quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

F E L I Z D O I S M I L E V I N T E E UM

 


F E L I Z  D O I S  M I L  E  V I N T E  E  UM

 
F inalmente, estamos em vésperas de um Novo Ano
E sperançados de que 2021 será melhor para todos!
evamos a experiência enriquecedora causada pelo dano
I nimaginável, que nos deu o necessário para olhar a vida com outros modos,
Z elaremos pelo bem-estar comum valorizando cada momento quotidiano!

D ia um de janeiro começa um Novo Ano
O nde a esperança tem luz verdejante,
I luminando os dias invernosos em roupagem de outono,
S ussurrando uma mudança gigante!

M ais um ano pela frente para sonhar,
I maginando como o universo pode vir a ser,
L ibertando energia positiva pelo Planeta (nosso lar)!

E ra de renovação e também de reaprender a viver!

V iver tem agora outro significado e bem mais importante!
I ncrementado novo ciclo onde a universalidade
N ecessariamente é factor determinante,
T endo em vista o sucesso de objectivos comuns, a sanidade 
E o desenvolvimento global, cabe-nos contribuir para a saída brilhante!

E ra de renovação e também de solidariedade!

U nindo ideais e esforços, em simultâneo navegaremos de coração,
M ovendo terra e céus em busca da estrela da salvação!

© Ró Mar | 2020 / 2021

sábado, 26 de dezembro de 2020

QUE HAJA BOM NOVO ANO!




QUE HAJA BOM NOVO ANO

(DOIS MIL E VINTE E UM)!


Enfim, Dois mil e vinte
Está a acabar e nenhum 
Dia se quer pró seguinte
(Dois mil e vinte e um)!

Neste ano tão atípico
(Dois mil e vinte) não houve 
Páscoa e até o típico
Natal se cortou à couve!

Que haja coragem pra amar
Esta passagem de ano
Diferente! É de celebrar, 
Ante as onze cai o pano!

Então, cerram as janelas 
E do frio que tão se sente
Voltam-se a acender as velas
Orando pelo presente!

Embora virtual, os Reis 
Dão alento a esta vida,
Pão e bolo que devireis
Em Janeiras de despedida!

Que haja fé pra renascer,
Ainda que não vivamos
O Carnaval, há que crer
Na Páscoa que sonhámos!

E abril é pra festejar,
A primavera há de vir
E em maio vamos cantar
P´las ruas vida a florir!

O ano é para viver 
Os dias com alegria 
E em cada reconhecer 
O Natal em família!

Que haja saúde pra avançar
E liberdade pra ser,
Pois, vontade de deambular 
Temos em nós a crescer! 

Paz e cooperativismo
É o que mais precisamos
E com todo o civismo
A bonança alcançamos!

Que haja Bom Novo Ano 
(Dois mil e vinte e um)
Com espirito humano,
Saudando o universo comum!

© Ró Mar | 2020 / 2021

sábado, 12 de dezembro de 2020

"TANTOS VERSOS ME ESCREVESTE"




"TANTOS VERSOS ME ESCREVESTE"


"Tantos versos me escreveste,"
Que alguns nem li, jura a jura
Falseavam amor neste
Coração de sã leitura!

"Tantos versos me escreveste"
Por amor à criatura
E tão bem que os concebeste!
Porquê tamanha lonjura?

"Tantos versos me escreveste,"
Estrofes apaixonadas
E tão bem rimar soubeste
As entrelinhas de nadas!

Rios de tinta infundados
Por tanto que prometeste,
No dia dos namorados
"Tantos versos me escreveste!"

© Ró Mar | 2020

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A BELEZA DO NATAL…




A BELEZA DO NATAL… 


PARA FAZER NATAL!?


A Beleza do natal está no carinho e dedicação elaborada
Ao longo do ano, para que haja uma época mais colorida.
A tradição é o pai de natal de longas barbas brancas,
Vestido de vermelho, botas altas e grande saco às costas, 
Descer pelas chaminés, carregado de lindos sonhos.
Sabe-se lá o trabalho e empenho que houve para fazer natal!?

