sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O TEMPO DA FELICIDADE


Imagem - Zzig.comunidade


O TEMPO DA FELICIDADE


Que correria para chegar a tempo ao novo ano!
Todos querem apanhar o comboio da felicidade
por uns poucos tostões e com o mínimo de esforço!
Vão-se atropelando, uns aos outros, sem se aperceberem
que o valor humano tem a maior parcela de felicidade.
São as novas tecnologias e mais umas quantas ciências
encapuçadas duma verdade, que não tem nada de realista,
fundamentada num ideal promissor que supere todas as expetativas.
E, eu aqui falando com os meus botões e pensando acasalar
o espaço num planetário com letras de mui milhões de consciência 
e outras tantas de paciência para tolerar o tempo. 
Tempo que, não tem hora marcada, aconchega o peito num amor 
supremo, tem todo o tempo do mundo.
Que correria para chegar a tempo ao novo ano!
Todos querem apanhar o comboio da felicidade
E eu aqui falando com os meus botões e pensando acasalar
o espaço num planetário com letras de mui milhões de consciência 
e outras tantas de paciência para tolerar o tempo.
Esperando sereno a passagem do ano a um outro que, não conheço
e nem sei se vem por bem! Que, venha a seu tempo e com vontade
de expressar um vento miraculoso, deixe a sensação de arte,
vala a pena correr para apanhar o voo da felicidade!
São os momentos e mais outras quantas saudades
enraizadas duma verdade, que tem teor realista,
fundamentada num presente promissor que supera todas as expetativas.
E, eu aqui falando com os meus botões e contente
nem penso mais num planetário de letras de mui milhões de consciência 
e outras tantas filosofias para tolerar o tempo
porque, sem querer, atingi o tempo da felicidade.
Voo e volto, mais tarde, para contar a minha estadia 
num tempo que não tem hora definida,
nem passagem para um outro ano, tem vida com poesia
que enche o coração dum século de existência humana
porque, sem querer, atingi o tempo da felicidade.

© Ró Mar

domingo, 24 de dezembro de 2017

PARA DAR NATAL AO MEU BEM AMADO


Imagem - £P$iLON


PARA DAR NATAL 

AO MEU BEM AMADO


Um pouco de papel colorido, 
Segredo embrulhado, rebuçado
De sorrisos, mesura dum mundo,
Para dar Natal ao meu bem amado.

Tela pequena, coração lacrado
Em forma polvilhado de paixão,
Que beijo num ditongo d'ascensão,
Para dar Natal ao meu bem amado.

Uma quadra de letras bonitas: 
A-M-O-R para acolher todas as estrelas
Do universo ao nosso principado,
Para dar Natal ao meu bem amado.

Jesus que nasce em nós: o divino
Poema dum ciclo lunar, desenhado
Em quarto crescente dum novo ano,
Para dar Natal ao meu bem amado.

© Ró Mar

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

UNIÃO E PAZ NA TERRA E MUI AMOR




UNIÃO E PAZ NA TERRA 

E MUI AMOR


União e paz na terra e mui amor 
Ao próximo, a causa justa e nobre
Por uma humanidade mais que pobre,
Com toda a dignidade pra repor;

Uma nova esperança pra o mundo,
Que carece de mimos p'lo inverno,
Não tem outro Natal e não vê ano
Novo, tem o tempo todo contado!

Subtraia-se o populismo, riqueza
Dum parecer, o ego duma sociedade 
De fachada à raiz de certa pobreza,
Que revela mais que outra verdade!

O que a gente tem é a natureza,
Que temos de estimar com coração!
Viver é, mui mais que ser/ ter, união 
De fato ao oceano da incerteza!

O tempo mudou, vejo gelo a ficar
P´lo muro dum abismo, se nevar
Fazem ski e senão como brincar
E ser criança quando não há lar!

Vejo o mundo todo colorido 
Com ideais, prometido, sobrando,
A um passo de multiplicar tudo,
Não vejo que fermento dê tudo!

Quiçá eu tenha mais outra visão, 
Tão realista quanto a humanidade
Que me assola os dias, numa idade
Que concerte os males duma nação!

Sonho é o que a gente tem de verdade
E eu sonho minha pátria, com fervor,
P´la natureza que deixa saudade:
União e paz na terra e mui amor. 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

FLOR DE LÓTUS




FLOR DE LÓTUS 


Ah, genuína beleza, a silhueta,
Alma perene duma fonte santa
Qu'embala o sonho p'lo coração,
A eleita, misterioso seu botão!

Olhar-te, minha flor de manhã anil,
Adormecer p'lo teu frescor amante,
  E adivinhar o teu corpo macio
É sonho que todo ser tem p'la mente.

E, eu sonho p'lo mistério ante pétalas,
Duma grã-natureza, quem criou
Tão doces olhos e me acordou,

Q'outro dia cândido assim olhou!
Era a visão dum universo, que me sou,
Que gravou Flor de Lótus p'las memórias.

© Ró Mar

O RENASCER DE JESUS


Imagem Google


O RENASCER DE JESUS


O Natal será para sempre lembrado,
P'la magia da juvenilidade e harmonia,
Enamorado coração que une amado,

Época a mil uma folhas de alegria.
Primavera florescendo ao outono 
Da vida, a criança a nascer, poesia

Que recorda o tempo que traz um ano
Encantado p'lo sonho de novo dia.
P´las alvas açuçenas o libertar,
Um amanhã níveo num acordar
Sereno a fé, a esperança duma luz.

