quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O NOSSO PLANETA


Fotografia de Ró Mar 

O nosso Planeta Terra


O nosso Planeta Terra
Precisa de respirar
O ar límpido da serra
Pra que se possa salvar!

Superlotado, poluído
E "por assim dizer" doente!
Nem tudo o que é construído
O mantém mais sorridente!

Cabe a cada um de nós
Ajudar no necessário
Para combater o atroz
E torná-lo comunitário!

Melhor! Não que tenhamos
De ter ideias idênticas,
Mas sim, que o sejamos
Em atitudes empáticas!

Num elo d' algum civismo,
Que nada ou pouco custa,
Concertar o mecanismo
De uma forma robusta!

O concerto do mundo
Não pode ser utopia,
Nem realidade de segundo,
Tem de ser nossa alegria,

Dependemos desse bem
Para sobrevivermos
E é essa a perspetiva que vem
Ajudar a o encontrarmos!

Fazendo tudo por todos
O ambiente não s' enterra
E assim salvamos dos lobos
O nosso Planeta Terra!

© Ró Mar | 2021/09/29

sábado, 25 de setembro de 2021

"SEMPRE MAIS UMA ESTAÇÃO"


Fotografia de Ró Mar
 

"SEMPRE MAIS UMA ESTAÇÃO"


Os tempos mudam e nós
Também resta a reflexão,
Que tem seus contras e prós,
"Sempre mais uma estação".

Revestidos de ilusão,
Que preenche os nossos dias,
 "Sempre mais uma estação"
Pra vivermos fantasias!

Há algures recordações,
Que nos acenam ou não!?
Limonada há sem limões,
"Sempre mais uma estação"

E ouvem-se as cantilenas
Do que não tem ocasião,
Há terços para as novenas,
"Sempre mais uma estação"!

Ah, podia ser um verão
Soalheiro ou primavera!?
"Sempre mais uma estação",
Algo que há muito se espera.

Dizíamos nós que queríamos
Mais do mesmo ou até não!?
Havia esperança e vivíamos
"Sempre mais uma estação".

E a duvida soa no ar,
Folhas duma coleção
D' outono, pra renovar 
"Sempre mais uma estação".

É certo que há indecisão, 
Pois, sabemos do inverno,
"Sempre mais uma estação",
Pode ser ou não inferno!?

 Vida! Haja saúde e paciência
Pra equilibrar a criação,
Pois, temos por excelência
"Sempre mais uma estação"!
 
Ró Mar | 2021/09/25

Mote de Ró Mar: 
"Sempre mais uma estação"

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

"MEUS POEMAS MEUS AMORES"


Fotografia de Ró Mar 
 

"Meus poemas meus amores"


O baú dos meus valores
Tem um coração gigante:
"Meus poemas meus amores",
Que sem pensar vos encante!

Têm alma de sofredores
 E memória de elefante,
"Meus poemas meus amores",
Quais não quero numa estante!

Por aí, alguns expositores,
Dão-me descontentamento!
"Meus poemas meus amores"
São tesouros dum momento

E minha continuidade!
Não têm virtude de escritores,
Ditos com genuinidade,
"Meus poemas meus amores"

São meus lamentos e dores
E também as alegrias.
"Meus poemas meus amores",
Minhas livres cortesias:

Da mais pura natureza, 
Têm primavera e mui flores
Qu' exprimem a real beleza,
"Meus poemas meus amores".

Ró Mar | 2021/09/24

Mote de Albertino Galvão: 
"Meus poemas meus amores"

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

VENTO MACIO E LIVRE


Fotografia de Ró Mar

VENTO MACIO E LIVRE


O explanar do Sol tem dias contados
E também pra contar certas verdades!
Erguem os ventos por mares e prados,
Que compõem a coleção de festividades!

Dança ritmada por cantigas outonais,
Como que a voar prós braços da primavera
Em andor de soberbos arranjos florais -
Paraíso - a palete d' ocres, que s' espera!

Num passear diferente pela natureza,
Tudo se transforma e de estado em estado...
Nuvem que se perdeu!? Mas, ganhámos riqueza!

Tudo o que surge é bem aproveitado
Na terra, nos rios e em olhar de certeza!
Vento macio e livre que nos é emprestado!

Ró Mar | 22/09/2021

Poesia com as palavras: DIFERENTE, SOL, CANTIGAS, LIVRE,
MACIO, ESPERA, PERDEU e VERDADES.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

POEMA DE ZÉ-NINGUÉM



PROVÉRBIOS:


"Grão a grão, enche a galinha o papo" | 
"De baguinho a baguinho enche a galinha o papinho"

"A pressa é inimiga da perfeição"

"Devagar se vai ao longe"

"O hábito não faz o monge"

"A verdade e o azeite vêm sempre ao de cima"

"Quem espera sempre alcança"

"Saber esperar é uma grande virtude"

"Deitar cedo e cedo erguer..."

"o que não lembra ao Diabo" (expressão idiomática)

"ao fim ao cabo"(expressão idiomática)

*

POEMA DE ZÉ-NINGUÉM


Começo por escrever
Apenas uma palavra,
A primeira qu' ocorrer
E o contexto se lavra...

Não que o tenha pensado,
Mas, gostava de expressar
O quão valioso passado
Num ditado popular.

Modos sempre atuais,
Que perpetuam gerações
Anciãs. Frases racionais,
Que dão resposta a questões.

