O TRONCO
Goivas que se deliciaram gravando
Os nossos rostos em que o tempo era uno;
Que a luz pelo nosso olhar era mundo,
Os nossos poros resina de neptuno.
Fomos talha doirada de um momento
Que é tronco d’uma vida; que lamento
Não ser mais o tão amor daquele dia:
Que a terra era o nosso céu e nós magia.
As nossas peles eram lustre de folhas
Que magnetizavam o verde de campos;
Seiva impregnada na talha que olhas.
Que recorda que vivemos um dia
A mais linda história: os pirilampos
Pelo tronco imprimindo excelsa poesia.
® RÓ MAR