Será estação nova p'la humanidade,
Cantiga de amor, uma eterna saudade,
Que traz ao tempo o renascer de Jesus.

© Ró Mar

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

MINHA ESTRELA GUIA


Imagem - Google 


MINHA ESTRELA GUIA


I

Aquece-me a alma, minha estrela guia,
Pra dar alegria e voz ao coração
Duma humanidade a carecer poesia
E num forte abraço de amor paixão.

Que a tua luz traga a todos no mundo
Um novo espírito, luzente, infinito,
De Natal p'la Terra, mui forte, fecundo,
Numa árvore nova, esperança ao aflito!

Para que seja Natal p'lo universo
Desejo tua presença, num sorriso uno,
Em caricia à gente, a quem dou meu verso

A teu coração, num singelo berço.
Ah, Cristo amado vem ao humano,
Minha estrela guia, une mundo diverso!


II

Aquece-me a alma, ilumina momentos
Qu' embrenhem a verde luz, dum caminhar
P'lo alto mar, à nossa pátria de encantos.
Ah, mastro - navio que desejo içar!

Refletindo por centelha familiar:
Quanta letra tem o navio do povo?
Conto ao vento sílabas a par e par,
Que o destino embarque noutro ano novo!

Ah, poesia que navega a profundeza
Numa alma que tem o coração de (a)mar
Uma humanidade p'la sua natureza!

Ah, singeleza ondeando o Horizonte
Da Poesia, tem certo dom a poetar
A nação, aquece minha alma viajante!


III

Aquece-me a alma, à tua sabedoria
Para dar amor, vida p'lo coração,
Dos que mais precisem duma caricia,
Num gesto amigo, singelo a paixão.

Ah, Jesus Menino, meu berço adorado,
Mártir, salvador, fermenta a nossa vida,
P'lo pão nosso dia a dia mais que fornada,
Para o Natal ser duradouro reinado!

Que a tua luz entre p'lo novo caminhar
E numa labareda de paz e humildade
Para com o próximo que é familiar.

Para que seja Natal p'la humanidade!
Desejo tua presença, num escrito poesia,
Aquece-me a alma, minha estrela guia.

© Ró Mar


https://www.facebook.com/ro.mar.poesia/
 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A QUADRA DE NATAL É ÉPOCA MÁGICA



A QUADRA DE NATAL É ÉPOCA MÁGICA


I

A quadra de Natal é época mágica, 
Onde há luz e cor em toda a humanidade 
As árvores vestem uma imagética 
Que aviva a natureza com luminosidade.

Celebra-se em família, o nascimento, 
Onde há harmonia, amor e felicidade 
Pelo Menino Jesus que nasceu bento 
No mais belo presépio de simplicidade. 

O verde musgo, que inventa a pastagem, 
Onde surge os três réis magos que trazem 
Ao reino mirra, incenso, ouro e alegria. 

À volta do presépio as crianças brincam,
No mais belo cenário, baloiçando o coração
Às baladas da noite tocam sinos de poesia.

II

Às baladas da noite tocam sinos de poesia,
Data que nasceu Cristo, diz na lenda que o Galo 
Foi o primeiro animal a presenteá-lo, 
Gente na Igreja para "Missa do Galo". A magia

Do Pai de Natal, mais velho não desce a chaminé 
Mas quer estar presente em todos os lares, até
Tarde, contemplando o Natal de dia feriado,
Mais que motivo para ter a família ao lado.

Na noite de consoada há peru, rabanadas,
Bolo rei e outros, que deixam as mesas enfeitadas
Para o dia de Natal, quanta fartura!

O Natal é em qualquer lugar até pelas ruas,
Onde reina o frio, há bacalhau sem espinhas
E com todos, broa, tinto e mantas com largura!

III

E com todos, broa, tinto e mantas com largura,
A noite é de alegria que dá esperança ao planeta!
Nasceu o Salvador, pois, que haja nova estrutura
Pró que labuta sol a sol e não vê cheta!

Eis, a hora de contemplar a vida, 
Com toda a animação pela noite fora,
Vivendo o espírito natalício, de mão dada
E de coração aberto como quem namora!

Natal, é união e amor para com o próximo,
Devia ser dividido pelos dias ao máximo
E ser presente ao novo ano com vida e poesia.

Em sintonia, onde há estrelas luzindo a noite
E sol beijando a lua. Triste, menina da noite
Que é tanto quanto as outras e não tem família!

IV

Que é tanto quanto as outras e não tem família,
Teto pouco tem e a comida é o que vem,
De brinquedos nem fala, pensa noutra mobília
Que ilustre o dia! Ainda assim, esperança tem

Que regala o olho e pede ao pé descalço o Pai Natal:
Uns pais bonitos, como os que vê por aí passeando,
E ainda mais, umas gomas, que não caiam mal.
A noite vem e sobe a estrela ao céu e ela olhando

As casas luzidias e de cheirinho,
O azevinho, murmurando: quem têm pais 
Tem tudo! E, adormece o pinheirinho.

É noite de Natal e pela manhã há Natal!
Não há sonhos, mas, há outras coisas mais
Colorindo ruas, alguns agasalhos pró Carnaval!

V

Colorindo ruas, alguns agasalhos pró Carnaval,
O sol já vai alto, há comidas outras
E do bolo rei a fava para dar ar de Natal,
O seu jardim lotado de meninas loiras,

Onde há brincadeira e mui alegria!
É o grandioso dia, onde se juntam meninos
E outros, primos, amigos partilhando sabedoria
Entre si, de um Natal com todos os mimos.