Quão sábias as lições,
E fáceis de decorar!
São aquelas expressões
Práticas para educar!

Ah, que bom é recordar
O saber dos mais velhos
E poder ainda continuar
A fomentar conselhos!

Palavra puxa palavra
E aos poucos vem o poema,
Que numa virtuosa lavra
Contextualiza o tema.

"De baguinho a baguinho
Enche a galinha o papinho"
E eu enquanto for pintainho
Embico letras no papelinho!

Eis o dilema desvendado
Num pequeno momento!
Não é um grande ditado,
Mas, é um bom argumento!

Lembra o que a avó dizia:
- Menina presta atenção,
"A pressa é inimiga da perfeição"
E assim se fazia poesia!

"Devagar se vai ao longe"
E há que ter esperança!
"O hábito não faz o monge",
Mas, faz o olhar duma criança!

De aparência nem a rima,
Pois, "a verdade e o azeite
Vêm sempre ao de cima"!
Cadê a poesia de enfeite?

"Quem espera sempre alcança"
- Eis o que nos dá alento
Pra prosseguir com confiança
A morosidade de contento!

Também "saber esperar
É uma grande virtude",
Ter paciência de aguardar
Faz-nos crescer a atitude!

Quem lembra velho ditado
"Deitar cedo e cedo erguer..."
Fez tão bom aprendizado
Que muito velho vai morrer!

Lembra o ancião, "ao fim ao cabo",
Os bons conselhos e também
"O que não lembra ao Diabo"-
Poema de Zé-ninguém!

Ró Mar | 2021/09/21

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

EXCELSA FELICIDADE


Fotografia de Ró Mar


EXCELSA FELICIDADE


Para sempre enamorados.
São flores que se regam
Mutuamente, mil agrados
E infinita compreensão;

Cuidados todos os tempos
E circunstâncias, afagos
Cúmplices nos contratempos,
Que reduzem os estragos.

Para sempre entrelaçados.
São flores que excedem ventos
De qualquer frente, abraçados
Ao que move momentos...

Momentos inexplicáveis...
Perante toda a liberdade,
Que ambos têm, sempre espectáveis
De excelsa felicidade.

Eles sabem do seu ninho
E cantam-no sem argola:
"O amor é um passarinho
Que não aceita gaiola".

Ró Mar | 2021/09/16

Provérbio: "O amor é um passarinho
Que não aceita gaiola"

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

DESENHAR!


Fotografia de Ró Mar

 

DESENHAR!


I

Desenhou-se a luz do dia
P'lo passeio dum acaso,
Grelha que subiu o meu raso
Olhar e me prosseguia
Ao limiar do céu, que erguia!
Parou o tempo por ali,
Por instinto orei dali:
-Se ele me amasse tal sou!
O Cristo-Rei me abraçou,
Como se fosse daqui!

II

Ainda assim, o dia clareou
Como que havendo mais vida
E tal paisagem erguida
De mansinho se instalou
Em outro campo que sou!
Onde sempre existe pontes
E um rio por todas as fontes!
Sempre no mesmo lugar,
P'la outra margem a andar,
Vivi outros horizontes!

III

Quanto, nem queria pensar!
Havia a saudade de Lisboa,
Daquela alma de Pessoa
E do que me fez parar.
-Ah, até faz bem arejar!
Corava de céu aberto,
Mundos havia descoberto
E o tempo sobrevoava!
A luz que me orientava
(O Sol) foi e a noite por perto!

IV

-Ah, falha-me alguma vista,
O passeio já sem brilho!
-E, qual será o meu trilho?
-Eis a vez de ser realista,
Mas, sonhar faz o artista!
Como que a reencaminhar
O regresso sem desabar,
Com toda a força e coragem
Para prosseguir a viagem
Que se haverá de desenhar!

Ró Mar | 2021/09/10

domingo, 5 de setembro de 2021

"NUM JARDIM MULHER É FLOR"


Foto de Ró Mar 

"NUM JARDIM MULHER É FLOR"


"Num jardim mulher é flor"
 D' alma nobre e coração
Gentil, que destila amor
P' la natureza, é paixão!

 "Num jardim mulher é flor"
Salpicando o verde de cores
Em pétalas de primor,
Que acariciam outras flores.

Sempre que o olhar sorri
Sai verso imperador,
Ainda que não haja rubi
 "Num jardim mulher é flor."

Quando reinar a beleza
E a singeleza há a compor
Uma outra natureza: 
 "Num jardim mulher é flor"

Ró Mar | 2021/09/05

Mote de João Pereira Belo:
 "Num jardim mulher é flor"

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

"ESTA ONDA DE CALOR!"

 
Foto de Ró Mar

"ESTA ONDA DE CALOR!"


"Esta onda de calor"
É tempo que não perdura
E a vida quer um amor
    Refrescando a criatura! 
 
A nossa praia não é a mesma
E os pés n´ areia de mau humor
Passam dos graus até à resma,
"Esta onda de calor!"

"Esta onda de calor"
Faz transbordar os neurónios
E traz algum dissabor,
Espevitando os demónios!

Quão paixão a naufragar,
Muito antes de dar flor!
Oh não! Vamos acalmar
"Esta onda de calor!"

Ró Mar | 2021/07/23

Mote de Joaquim Sustelo:
"Esta onda de calor!"