quinta-feira, 29 de outubro de 2015

MULHER


Imagem- Mágora- Artista Plástica


MULHER


Mulher
És a flor
Mais linda que surgiu,
Maravilhosa
Áurea que brotou
Da mãe natureza.
Escrevo-te com amor,
Jardim da plenitude,
Viril, casta de pureza;
Rainha da juventude,
O fruto mais cobiçado
Que sobejou
E sorriu
Para amar e ser amado
Por todos.

Mulher,
Obra de arte
Da mais perfeita,
Conceituada, completa
Harmonia e beleza.
Ventre de Maria,
Rebento dos céus,
Mulher,
Força, coragem,
Fertilidade;
No teu manto
Desfila a sensualidade,
Um pranto
Vermelho que roga a romaria.
És a astuciosa
Cor que impute a leveza
Robusta dos tons.
A grande arte
Dos sons
Da Terra.
A mais vaidosa,
Quiçá, a mais valiosa.

Mulher,
Que nas veias ferventes,
Sangue de vasos lácteos e frutíferos
De múltiplas galáxias e estrelas
Corre nas altas esferas,
Também
Ecoa sons mortíferos.
Mar de muitas correntes,
Ondas agitadas e tempestuosas,
Também
Muito sedosas.
Embrião que cresce e dilata
O universo,
Num som multiplural;
O ser natural,
De todo o vigor, nata
Da mais bela essência
Que desliza na tela
Em diferentes
Traços de aguarela.

Deusa do Olimpo,
Fecundadora das musas
Do cântico presente, passado, futuro;
As nove ninfas dos lagos e rios;
Musas
Inspiradoras da música, cios,
Divindades da poesia, arte e ciência
Que tanto apraz.
Um autêntico saber,
Um viver
De grande paz,
A reminiscência;
Também
Almas em grande apuro.

Vénus, deusa,
Mãe da terra,
Um globo magistral.
Musa
Citérea, do amor e beleza
De anatomia divinal;
Quanto erotismo,
Busto
De beleza
E amor.
Lirismo
Desencadeado
E difundido
Num brilho inigualável,
Estalagmite
De alta envergadura.
Figura
De grande vulto
Que surge da concha sagrada,
Madrepérola, moldura
Desejada
E idolatrada.

Mulher
Sereia, princesa
Da natureza,
Borboleta
Do universo,
Musa da prosa
E verso,
Silhueta airosa;
Que afirmo, com toda a certeza,
Ser a majestosa
Poetisa
Da história, mitologia...
Via inconfundível, simbologia
De poetas,
Artistas, cineastas
E outros que amam as formas vastas
Da natureza.

Mulher,
Ídolo preservado
E enaltecido por todos.
O ser mais amado;
Alegria a rodos,
Para o planeta colorir,
E fazer sorrir.

Mulher,
Fêmea, mãe, montanha,
Presa de grande manha,
De encantos incalculáveis,
Também
Susceptível
De manipular;
Porém,
Alguns a querem adorar,
De tão dócil
Que é, e, seus contornos invejáveis;
Difícil
De suportar
No silêncio.
Venerada
Por todos,
Também
Maltratada,
Pronúncio
Do mundo
Em que vivemos;
Sejamos
Um todo,
Sempre podemos.

© RÓ MAR

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

UMA ARTE MAIOR



© RÓ MAR

O DIÁLOGO AO UNIVERSO EM DIVA CANÇÃO



Imagem - Joli COEUR 



O DIÁLOGO AO UNIVERSO EM DIVA CANÇÃO


Há palavras que não consigo exprimir;
Sentimentos que trago ao pendurão
Neste meu solitário coração
Que ainda vive saudades a devir;

Olhares que me assoleiam pelas manhãs
Entardecem meu ser, que ainda sonha
Ouvir as palavras que habitam vãs
Pela alma, destino que move a montanha!

Há um universo que me quer extinguir;
Saudações que crescem ao pendurão
Neste meu solitário coração;

Olhares que inventam a madrugada a fluir
Resplandecem meu ser, quais ainda são
O diálogo ao universo em diva canção.

© RÓ MAR

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

AMAR É MUITO TEMPO



© RÓ MAR

O SCRIPT COM AMOR


Imagem- Beautiful world. Nature, love, art.


O SCRIPT COM AMOR


Falei com o vento
De todo o meu desalento,
Como se ele me ouvisse,
Que tolice!