Há solidão estampada pelo jardim,
Que poucos reparam, os que enxergam nada 
Têm para dar, ainda assim, têm o sorriso querubim,

Que sempre estrela os olhos e dá calor
Espalhando o Natal pelo verdadeiro amor,
Coração que é lágrima na hora da despedida.

VI

Coração que é lágrima na hora da despedida
Ao abençoado dia pelo nosso Menino Jesus,
Que ao mundo veio honrar a lei da vida,
Perdoando os pecadores que o levam à cruz.

Eis, uma salvação para a humanidade,
Mensagem natalícia que devia perpetuar
Pelo tempo como lei maior e humilde
Na sua prática para o universo amar.

Somos filhos de Deus, há sempre um irmão,
Abracemos o nosso semelhante,
Não só enquanto Natal, ou hora de oração!

A vida que é passagem, porquê não ser vivida
Por todos e para todos em constante 
Estrela guia premiando natureza abençoada!

VII

Estrela guia premiando natureza abençoada,
A luz lá bem ao cimo do pinheiro,
Porque é Natal em todo o mundo, alvorada
De bolas coloridas espelhadas em dia caseiro.

A quadra natalícia que tem o Dezembro 
Na azáfama de eventos e vislumbre de montras,
Tantas compras e há-de esquecer algum membro
Que vê na árvore o atrapalhado sem fitas!

À ceia não falta o tradicional bacalhau, 
As couves, o peru, as rabanadas, o fruto, 
Da época, mui doçuras e o bolo rei crucial.

À mesa portuguesa pão e vinho de atributo,
Tudo é escolhido a dedo para ser memorável,
Há calor para além do da lareira e mais afável.

VIII

Há calor para além do da lareira e mais afável,
Que aquece o Dezembro e faz dele especial -
O humano - que afirma o laçarote sociável
Num ato carinhoso, solidário, porque é Natal.

Tudo é sentido como Natal, de bom grado,
Vale a pena viver a época com intensidade,
Lembrando sempre que há outro mundo
Que nada tem, porque é felicidade.

O Natal é um tempo, de amor, paz e união
Que se vive de plena harmonia 
Com a consciência e um bom coração.

Há magia, vale a pena estender ao novo ano
O encanto, semeando entrelinhas de poesia,
Que vai chegar a todo o ser humano.

IX

Que vai chegar a todo o ser humano
Porque somos Natal todo ano!
É esse o espírito que devemos criar
Para que o mundo possa sempre amar.

A família reunida, em torno de uma tradição, 
A celebração do nascimento do Salvador,
O centro do universo, que vê amor
Em todos, o que escrevo de alma e coração.

Ah, que meu verso dê todo sentido à secular
Quadra trazendo muita alegria à humanidade 
Hoje e sempre e pela lágrima saudade!

Ah, sonho o mundo, que desejo meu e teu,
Que o Pai de Natal não conseguirá carregar,
Ainda assim, sonho o mundo meu e teu!

X

Ainda assim, sonho o mundo meu e teu,
Tenho esperança, há que reaprender a acreditar
Na longa barba do Pai de Natal, que eu
E tu à chaminé víamos, num enorme dar.

Alegria que havia e há sempre que, se acreditar
Na magia do tempo e no efeito que a gente tem
Quando pensa plural no Natal, viver a dar
Mão pela mão dedilhando o verso do bem.

Neste meu ver celebro o nascimento do Menino,
Presenteando-o com o que há de mais sagrado,
Não lhe dou mirra, incenso ou ouro este ano;

Dou uma porção de amor, a partilhar ao mundo,
Que baste para solidificar laços e firmar a paz,
Todos queremos, eu trago em meu cabaz.

XI

Todos queremos, eu trago em meu cabaz
Para dar a todos de coração: saúde,
Prosperidade, amor, alegria, paz,
Esperança, amizade - felicidade.

Que meu desejo assim se concretize aqui
Para que possamos ainda desfrutar 
A maravilha que é viver! Foi tudo o que pedi,
Pró Natal, pois, desejo muito amar.

Que as crianças cresçam, num mundo são,
Com o direito de serem meninos de ninho,
 A brincar e viver o Natal com sapatinho;

A mão cheia de doçuras e beijinho
Sempre, a vida não é só um dia (vinte cinco), não,
A vida é dias a fio, todos precisam de carinho.

XII

A vida é dias a fio, todos precisam de carinho
Principalmente os que nada resta de uma tragédia; 
A vida às vezes prega as suas partidas, ficar sozinho,
E velho para reerguer o que desfez um dia.

Ah, Cristo alumiai este reino para que haja solução
Para as gentes que andam no mundo sem norte,
Que jamais é Natal, partiu com o coração
De uma vida a trabalho e sem sorte!

Que haja justiça por uma lei que abarque todos
Que todos sejam gente de dever e direito
Para que a balança equilibre os pesos todos.

Que o espírito de Natal entre pelo ano
Novo, e com vontade para ficar ao peito,
Com firmeza para dar um mundo sano.

XIII

Com firmeza para dar um mundo sano
Cantam vozes "Natal" a canção mais linda
Que a história tem e que é mui bem-vinda
No tempo e especialmente este ano,

Ano de seca que pressagia mau tempo.
Cristo traz chuva e nela pouca tempestade,
Para sentir-mos prazer no nosso tempo,
 Água e alimento em boa quantidade.

