PARA SALVAR O NATAL!
Estamos tão perto do Natal
e cada vez mais distantes uns dos outros,
é necessário assim ser e é normal,
tão normal que se vem tornando hábito!
Ainda assim, há distâncias que devíamos suprimir,
com boa vontade poderíamos estar perto de todas as áreas,
numa palavra ou gesto amigo, é altura de refletir,
de olhar pelos que estão sós e em condições precárias!
Todos barafustam com a presente situação
e esquecem de que pior é estar numa cama de hospital,
ou em casa com poucos recursos,
isto para não falar dos que nem casa têm!
Esqueceram-se de outras patologias a precisar de cuidados
e de que há quem não tenha posses para recorrer ao particular,
alguns nem têm dinheiro para medicamentos e estão calados!
Esqueceram-se de quem tem fome e pediu auxilio!
Esta pandemia está cada vez mais a reforçar ideais
de distanciamento social, evidenciando classes sociais,
o que na verdade não é necessário para a combater,
basta o distanciamento físico para evitar o contágio!
Agora, mais do que nunca, precisamos uns dos outros!
É altura de refletir e pôr em prática, o que devia de ser feito
desde o inicio do ano, de começar pela base da pirâmide,
prestar assistência aos que dela precisam, evitando o caos!
É Natal, tempo de pensar nos que estão mais desprotegidos,
está a ser difícil para todos viver estes longos meses,
mais para os que se encontram em situação de carência,
os que precisam de cuidados médicos e de alimentos!
É Natal e não vai lá com campanhas de solidariedade,
porque essas não chegam a todos os que mais precisam,
é preciso interiorizar o espirito de Natal e dar de verdade
a todos, aquilo que foi consagrado nos direitos humanos!
Que a quadra natalícia seja um prenúncio de harmonia
entre todos, ainda que este Natal
não possa ser passado conjuntamente (em família),
que seja no mínimo reconfortante (o básico em cada casa)!
Para salvar o Natal, é necessário haver estrela humanitária,
a partir de Belém até á casa do povo de Deus,
para que todos possam ter a luz do Menino Jesus
e para que a paz reine no nosso Portugal!
© Ró Mar | 2020