Escutei o seu turbulento
Som e esqueci no momento…
O bater acelerado
Do coração meio descompensado.

E, neste ritmo perdi-me
No tempo e embalei-me
Ao seu lado.

Voo um pouco transtornado
Que me levou ao bem-amado;
Palavras de código que decifrei no voar.

De repente encontrei-me do outro lado
Da estrada, percorri quilómetros no andar;
Um rumo um pouco exagerado,
Que despertou um vasto sentido, sem cansar.

Desci à terra e calcei-me de tudo
O que podia…
O mar, a areia, as conchas... mundo
Que me dizia como se vivia.

Mais além, caminhando…
Encontrei uma estrela guia
Que sorriu na tela, desenhando;

Era a verdadeira aguarela,
Que sonhei ver um dia, tudo sorria,
Pelas vidraças da janela;

E, o vento se foi no espaço…
Sobrou os pincéis e tintas
Que no compasso
Dão voltas e voltas.

Estava só, sempre estive só,
Mas agora, jamais serei só,
Falo com os dedos que pintam
Tudo o que veem e no que acreditam.

Sou uma borboleta
Simples, não uma vedeta,
Mas tenho na alma toda a poesia.

E tudo o que vivia…
É hoje um nobre fruto, a mais bela flor;
O script com amor.

© RÓ MAR

sábado, 17 de outubro de 2015

NAS ESCADINHAS DA FELICIDADE



© RÓ MAR

ERAM OS NOSSOS OLHOS E NADA MAIS


Imagem - Bellissime Immagini 


ERAM OS NOSSOS OLHOS E NADA MAIS


Amei-te, amaste-me… amámos-nos simplesmente pelo fértil imaginário dos nossos olhos e nada mais.
Bebeste o meu sal na avidez d’ um rio, percorreste o mar da minha alma, como se ele fosse a única corrente fecunda do oceano. Cruzamos-nos nos salgados e doces olhares e amámos-nos com toda a ondulação da maré alta. Fomos o desejo, o saciar… águas que vibraram ao céu em tonalidades de azuis e verdes, as cores dos nossos pensamentos. Foi um momento único que os olhares castanhos se beijaram ao azul e verde de dois corações apaixonados. Chamaste-me linda, querida, sereia… senti-me a mulher mais bela do oceano! Apenas um momento de intenso ardor que flamejou a chama do amor. Eram os nossos olhos e nada mais, tudo não passou d’ uma ilusão óptica! O que sentimos foi o reflexo do olhar que se deslumbrou pelo sonho, pelo desejo de um amar perfeito, pela avidez do instinto compulsivo. Os nossos olhos castanhos comungaram as ondas do horizonte em aromas agridoces na mais perfeita harmonia. As nossas íris alargaram-se à volúpia do pensamento e o nosso olhar percorreu a beleza e sensualidade do universo. Amei-te, amaste-me…amámos-nos simplesmente pelo fértil imaginário dos nossos olhos e nada mais.

© RÓ MAR

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

NO TEU OLHAR



© RÓ MAR

LUA TÃO FEITICEIRA...DESEJO DE SER TUA


Imagem - Divergent 


LUA TÃO FEITICEIRA...DESEJO DE SER TUA


Pela noite vem a lua tão feiticeira...
Qual espelha no seu brilho as águas de um mar.
É luz da alma que cresce bem faceira
Ao encontro da beleza e inspira (a)mar.

As correntes emergem como laivos
De sabor a sal salpicando o coração
No som uno - marulhar - os doces favos
De mel que se beijam no laço à união.

Noite que no singelo ar brilha a aguarela...
Qual nasceu para volver-te meu tão (a)mar
Nas trovas que fazem larguras pela janela.

Janela de vitral - faces da lua
Nas múltiplas volúpias de pleno ar
Que alastram ao desejo de ser tua.

® RÓ MAR

terça-feira, 13 de outubro de 2015

MINHA QUERIDA, FLORES DE QUÃO LAÇOS!



© RÓ MAR

NAS ESCADINHAS DA FELICIDADE


Imagem - Divergent 



NAS ESCADINHAS DA FELICIDADE


Nas escadinhas da felicidade
Há imensos degraus.
Há o frio, a chuva, o desalento;
Uma longa espera do tempo;
Emblemáticas sensações que envaidecem o vento.