Os três réis magos, Melchior, Gaspar, Baltasar,
Enviaram mensagem a dizer que vêm a caminho,
À luz da estrela chegarão cedinho

Ao casebre de onde estão José ao lado
De Maria e do berço de palha acolchoado
 Que a vinte cinco vai ter o Menino no lugar.

XIV

 Que a vinte cinco vai ter o Menino no lugar,
Tudo encaminhando pró Natal
Pelo mundo e também em Portugal,
Tudo a compor, pois, Jesus está em todo lugar.

Todos hão-de ter um presente por instinto,
Poema que escrevo em letra serena,
Não porque é Natal, mas, porque o sinto
De alma e coração e em cor morena.

Divino o que tenho à mão, certamente
 Romã, de uma era de toda a semente,
Que vou articulando uma a uma para dar

À quadra natalícia o dom de amar
De alma e coração tal meu sentimento.
Grata sou por ter no caminho tão belo momento.

XV

Grata sou por ter no caminho tão belo momento
Que me navega por mares jamais pensados
E traz outras histórias do acontecimento
Memorável e gente de mundos desejados.

Assim escrevo de vós e para vós a canção 
"Natal", que reinará em todos os lares,
Brindando a um ano novo de ascensão,
Singela flor - estrela dos amores

Iluminando, o meu/ vosso canto, adorando 
O Menino Jesus que, em manjedoura nasceu,
De sina em cruz, viveu para salvar o mundo.

Ah, poderá haver situação mais trágica, 
(Humilhação/ violência) que a que Deus viveu!
A quadra de Natal é época mágica.

© Ró Mar

sábado, 9 de dezembro de 2017

AH, ALVA PRIMAVERA A RENASCER!


Imagem - IN$PiRATiON 


AH, ALVA PRIMAVERA 

A RENASCER!


Ah, se fosse alva estrela, do infinito 
Inspiraria os homens à luz divina!
Fantasias que articulam a pequena
Existência, desejo que assim grito.

Aos céus bramo o mundo que tem aflito
Meu coração e que leva pela minha alma
O ligeiro e frondoso véu que cito
Em verso de fria mão de uma era calma.

Ah, seria uma nova era pelo planeta,
E, eu deleitado num amor eterno,
Findaria meu suspiro pela violeta!

Haveria, malmequer a florescer
Pela asa miraculosa de dia morno.
Ah, alva primavera a renascer!

© Ró Mar

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

QUE VENERO FLOR QUERIDA




FLORBELA ESPANCA

8 de Dezembro de 1894 - 8 de Dezembro de 1930


Singela Homenagem à Querida Poetisa Florbela Espanca 



 QUE VENERO FLOR QUERIDA


Ah, Flor menina, Flor mulher, quão Bela!
A poesia que germina, doces lábios
Em laivos de amor, que adorna a janela
Do universo de magia pelos ventos sábios.

Ah, Bela, Flor eterna de um só amar!
A poesia que enaltece pela alma de olhar 
Gentil, sublime soneto que exalta 
O amor pelo formoso mar aeronauta.

Bordando a tristeza em perene verso,
Dilatando a saudade pelo veludo, 
Desenhando violetas a ouro berço.

Amor eterno que contempla a vida,
Iluminando a escrita, cantando
Harmonia, que venero Flor Querida.

© Ró Mar

2017/12/08

FLOR DA POESIA... AMO-TE


Singela Homenagem à Querida Poetisa Florbela Espanca




Florbela Espanca é considerada como a grande figura feminina da Literatura Portuguesa do século XX. Sendo que, perpetua no tempo pela sua vasta beleza de composição poética, em particular, no que concerne à poesia em sonetos. Em toda a obra expressou a sua grandeza de alma e coração, enaltecendo o amor e dando voz à poesia, transpondo para o mundo a conceção de amor eterno.
Amor esse que lhe é retribuído, em forma de homenagem, no Dia do seu 123º Aniversário de Nascimento e 87º, data em que faleceu.
Comemoremos com toda a vida que a querida poetisa desejaria, o dia de aniversário, 8 de Dezembro de 1894. Para além de ter sido uma grande riqueza na nossa poesia, admiro-a como pessoa nobre que o foi. Escrevo porque, a sinto e a compreendo... Talvez sejam estas as palavras que lhe faltam... Mas, o seu "Sono" é Divino, talvez ainda possa escutá-las. 
O Amor nunca é de mais, quando se ama há que fazer sentir o quanto se ama. Como a Flor Bela há muitas mais outras, de Alma pura, genuínas, Flores de espinhos, de muitos desamores, que a vida negou o direito ao Amor. Tantas são as que nunca ouviram estas duas palavras AMO-TE. Custa assim tanto dizer AMO-TE!
Eu, digo e repito, quantas vezes for necessário para o Mundo acordar para a Vida, AMO-TE... AMO-TE... e porque te Amo digo AMO-TE...


