quinta-feira, 1 de outubro de 2015

JARDIM A ORIENTE


Imagem- Gin Lammert - Tutt'ART@ di Maria Laterza 


Jardim a Oriente


Pelo silêncio das palavras
Correm rios de tinta, plantados
À beira-céu, azuis do mais refinado
Coração que abraça o 'Ser' ao infinito.

São intervalos nas margens do rio
Que acentuam a beleza do 'Ser'
E se plantam de rubros olhos aos lábios
Que bordam a oiro estio.

Bebem-se no pregão ao vento
Pelas almas que declamam amor,
Ou, o suspiro de mágoas, ao sabor
Do que contem o espaço no momento.

São as mudas expressões, contidas silabas,
Que espreitam pela garganta ao mundo
Na esperança de ser voz, ou até na hábil magia,
De serem flores de poesia.

São sorrisos ou lágrimas,
Sempre da cor das almas
Que vivem no 'Ser'
Nas Planícies do 'Jardim a Oriente'.

© RÓ MAR