Há o mármore das pedras que do seu cinzelado
Reluz um todo ao mundo;
Que se perpetua em lascas de saudade.

São os séculos de tempo
Uns bons e outros maus
Que levam ao último dos degraus;
Que será o primeiro no momentâneo espaço
Que se cruzou ao singelo abraço. 

© RÓ MAR

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A ÁRVORE DO AMOR



© RÓ MAR

C-R-I-A-N-Ç-A


Imagem- Open Art- Victoria Stoyanova 


C-R-I-A-N-Ç-A


CRIANÇA
Que tens todos os sonhos do mundo
Guardados nesse coraçãozito imaculado;
Que de nadas constróis as brincadeiras de gente crescida,
Arcadas de reminiscência;
Que engoles todas as fúrias, e, na mais pura inocência
Remetes um sorriso de orelha a orelha;
Consagro-te todos os direitos à vida,
Longe a qualquer trapaça, dissabores e sofrimento.
As palavras que sinto e escrevo que sirvam de enaltecimento,
Ou, reconhecimento ao grande ser que és;
Pequenina mas já com uma visão
Tão grande do mundo!
Indefesa, tão tenra, mas com toda a vitalidade
Para abraçar as venturas e desventuras da vida.
Entre o olho esbugalhado e o rosto puro cetim
Descaí a lágrima, o brilho é tão intenso, o som um vozeirão,
Que a sinto cá bem no fundo do coração.
Tão pequenina e já em tão grande lida;
Apenas uma menina, que acredita em contos de fada!
Ah, criança linda
Que salta e pula airosa
Pelo jardim e se cresce entre as mais flores,
Uma graça! Que se escorrega na areia da praia argilosa
E chapinha a água sem parar
Como se o mar fosse seu berço!
Te consagro princesa, natural da mãe natureza,
Rainha do universo.
Olho-te como se o mundo
Estivesse todo aqui, pequenino
Mas de valor incalculável.
Não consinto demais défices ou injúrias,
A tudo tens direito, não pediste para nascer
Apenas pedes para crescer.
Que o teu viver
Seja um pleno constante renascer;
Que a nossa areia e o mar
Deixem construir todos os castelos de ar,
Os quais te são por direito;
Um azul céu e as estrelas com toda a certeza.
Que nada nem ninguém privem de seres
O teu tempo em todo pleno;
Que o sorriso incansável
Seja sempre presente,
Pois, gosto de sentir essas bochechas de felicidade;
Nada de nariz franzino,
Quero-te bem saudável!
Menina ou menino és
E serás a que vou acompanhar
Para todo o sempre;
Serei teu anjo da guarda
Aos céus e à terra! No esvoaçar pelo teu caminho
Solto as letrinhas de tanto carinho
Que cobrem esse cantinho envergonhado
E na palma da minha mão
Cresce o tesoiro mais puro e tão lindo!
Serás sempre verde oiro, hoje e sempre,
Aqui, ou, em qualquer lugar, és
E serás a mais linda entre as histórias,
Uma enorme centelha;
Cobiçada por todos! Não és de ninguém, pomba da natureza;
Sinto orgulho de poder soletrar
C-R-I-A-N-Ç-A.

© RÓ MAR

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

PÁSSARO DO VENTO MEU ANJO DA GUARDA!


Imagem - IN$PiRATiON 


PÁSSARO DO VENTO 

MEU ANJO DA GUARDA!


_ Pássaro do vento, que sobrevoas
O tempo… diz porque é que é outono?
_Quando os jardins estão cheios de folhas
E os meninos não vão lá brincar é outono.

_Pássaro do vento traz-me um sonho
Nas tuas asas de anjo: muitos meninos.
_Escreve teu nome menina que eu ponho
O carrossel para te levar perto dos meninos.

_Pássaro do vento meu nome é Maria.
Escrever… ah, não sei e tu sabes ler!
_ Maria, querida tens nome de santa, que alegria!
Coração em flor que vou ensinar a viver.

_Pássaro do vento…ah…que carrossel!
Parece como nos contos de fadas! Posso ir nele?
_ Sim, querida, é para te levar à escola do saber
Onde há muitos outros pequeninos a aprender.

_Pássaro do vento meu anjo da guarda!
Contigo quero estar mesmo que não seja outono.
_ Maria, menina que acompanharei toda a vida,
Ensinar-te-ei a caminhar em outras estações do ano.

® RÓ MAR

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

É PORQUE ADORO-TE...