Hoje não se sabe dar o valor a nada 
Também já não há quem fabrique sonhos!
Gasta-se dinheiro, que não há, em cousas que não prestam para nada,
Quando o verdadeiro sentido do natal está na simplicidade, 
No amor ao próximo e na criatividade.
Sabe-se lá o sentimento e encanto que houve para fazer natal!?

A beleza do natal está por todo lado e em todos que têm claridade
Ao longo do ano, artesãos da terra, para que haja árvore de natal 
Verde e bem iluminada em qualquer canto do mundo.
A tradição já não é o que era! Vê-se as ruas e as montras iluminadas,
A fazer de conta que há natal e as crianças desanimadas;
Algumas nem um sonho de abóbora têm para provar em noite de natal.
Sabe-se lá a hipocrisia e a miséria que há para fazer natal!?

Hoje não se sabe dar o valor a nada 
Também já não há quem fabrique sonhos!
Gastam-se sentimentos, que não há, em cousas que não levam a nada
Quando o verdadeiro sentido do natal está na luz…
A reminiscência, o caminho do pensamento que ao bem conduz.
Sabe-se lá o que cultivaram os nossos antepassados para fazer natal!?

© RÓ MAR | 2015

sábado, 5 de dezembro de 2020

O NATAL É SÓ O MÊS DE DEZEMBRO




O NATAL É SÓ O MÊS DE DEZEMBRO


Dezembro chegou e a azáfama do natal
Percorre as ruas e carrega o lindo pinheiro ou abeto,
Para dar um novo respirar aos lares…
Verdinho, com bolas de todos os feitios, fitas de muitas cores
E também nódulos de algodão, brancos demais,
Enche o coração das casas e os olhos das crianças.
E, claro está, o presépio, o berço de palhinhas assente
Em musgo para receber o menino
Jesus que nasce em Belém…
Ao lado de virgem Maria e de José.
Lá no cimo da árvore a estrela a brilhar
Para Belchior, Baltasar e Gaspar, os três reis magos,
Que carregam ouro, incenso e mirra para adorar o menino.
As crianças têm um sorriso frenético e curiosidade demais.
É a quadra mais mística e aliciante do ano.
Há prendinhas embrulhadas em papéis coloridos
Para dar alegria ao presépio (simbolicamente),
Para ofertar ao menino Jesus que, nasce em Belém,
Vai a casa de todos os meninos.
Vem no ventre da virgem Maria em véspera de natal
Para dar luz à ceia de natal
E alumiar os corações de todos.
Há missa do galo e ao sino das doze badaladas
Ouve-se a boa-nova: Jesus nasceu, o salvador!
Lá vêm as renas, é o trenó do pai de natal!
Já se vê o fuzuê que vai à volta da chaminé...
São os meninos que vão ver o sapatinho.
Já nasceu o menino Jesus, a alegria perpétua a noite, é natal.
Desembrulham-se as prendas e trocam-se abraços e carinho.
A algazarra instala-se no seio da família, o vozeirão das crianças,
Que não têm pressa de dormir querem mais é brincar.
E o natal fica até mais tarde, vai enfeitando o resto do mês
Com muita brincadeira e guloseimas, em especial o bolo-rei que é dos três
Reis magos e vai de novo às mesas com fava e presente
Para festejar o dia de reis, que deixa saudades em todos os lares.
Chega a hora de arrumar a casa e lá se vai o pinheiro e as bolas de natal
Arrumam-se para o ano que vem.
Há tristeza nos olhares das crianças…
As casas já não são as mesmas,
A família não é a mesma, os amigos não são os mesmos,
Tudo é diferente, os brinquedos são os mesmos
E a rotina volta ao dia a dia por mais um ano.
O verde fica estampado no olhar das crianças…
Um novo ano em que é preciso que se portem muito bem
Para ter novos brinquedos no ano que vem.
Os corações ficam mais pequeninos e o inverno vem pela frente,
Sente-se o frio em muitos lares, onde o amor não reina simplesmente;
Há outros que os aquecem o ano todo em trocas de coração aberto,
Mas, por norma o natal é só o mês de dezembro 
E o nascimento do menino Jesus (o salvador)
É só a vinte cinco de dezembro.