Flor da Poesia... AMO-TE


Flor Bela, minha Amada...
Estás e estarás sempre 
Viva nos nossos corações,
Pois, quem Ama Poesia, 
Ama-te intensamente! Meu Amor,
Nestas minhas palavras 
Singelas, mas, sentidas,
Me despeço... num beijo de Sol e utopia.
Uma carta inacabada, 
Querida... AMO-TE, Meu Amor,
Até Sempre. Meu Amor,
Não te esqueças, Meu Amor,
Logo à noitinha, quando o Sol beijar
A Lua d' estares lá, "Praia de Desejos", Bela...
Dar-te-ei aquele Beijo desejado.
E assim, se aquecerão
As nossas bocas trémulas e gélidas, 
Pelo "Sono" - Eternidade...
Os nossos corações
Serão Vida, pelo Sóror de genuíno Amor.
Ai, meu Amor... será belo e cobiçado,
O Nosso Luar! Amor...
Não te esqueças, mais logo, pela tua noite, 
Qu' estarei novamente do teu lado.
Por agora, deixo-te.... 
Levo no pensamento o nosso Luar,
E, assim recordo-te. À Hora de Sempre
Lá estarei p' ra Te Amar, intensamente, 
Meu Amor... Flor da Poesia.

Um Beijinho do Coração Florbela...
AMO-TE... e porque te Amo digo AMO-TE...

© RÓ MAR

2017/12/08


domingo, 3 de dezembro de 2017

FALA-ME DE AMOR, DIZ-ME QUE O AMOR EXISTE!


Imagem - J'ad' OR


FALA-ME DE AMOR,
DIZ-ME QUE O AMOR EXISTE!


Fala-me de amor, diz-me que o amor existe,
Pois, eu não o vejo! Fala-me de amor
Se é que sabes o que ele é, já o sentiste!
Eu, sinto tanto e nada vejo, vejo dor!

Vejo dor estampada no rosto do mundo,
E, eu que pensei saber tudo sobre o amor
Nada sei! Diz-me que há amor, neste mundo,
Se é que sabes o que ele é, serás tu o autor!

Meu Mestre, autor supremo de meu encanto,
Diz-me que não é utopia, que a vida seja alvorada!
Eu, sinto tanto e nada vejo, vejo verde pranto!

Vejo um mundo invisível, que nem sei se existe,
E, eu que pensei que viveria o amor nesta vida!
Fala-me de amor, diz-me que o amor existe!

© Ró Mar

sábado, 25 de novembro de 2017

CULTURA DE MASSAS!




CULTURA DE MASSAS!


Se a cultura de massas é o modelo ideal de sociedade a crítica da mesma, sob outra forma de cultura, é considerado um aparte, inteletualismo, que não tem relevância para o mecanismo existente, popularizado, do qual faz parte a maioria.

Mas, afinal o que deveria importar numa sociedade que pretende ascender a nível cultural, a quantidade, os modelos estandardizados, a alta produção e os benefícios económicos que advém, ou a qualidade, a originalidade...!? 

Há uma parte da sociedade que, minoria, pensa de forma diferente, dando primazia à qualidade e à criatividade, mas, têm pouco direito de opinião e assim sujeita a viver a imposição do modelo de sociedade idealista, que premia o consumo, evidente atualmente.

Hoje em dia, troca-se tudo com uma frequência descomunal, tanto os bens de primeira necessidade, como outros objetos, assim como também as pessoas, porque passou de moda ou está aparte da tipologia. Qualquer outra cultura é suplantada à cultura de massas, severamente criticada e até marginalizada. 

Pretende-se uma sociedade homogénea, cujo objetivo é vincular as várias classes, apesar de não descurarem o valor hierárquico, a um bem final comum, ou seja, a uniformização de um determinado meio para atingir um dado objetivo. Como podemos verificar, cada vez mais, a sociedade é generalizada, fruto de uma indústria projetada para as massas e de um sistema idealista económico, onde a cultura no seio da sociedade é o monopólio da expressão cultural!

Uma cultura de massas, padroniza, pretende valorizar a produção e consumo, deixando de lado a arte genuína, o cunho pessoal, o parecer e a escolha individual, de cada um. Não que todos não tenham uma opinião concreta e por vezes discordante, mas, é irrelevante e até se torna ridículo opinar sobre a matéria! Existe sempre dentro da cultura de massas uma intrínseca, quase invisível descriminação, calculável de forma subjetiva. O modelo de sociedade que se considera perfeito, na medida em que contribui para uma igualdade de classes e defesa de todos os deveres e direitos humanos!

Tendo em conta o impato e até os benefícios que a industria cultural, nomeadamente, os mídia, teve na implementação e avanço de novas tecnologias e por sua vez na formação de mentes, a qual atingiu um sucesso inquestionável, não me parece que seja a melhor forma de abordar o assunto menosprezando-a, mas sim, respeitando-a e dando-lhe o devido valor. Digamos que tem bastantes aspetos positivos, nomeadamente, a grande divulgação e novas oportunidades, em particular para uma camada social desprivilegiada, com menos poder económico e recursos educacionais.

Então, direi que cultura é muito mais que cultura de massas, e quando me refiro a cultura estou a englobar todas as classes, fachas etárias e etnias. Na minha condição de humilde ser, vou-me formando no quotidiano com todos os que me rodeiam e através de diversos meios, inclusive, os mídia, com um único objetivo o de aprender e de algum modo, contribuir para a sociedade. 

Entendo por cultura tudo o que exprime conhecimento, arte na sua essência, baseado numa determinada etnia, ou contexto, independente no espaço e no tempo, ou seja, que perpétua e em diversos espaços, pela sua historicidade ou criatividade, o que deverá ser fonte aberta ao espírito critico. Considero que deve existir um certo inteletualismo, o que pode ser considerado menos benéfico à sociedade e até reprimido pela mesma. 