© RÓ MAR 

TROCAMOS O MUNDO POR O TODO DE NÓS



Imagem - Golden art 


TROCAMOS O MUNDO POR O TODO DE NÓS


Trocamos o olhar mais que verdadeiro
Como se o mundo começasse ali
Onde éramos feitos de uma só medida;
Depositamos o baú de sonhos em nós
Como se a esperança fosse calculada
Pelo amor em juras de fidelidade;

Trocamos nossa vida pelo momento
Como se o mundo quisesse parar ali
Onde éramos assim tão felizes;
Depositamos confiança em evento
Como se a vida fosse nossa aliada
Pelas mãos em alianças de eternidade;

Trocamos o mundo por o todo de nós
Como se a vida quisesse nascer ali
Onde éramos duas crianças e um mealheiro;
Depositamos o nosso olhar companheiro
Como se o mundo fosse dos felizes
Pelos gestos de olhar de autenticidade.

© RÓ MAR

terça-feira, 6 de outubro de 2015

É PORQUE ADORO-TE…



Imagem- Divergent


É PORQUE ADORO-TE…


Quando digo amo-te
É porque adoro-te…
Tudo o que vejo que és,
Tudo o que sinto que és
E tudo o que ainda não és;

Quando és adoro-te
É porque sou e amo-te…
Tudo o que és e ainda não és,
Não digo nada o que és
E sinto tudo o que és.

© RÓ MAR

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

GOSTAVA DE SER TANTAS... ILUSÕES


Imagem- Bellissime Immagini


Gostava de ser tantas… ilusões


Gostava de ser fada da natureza
Saber pintar as flores de amor,
Encher a tela de alegres cantares,
Saber ser graciosa como os amores.

Gostava de ter a beleza
D’um anjo que nasceu para ser pintor,
Balançar as cores da palete em frescos odores,
Saber exalar o perfume a todos os olhares.

Gostava de ser amada na singeleza
D’um beijo ao universo, ser o inventor
Dos rios e riachos nas almas dos pescadores,
Saber criar a lua e o mar sem luares.

Gostava de ser escritor
Saber escrever letras de amor
Em signos de braille, e, também ser pintor
De corações.

Gostava de ser arquiteto do sonho
E projetar um mundo risonho,
Gostava de ser tantas… ilusões.

®  RÓ MAR

domingo, 4 de outubro de 2015

PROSTRADA NO LANCINO DA EXISTÊNCIA




© RÓ MAR

FLOR DA PAZ


Imagem - Divergent 


FLOR DA PAZ


Está em mãos vida que faz
Escrever com amor as liberdades; 
Às mãos de muitas gentes!
Lê-se pelos dedos: FLOR DA PAZ
Vem povoar nossos corações.

® RÓ MAR

sábado, 3 de outubro de 2015

AMANDO OS SEUS OUTONOS



©  RÓ MAR 

PROSTRADA NO LANCINO DA EXISTÊNCIA



Imagem - Divergent 


PROSTRADA NO LANCINO DA EXISTÊNCIA


Prostrada no lancino da existência
Esperando que haja dia
Contando os seus segredos
Que escapam entre os dedos

Esperando pequenos nadas
Vivendo as mesmíssimas lembranças
Lendo a sina que tem certo destino
De mãos vazias que nem um peregrino

Esperando uma luz em sua alma nova
Que devolva ao seu coração a alegria
E que lhe dê outra vida à prova
Compondo a pele em lágrimas de poesia

Prostrada no lancino da existência
Esperando que haja dia
Contando os seus segredos
Que escapam entre os dedos

® RÓ MAR

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

NÃO À FOME. NÃO À DESIGUALDADE. NÃO À CARIDADEZINHA.



Imagem - Divergent 


NÃO À FOME. NÃO À DESIGUALDADE.
NÃO À CARIDADEZINHA.