© RÓ MAR | 2015

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

"FOI EM PLENA LUZ DO DIA"




"FOI EM PLENA LUZ DO DIA"


“Foi em plena luz do dia”
Que abracei a cidade
Onde nasci e por pouco
Resfriava de saudade!

“Foi em plena luz do dia”
Que vi o horrendo flagelo 
Atípico, que atrofia
Tal como um cubo de gelo!

Ah, estava tão vazia
E tão cheia de beleza!
“Foi em plena luz do dia”
Que descobri singeleza!

Naquela pura paisagem
Minh' alma gémea sorria,
Embora só e de passagem
“Foi em plena luz do dia!”

© Ró Mar | 2020

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

NATAL DE CORAÇÃO




NATAL DE CORAÇÃO


Natal é o cheirinho do pinheiro
E o sorriso intermitente das luzes,
Que fazem da estrela guia carreiro
De sentimentos por todos os meses

E num clima sereno cai a noite
Onde a estrela dos céus agiganta,
Abraço de gratidão pela meia-noite,
Nasce o Menino Jesus e o galo canta.

Este Natal não haverá a tradicional missa,
Nem grande ceia e os presentes solidão,
Mas, haverá de certeza certa preguiça

De deitar cedo, quem tem grande coração
Deleita-se no presépio e reza, submissa,
Por todos pedindo a salvação.

© Ró Mar | 2020

sábado, 28 de novembro de 2020

NOTA-SE QUE É NATAL!

  


NOTA-SE QUE É NATAL!


Nota-se que é natal no esplendor das luzes
Espalhadas pelo vazio da cidade
E denota-se a mártir sina das cruzes, 
Estampada no rosto da gente de idade.

Gente de bem porque semeia a cada dia
O seu pequenino natal acolhendo 
 O Jesus no seu coração com alegria
E com todo o amor o vai oferecendo;

Com toda a fé e esperança numa salvação
Geral, humildemente, vai distribuindo
No dia-a-dia um pedaço de seu pão.

Nota-se que é natal porque vai sortindo
Paixão nos corações pelo olhar ancião
E o reino dos céus floresce luzindo.

© Ró Mar | 2020

domingo, 22 de novembro de 2020

"CADA DIA É UMA SURPRESA"


Imagem: $iLENCE


"CADA DIA É UMA SURPRESA"


"Cada dia é uma surpresa,"
que temos que agradecer
e fazer dela riqueza
para a alegria colher.

"Cada dia é uma surpresa,"
que a todos põe à prova
e a nossa grande proeza
é a de superar a nova.

Há que aprender a lidar
melhor com a incerteza,
não se sabe o que esperar
"Cada dia é uma surpresa."

Temos que saber viver
com uma certa destreza
o presente e adolescer,
"Cada dia é uma surpresa."

© Ró Mar | 2020

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A ÁRVORE DE NATAL




A ÁRVORE DE NATAL


A árvore de natal tem efeitos especiais
Na quadra natalícia, para além de bolas coloridas,
Tem uma estrelinha de poderes celestiais
E sobre o musgo o presépio de figuras queridas.

É onde acontece a magia de natal,
Que traz a alegria a todos, o menino Jesus
E também a chegada do pai de natal,
O centro de atenções dos pequeninos.

As luzinhas piscam-piscam e os sinos tocam
As doze badaladas, a cirandinha ao pinheiro
Para adorar o menino com devoção

E o cheirinho característico do ambiente caseiro,
Onde reina a harmonia duma tradição,
Que tem por base o sentido de natal verdadeiro.

© Ró Mar | 2020

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

SONHAR COM O NATAL




SONHAR COM O NATAL


Adormecer a ouvir
"Jingle Bells" é sonhar
Com o Natal e sorrir
Para o mundo a cantar!

É uma Noite diferente,
Cada um, na sua almofada,
Com fé, esperança e contente,
Olvida-se a malfadada!

Numa viajem divertida
E mágica p'la Cidade Natal,
O presente ganha vida
Serena e fraternal!

E breve é dia de Sol
Porque nasceu o Menino,
Nas palhinhas ao arrebol,
Ouve-se tocar o sino!