Se todos gostássemos do amarelo o que venderia as outras cores? Confesso que adoro amarelo, mas, se tivesse que conviver todos os dias com ele, acabaria por o achar uma cor enfadonha! Pois é isso mesmo, há que mudar, "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", mas, não queiram escravos, dêem margem a opções de escolha! Eu tenho, tal como outro um, uma forma de ver e arquitetar o mundo, que presumo ser diferente, não que seja entendido na área da cultura, mas, tenho opinião própria e não me dou muito bem com os fanatismos!

Cada vez mais, vivemos em sociedades multiculturais, onde há diversas etnias e por sua vez mais raízes culturais, porquê generalizar o que é tão puro e único, o que faz parte de uma educação e cultura, todos deveriam ter o direito a viver consoante a forma própria, natural que os faz realmente seres!? Ah, seria uma mais-valia, pois, para além de aprendermos, ensinarmos e vice-versa, respeitaríamos os diversos géneros culturais, do quotidiano, numa espécie de união e intercâmbio cultural! Não que o não haja, mas, não tão significativo, há uma nítida modelagem ao sistema! E, com o devido respeito, devíamos ter espírito critico, fundamentado, evidentemente, pois, não poderei chamar veículo de cultura a tudo o que exprime opinião contrária porque entende que a seu ver é racional. Há que para além de ser consciente ser formado (educado), assim como também se fazer presente, para evitar a manipulação! 

Concluindo, todos nós somos seres de valores culturais, inquestionável, na medida que não ultrapasse o limite que confere à margem que dá origem à liberdade do outro. Em suma, somos seres de várias culturas, independente de pertencermos ao mesmo território, não devemos generalizar, porque generalizar é tornar banal e banal é algo de abominável que não tem uma pinga de cultura!

Com isto, não quero de forma alguma dar a entender que apoio certos movimentos extremistas, excêntricos, que fazem mais barulho que outra coisa que chamo de falácia, pois, cultura é arte, musica melodiosa e harmoniosa e tem que inevitavelmente contribuir para o bem da sociedade.

Ser diferente numa certa perspetiva, no ponto de vista em que a cultura e a educação estão interligadas, o que digo não aos extremismos, pois, considero formas de exibicionismo e desrespeito pelos valores sócio-culturais, quais não podem, de forma alguma, ser considerados fontes ou veículos de cultura, apelidaria-os de anti-culturais, genes, específicos de uma outra massa.

O que me parece ser relevante e até grandioso, num determinado território é o sentido patriótico, histórico e cultural em simbiose com a criatividade existencial premiando o espírito critico e exaltando os valores de educação, ou seja, privilegiar diferentes culturas! Deixando de ser um modelo estereotipado e passando a uma concepção realista de diversas culturas interligadas e em simultâneo projetáveis, o que certamente conduziria a uma melhor compreensão e aperfeiçoamento dos fenómenos culturais que se vão sucedendo.

© Ró Mar

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

NO AMOR HÁ O PORMENOR QUE FAZ TODA A DIFERENÇA!


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NO AMOR HÁ O PORMENOR...


No amor há o Pormenor que faz toda a diferença!
Sei que estás a pensar na cor dos olhos dele,
Na intensidade do beijo, que te fez pertença,
Nas palavras pronunciadas e, ou, no arrepio de pele!

Tudo é pormenor, que define a vida amorosa,
E é relevante quando se ama mesmo de verdade!
Mas, há mais que presente e outra realidade
Que só com Pormenor se mantém chama graciosa!

Tudo o que desejas ainda viver com ele
Ou, que até já vives e ainda não deste conta,
São pormenores que o dito Pormenor sustenta!

É Ele a base onde se constrói o ninho de mel!
Sei que estás a pensar na cumplicidade, na paixão,
E, ou, outro que melhor o defina e nada é em vão!

No amor há o Pormenor que faz toda a diferença!

© Ró Mar

domingo, 19 de novembro de 2017

O CAULE QUE A DANÇA


Imagem - Amar e ser amado sempre


 O CAULE QUE A DANÇA


Uma forma de estar bem para com a vida
É respirar delicadamente o ar da natureza,
Olhar o céu pleno e sentir a vera beleza
A germinar pelo coração como flor querida.

Uma forma de viver em constante harmonia
Com o universo é criar laços de amizade,
Entre o solstício de inverno e o de verão, poesia
Que os olhos descrevam com espontaneidade.

Uma expressão de sorriso pelo rosto de uma criança,
É um dia de sol em qualquer estação do ano,
Tem o místico e contagiante verso de esperança.

Uma flor enlaçada pelos dedos de uma criança,
É uma amizade que cresce em qualquer ser humano,
Tem o mote em sintonia com o caule que a dança.

© Ró Mar

sábado, 18 de novembro de 2017

ERA OUTRO OUTONO


Imagem - Colors of Life 


ERA OUTRO OUTONO 


Tenho saudades de um outro Outono, 
Trajado de mil e uma folhas coloridas
E um cheirinho aromático a especiarias,
Que rotulava o dia de uma boa safra do ano.

O café suculento pela manhã e o dia
Uma estrela ao vento e muita poesia,
Que fazia de sol quando chovia pela janela,
E eu sentia o terno aroma de canela.

Tenho saudades de um outro outono,
Sentir meu coração quente e um amor presente,
Era em mim uma nova era e me tinha contente.

