal bailarmos
Ao sabor do vento, que renove
A estação, como é bom sonharmos!
© Ró Mar | 2020
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
A RODA DA ESPERANÇA
A RODA DA ESPERANÇA
Quando o tempo é incerto a estação
É outra, queria eu que fosse primavera!
A vida vai rolando numa ilusão,
Porque ainda há esperança e quimera.
A tendência de florir o inverno
É tão natural quanto esta nota,
Que o movimento não se denota
E de mansinho preenche o caderno.
E levemente sobre o verde prado
A vida vai rolando uma mudança,
Porque ainda há vontade de ser amado.
E a natureza ganha confiança
Reflectida num poema perfumado,
Deslizando a roda da esperança.
© Ró Mar | 2020
terça-feira, 1 de setembro de 2020
FRUTO DOUTRO OUTONO
(POESIA SEM A LETRA A)
FRUTO DOUTRO OUTONO
Quer o tempo ser outro e queremos nós
Outro, menos feroz, que desperte noutro
Sentido, tom doutro timbre, que nos dê voz
E contento por nós p´lo mundo ser outro!
Se setembro for outro tempo seremos nós
Diferentes de sós e idênticos noutro
Viver, fruto doutro outono, pêssego e noz,
Vento menos veloz, o brio num e noutro!
Vento menos veloz, o brio num e noutro!
O nosso rio e os outros, sempre do nosso ser
De querer entender o equinócio num mor
Movimento de cor e de tempo de chover
Miudinho e de se ver, de sentir esse olor
Por nós e bom humor no universo, de colher
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