"Let me hear you say
Ho Ho Ho

Merry Christmas"

© Ró Mar | 2020

*

"JINGLE BELLS" | Canções de Natal


Ho Ho Ho

Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh

Ladies and gentlement
I give you the jingle bass

Merry Christmas

Dashing through the snow
In a one horse open sleigh
O'er the fields we go
Laughing all the way

Bells on bob tails ring
Making spirits bright
What fun it is to laugh and sing
A sleighing song tonight

Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh

Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh

Let me hear you say
Ho Ho Ho

Dashing through the snow
In a one horse open sleigh
O'er the fields we go
Laughing all the way

Bells on bob tails ring
Making spirits bright
What fun it is to laugh and sing
A sleighing song tonight

Everybody's singing

Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh

Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh

Let me hear you say
Ho Ho Ho

Merry Christmas

PARA SALVAR O NATAL!




PARA SALVAR O NATAL!


Estamos tão perto do Natal
e cada vez mais distantes uns dos outros,
é necessário assim ser e é normal,
tão normal que se vem tornando hábito!

Ainda assim, há distâncias que devíamos suprimir,
com boa vontade poderíamos estar perto de todas as áreas,
numa palavra ou gesto amigo, é altura de refletir,
de olhar pelos que estão sós e em condições precárias!

Todos barafustam com a presente situação
e esquecem de que pior é estar numa cama de hospital,
ou em casa com poucos recursos,
isto para não falar dos que nem casa têm!

Esqueceram-se de outras patologias a precisar de cuidados
e de que há quem não tenha posses para recorrer ao particular,
alguns nem têm dinheiro para medicamentos e estão calados!
Esqueceram-se de quem tem fome e pediu auxilio!

Esta pandemia está cada vez mais a reforçar ideais
de distanciamento social, evidenciando classes sociais,
o que na verdade não é necessário para a combater,
basta o distanciamento físico para evitar o contágio!

Agora, mais do que nunca, precisamos uns dos outros!
É altura de refletir e pôr em prática, o que devia de ser feito
desde o inicio do ano, de começar pela base da pirâmide,
prestar assistência aos que dela precisam, evitando o caos!

É Natal, tempo de pensar nos que estão mais desprotegidos,
está a ser difícil para todos viver estes longos meses,
mais para os que se encontram em situação de carência,
os que precisam de cuidados médicos e de alimentos!

É Natal e não vai lá com campanhas de solidariedade,
porque essas não chegam a todos os que mais precisam,
é preciso interiorizar o espirito de Natal e dar de verdade
a todos, aquilo que foi consagrado nos direitos humanos!

Que a quadra natalícia seja um prenúncio de harmonia
entre todos, ainda que este Natal
não possa ser passado conjuntamente (em família),
que seja no mínimo reconfortante (o básico em cada casa)!

Para salvar o Natal, é necessário haver estrela humanitária,
a partir de Belém até á casa do povo de Deus,
para que todos possam ter a luz do Menino Jesus
e para que a paz reine no nosso Portugal!

© Ró Mar | 2020

domingo, 15 de novembro de 2020

"A VIDA NÃO DÁ PRESENTE"


Imagem: MéLANCoLiA


"A VIDA NÃO DÁ PRESENTE"


“A vida não dá presente”
Digno de ser vivido,
Toda a gente descontente
Com o `desconhecido´!

“A vida não dá presente,”
Temos que nos agarrar 
Ao passado piamente
E a esperança alcançar!

Se nós cruzarmos os braços
“A vida não dá presente”
E precisamos de abraços
Pra sermos gente contente!

Se perdermos o tino
“A vida não dá presente,”
Nem dá melhor destino,
Que aquele que se pressente!

Havemos de reaprender
A caminhar para a frente,
Cabe a todos perceber:
“A vida não dá presente!”

© Ró Mar | 2020

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

"QUANDO O MENINO CHEGAR"




"QUANDO O MENINO CHEGAR"


"Quando o Menino chegar"
Haverá braços abertos
E luz em qualquer lar
Pra espalhar afectos!

"Quando o Menino chegar"
Renascerá a esperança,
Que a todos pode salvar
Se houver perseverança!