O abraço aconchegante pela manhã e o dia
Um monumento, que me deslumbrava, e havia
Pelo universo paz e amor, pois, era outro outono.

© Ró Mar

terça-feira, 14 de novembro de 2017

RENOVAR O MODO DE VIDA


Imagem - SAi$ONS 


 RENOVAR O MODO DE VIDA


Agitam-se as vontades através da tempestade 
De um outono tumultuoso de pouco vento,
Pouca chuva, muito seco e sem dó, nem piedade
E esta nossa estação medra a verdade do momento.

Verdade que espanta os pardacentos trigais
De um campo devassado e adorna as pedras,
Empilhadas (em prol de inovadora cidade), em floridos arrais
De muita monta que remonta ao tempo das esperas.

Agitam-se as colinas através da intrusa velocidade
De uma avassaladora locomotora, paranormal,
E o céu bebe o ocre outono e transparece a realidade
Que tem ar de querer gente de bem, simples e normal.

Gente de bem, simples e normal que labute pela vida,
Que o outono tumultuoso levou em seu regaço,
E agora, que o tempo é a favor e há mais espaço,
Não dê outra razão a não ser renovar o modo de vida.

domingo, 12 de novembro de 2017

A LUZ DE TEU OLHAR


Imagem - Art of God and Nature


A LUZ DE TEU OLHAR


A luz de teu olhar, deixa-me perplexa numa mesura infinita, em que me deleito e descanso, num silêncio profundo. À margem das tuas reais pestanas leio a suavidade do dia, e assim surge a emblemática paisagem pela minha alma, repleta de vida.
Vida que espreguiço pelo teu olhar, a madressilva, e levo comigo a melhor das poesias para cantar pelos beirais de outros dias. 

Minha amada, amante, paixão que me seduz e embala pelo solstício de um amor de cor una a todas as eras.

À noite o dia transborda, pela tua quimera, e meu corpo sente a alquimia que abraça o universo e dá espaço para muitos outros versos, onde a humanidade é senhora de coração azul, tal e qual a luz que tu irradias, e a vida é céu aberto, tal as tuas nobres 'meninas'. 

Cantarei, cantarei a tua mocidade aos quatro cantos do mundo e jamais me cansarei! 

Se te perder de vista sei que vou conseguir continuar o caminho, pois, é tão intenso o meu desejo que não há nada que o faça desfalecer a não ser certo dia que apossará minhas pestanas! Esse, é parte natural a que pertenço e ninguém, nem mesmo tu me podes livrar. Mas, sei que parto feliz, pois, tive o privilégio de prosear contigo e isso ninguém me poderá tirar e levarei comigo para a vida plena, onde tu serás parte de meu olhar pelo mar sereno, décadas de uma perene paixão.

© Ró Mar

AS CASTANHAS DE SEU POUCO VINTÉM!




AS CASTANHAS 

DE SEU POUCO VINTÉM!


A cidade animada, num dia frio abastava
A castanha dourada, que revirava 
O olho ao pobre coitado que a avistava,
Havia gente que às quarenta comprava!

A dúzia a dois euros e cinquenta cêntimos,
Uma ninharia para quem tem algibeira que abunda,
O pobre coitado, tinha-a rota pelo uso de vida
E, pediu meia dúzia, tinha os tostões contados!

A vendedeira pede um euro e cinquenta para as levar
E ele diz que só quer meia dúzia e estende a mão 
Com um euro e vinte cinco e ela tira uma do pacotão
E diz-lhe que (um euro e cinquenta) é para o troco facilitar!

O sujeito diz que trazia trocado e agradece de bom grado.
Pois, a vida é mesmo assim, uns têm o que outros não têm!
Ele tinha dignidade e educação e foi-se, carregando o fardo
Alegre, comendo as castanhas de seu pouco vintém!

© Ró Mar

É O TEMPO DE UM SÃO MARTINHO:


Imagem - PAUSE - CAFé


É O TEMPO DE UM SÃO MARTINHO:


É o tempo de um outono vadio:
As ruas escancaradas pela folia,
Azáfama à castanha estaladiça, o assobio
Das folhas peneiradas pelo frenético frio,
O brinde ao vinho novo com poesia,
Pelo cartuxo que envolve, o fruto maciço
E há febras e pão com chouriço!

É o tempo de um São Martinho:
As feiras que aglomeram vilas e aldeias
Pela multidão que segue estas ideias,
O brinde ao vinho novo, trovas ao vizinho,
Improvisadas à lenda "Verão de São Martinho",
Parafraseadas numa outra nomenclatura, 
Para adoçar o beiço da tradição e cultura!

É o tempo de brindar a um certo povo:
As noites têm calor humano novo,
Pelos becos há certos agasalhos e verde caldo
Para cumprir a intenção do Santo amado,
O brinde ao vinho novo é feito de água pé,
Para dar certo cheirinho à chinela do Zé,
E a vida continua para os que têm tudo!

É o tempo de partilhar daqui em frente:
O Santo fez milagre exemplar por um dia
E um ano tem centenas de dias, há nostalgia,
Gente que não tem base de alimento e sente
Que a época da castanha é só por um dia!
O país em desalinho e o povo implora pão
E mais calor humano porque o frio não 
Se supera por si só e há inverno pela frente!

© Ró Mar

sábado, 11 de novembro de 2017

SEMPRE PINTO ESTRELAS ANIMANDO


Imagem - Bellissime Immagini 


SEMPRE PINTO ESTRELAS ANIMANDO


Tomo o meu café num dia de ar tão pardo
E quedo a olhar pela parede que me impuseram,
Sem puder devolver um centímetro ao mundo
De alguém que a projetou porque a encomendaram!