A fome é um bichinho 
Que corrói o ser humano
Tanto a nível físico como psicológico;
Tendo em conta que há pobreza
De gente no mundo, falta de caráter !
Quais tratam gentes
Como objetos ou seres distantes
Do seu mundo negando-lhe a vida!
Um pedaço de pão;
O carinho de suas mãos;
Um gesto de amizade;
Um minuto de cumplicidade.
Tratam-os como os coitadinhos
Que para nada servem,
Se lhes dão pão é de farinha de segunda 
E alguma fora de validade;
Que morram é indiferente,
Não têm nada para dar à sociedade!
A fome não é o mal só dos que dela padecem
Mas sim dos que dela têm conhecimento
E olham indiferentes, ou até
Solidários na caridadezinha!
Todos os cidadãos têm por direito
A integridade física e mental
E devem ser respeitados de igual forma.
Para combater a fome não é ter que pedir esmola,
Humilharem-se para sobreviver!
Ela é um mal geral da sociedade
Irradiado em todos os seres
Quer por necessidade, quer por negligência;
Pobres de espirito
Que veem as gentes
Como os famintos de pé descalço
E os enterram até à cova!
Deem-lhes o que não precisam para viver
Mas com grande coração
Para que não sejam os pobres de alma
A fazer a caridadezinha.
Sim porque a fome é apenas a miséria 
Causada pelas gentes 
Que esvaziam o estomago de outras gentes
Até que a morte lhes abra as portas da eternidade;
É o reverso de pobreza de espirito!
Todos os que sentem a fome na pele
São sem dúvida grandes almas;
Dignas d´um pedaço de pão
Oferecido de vontade, não o lixo da cidade,
Ou os dejetos do campo.
Estendam as mãos d’alma e coração
Aos mais desprotegidos;
Não fomentem a caridadezinha!
Todos os seres humanos têm direito à igualdade!
Fomente sim a solidariedade 
Em doses de frutos sãos 
De prosperidade e amizade.
Irradiar a fome é a maior riqueza,
Gentes que nos são uteis à sociedade
Que merecem viver com dignidade.
Que o mundo faça algo pela igualdade,
Que as gentes olhem outras gentes
Como seres iguais e de valor!
A fome é um bichinho que destabiliza
A balança de um mundo que queremos sadio;
Há guerras, misérias desmedidas,
Haja paz e pão nas mesas com fartura!
Cabe a todos o dever de respeitar os direitos
Consagrados ao ser humano,
Quais estão a ser desrespeitados
Sem dó nem piedade e quem 
Lucra com a situação são os famintos de alma,
Os marginalizados de um pedestal exótico 
Que têm os dias contados em sociedades
Que comportam grande percentagem de pobreza. 
Não é com caridadezinha que educam um país, 
Que crescem homens de valor e mãos de trabalho!
Deem-lhes um salário digno de gente,
Deem-lhes a oportunidade de viver com dignidade,
Deem-lhes o que lhes é por direito.
Não obriguem as gentes de necessidades a mendigar
O pão de cada dia para sobreviver.
A fome é um bichinho
Que corrói o mundo
Tanto a nível de taxa populacional,
Como a nível de progresso nacional;
Assim como violência gera violência
E todos queremos um mundo de paz!
NÃO À FOME. NÃO À DESIGUALDADE. 
NÃO À CARIDADEZINHA.

® RÓ MAR

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

AMANDO OS SEUS OUTONOS


Imagem - Divergent


AMANDO OS SEUS OUTONOS


Espreguiçando-se à janela...
Entra o vento de outono
Com cheirinho a canela
A desafiar as teias do sono.

Xícara d’ alma e coração
Que comtempla a estação
Num despertar quase ímpar
Que a natureza tem a dar.

Um sorriso nos lábios…
Amanhecer-se ao vento
Conquistando o momento.

Uma frase afirmativa…
Degustar-se contemplativa
Amando os seus outonos.

® RÓ MAR

JARDIM A ORIENTE


Imagem- Gin Lammert - Tutt'ART@ di Maria Laterza 


Jardim a Oriente


Pelo silêncio das palavras
Correm rios de tinta, plantados
À beira-céu, azuis do mais refinado
Coração que abraça o 'Ser' ao infinito.

São intervalos nas margens do rio
Que acentuam a beleza do 'Ser'
E se plantam de rubros olhos aos lábios
Que bordam a oiro estio.

Bebem-se no pregão ao vento
Pelas almas que declamam amor,
Ou, o suspiro de mágoas, ao sabor
Do que contem o espaço no momento.

São as mudas expressões, contidas silabas,
Que espreitam pela garganta ao mundo
Na esperança de ser voz, ou até na hábil magia,
De serem flores de poesia.

São sorrisos ou lágrimas,
Sempre da cor das almas
Que vivem no 'Ser'
Nas Planícies do 'Jardim a Oriente'.

© RÓ MAR