A minha paisagem vai diminuindo dia para dia
E quedo entre paredes de um solstício meu,
Olhando a luz interior que transmite boa energia
Para avançar com a calma de aceitar outro céu.

Assim vivo pelo meu céu, de um azul colorado,
Porque ainda quero acreditar em sonho! 
E, assim vou descrevendo o mundo, risonho,
À ideia que sempre pinto estrelas animando.

© Ró Mar

SER| PAZ | EVO


Imagem - J'ad' OR 


SER| PAZ | EVO


O que se leva desta vida
Pouco ou nada, uma folha caída!
Nada mais preciso que alma,
Apenas uma grande calma.

Nunca nada, nem ninguém
Ficou, sei que vou também!
O que penso ou não penso
Pouco vai mudar meu verso.

Quando acabar escrevo
Uma frase das pequenas,
Três palavras apenas:
SER| PAZ | EVO

© Ró Mar

terça-feira, 7 de novembro de 2017

MAIS UM BEIJO... UM DESEJO


Imagem - Bellissime Immagini


MAIS UM BEIJO... UM DESEJO



Anda de boca em boca que hoje é o dia do beijo!

De boca em boca devia todos os dias haver beijo.

Beijo de boca em boca que seria hoje mais um beijo.

Mais um beijo de boca em boca que seria um desejo.


© Ró Mar 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

QUANDO ACORDAVAS EM MIM


Imagem - Art of God and Nature


 QUANDO ACORDAVAS EM MIM


Ah, queria ter-te aqui bem junto a mim,
Rente ao coração, que é parte de ti!
Sentir aquele abraço, sem mais fim,
Que davas quando eu olhava para ti.

Ah, queria ser o luar em noite de verão,
Beijar o azul do céu e retê-lo em mim!
Sentir aquele aroma de jasmim
Que libertava quando te tocava ao coração.

Ah, queria ser a lua em quarto crescente!
Sentir aquele ondeado de constelações em mim
Que guiava quando vibrava o mais que presente.

Ah, queria ter-te aqui bem junto a mim!
Sentir aquele dia sereno e estuporante
Que pestanejava quando acordavas em mim.

© Ró Mar

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

HÁ LUZ (SÃO MARTINHO) QUE ALUMIA TODOS OS TERRENOS


Foto  ©  Ró Mar


HÁ LUZ (SÃO MARTINHO)
QUE ALUMIA TODOS OS TERRENOS


O tempo arrefeceu, sente-se a frescura
Da natureza enroscada em folhas curvas
De um outono polémico. E, há chuvas
Que caiem do céu salpicando verdura.

O tempo arrefeceu, aos dias que encolhem
A beleza do outono outros se seguem
De um outro verão estimado por todos.
E, há castanhas que saltam aos olhos de todos.

O tempo arrefeceu, sente-se a frescura
Dos dias amanhecer em calva brandura
De um outono preciso e alegre. E, há chuvas
Que caiem pelos lagares fermentando uvas.

O tempo arrefeceu, aos dias mais pequenos
O estatuto de grandes sonhadores
De um tempo a outro verão de mais sabores.
E, há luz (São Martinho) que alumia todos os terrenos.

© Ró Mar

terça-feira, 31 de outubro de 2017

DOÇURA OU TRAVESSURA?


Imagem - ephéméride - seasonal calendar


  DOÇURA OU TRAVESSURA?


Hoje já não se brinca como antigamente!
As pessoas mal humoradas, saturadas de bruxas 
De um ano inteiro! Essas, fantasmas reais, que invadem 
O dia-a-dia e quando é dia de uma brincadeira 
Ninguém leva a peito! Não há maneira
De dar volta a isto! A insegurança, que reina em todos
É demais, não dá estimulo a um dia de brincadeira!
Hoje 'Halloween' bruxas são apenas fantasias e nada mais!

Quando as pessoas deixam de brincar, de sonhar, 
E vivem só a pensar nos medos que as assoleiam,
É um caso sério e de mau feitio que não tem maneira!
Ah, como o mundo poderia ser tão mais colorido
Se não houvesse bruxas a reinar o ano inteiro! 
Mas, vida é isto, o presente, e é ele que temos de viver!
Tenho pena das crianças que não têm nada a ver
E não têm outro tempo de 'doçura ou travessura?'!

Quando as crianças deixam de brincar o mundo
Fica bem mais pequeno, pobre em sorrisos e as bruxas 
Ganham força para exercer mais um ano de diabruras!
Tenho na ideia que o hoje não deve ser o antigamente,
Também, que o hoje não é o hoje e que não é o futuro!
Dizem que os monstros do 'Halloween' as assustam! 
E, eu que penso no que elas sentem, diariamente, 
Convivendo com tantos outros monstros reais demais!

Vamos a animar, hoje é dia das boas bruxas
E, é preciso gargalhar, nem que por um momento! 
Que tal enfeitar abóborinhas e sair à rua para trocar
Abraços e outras doçuras pelo verão que vai acabar!
Do Inverno não nos livramos, mas, não deixemos passar
Em branco o último dia de Outubro! Vamos a festejar!
Não é o Carnaval, é o doce Halloween, outra tradição!
Vejo ó salgado Tejo o apregoar 'Doçura ou travessura?!

© Ró Mar