"Quando o Menino chegar"
Haverá certa mudança
No olhar de toda a criança
E todos vão alegrar!

"Quando o Menino chegar"
Chegará também a paz
E é Natal pra celebrar,
O melhor que há no cabaz!

© Ró Mar | 2020

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

C A S T A N H E I R O




C A S T A N H E I R O


      C astanha, a sementinha do ouriço,

      A limento poderosíssimo e roliço;

      S aborosa e nutritiva, fruto do castanheiro,

      T radição de São Martinho milagreiro.

      A chegada de novembro é denotada

      N as ruas pelo cheirinho delas...

      H á-as assadas à dúzia (empacotada)

      E "quentes e boas" - apregoam elas!

      I ndispensáveis na gastronomia

      R egional portuguesa e no dia

      O nze há magusto, vinho e alegria!

© Ró Mar | 2020

sábado, 7 de novembro de 2020

O TRADICIONAL CALDO VERDE




O TRADICIONAL 

CALDO VERDE


São Martinho à mesa portuguesa
Tem outro paladar, não pode faltar
O chouriço e a couve portuguesa
Para o tradicional caldo verde!

Ainda que haja bastante pobreza,
Há sempre broa e vinho na mesa,
Febras e castanhas pela brasa,
A loiça de barro é prata da casa!

© Ró Mar | 2020

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

CASTANHAS COZIDAS OU ASSADAS?




CASTANHAS COZIDAS 

OU ASSADAS?


Novembro a alinhavar
Uma estadia prolongada,
São Martinho perdeu o lugar
Ao sol e vem aí chuvada!

O tempo apela ao bom senso
E por via de não constipar
A tradição fica em suspenso,
Mas, castanhas não vão faltar!

Aqui ou em qualquer lugar
O fruto sazonal tende a engordar
E este ano não é excepção,
Embora não haja emoção!

Castanhas cozidas ou assadas?
Quentes incham a barriga,
Há quem goste delas piladas,
Todas vão bem com jeropiga!

São Martinho emilagrado!
Há velas por toda a casa
E à hora de rezar é o fado
Que faz as honras da casa!

© Ró Mar | 2020

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

HALLOWEEN




HALLOWEEN 


Na vassourinha ia a bruxinha 
marota, de casa em casa, 
assustar toda a vizinha
e o caldeirão em brasa
engendrava a poção mágica, 
numa dose de alegria
que suprimia a trágica
rotina do dia-a-dia.
Era noite de fantasmar,
brincar, encher a barriga
de doces para acalmar
e de estar com gente amiga.
Tempo certo de viver
e deixar fluir o sonho,
num gesto de agradecer!
Abóboras de olhar risonho
rebolavam pelo chão,
num passo mágico 
e voavam até ao coração!
Encenando o sarcástico
surtiam desabafos,
que mais pareciam
serpentinas de abafos,
todos abraçavam e riam!
Via-se que riam de boa fé
e as travessuras reuniam
amizades em maré
de Halloween, curtiam
a vida! Doce capilé
e pitada de imaginação,
em toda a casa reinava
a boa disposição!
Ninguém imaginava
vir a romper a tradição
do Halloween, que animava,
pela porção de solidão
que a todos escava!

© Ró Mar | 2020

terça-feira, 22 de setembro de 2020

O TEMPO ESTÁ A MUDAR!


Imagem: Zzig.comunidade


O TEMPO ESTÁ A MUDAR! 


O tempo está a mudar! 
A estação de outono 
Com o vento a acenar 
Constrói-nos o trono!

O tempo está a mudar
E que seja pra melhor!
Havemos de vindimar
Pra o reino do amor!

Se setembro traz vento
O outubro tem chuva a dar
E novembro contento,
O tempo está a mudar!

Havemos de ter alegria
Quando o dezembro chegar,
Pois, com toda a poesia
O tempo está a mudar!

© Ró Mar | 2020

O OUTONO ESTÁ NO AR


Imagem: ÉVA$iON


O OUTONO ESTÁ NO AR


O outono está no ar 
Com os tons da estação
E em nós vem para ficar
Com poesia de coração!

O outono está no ar 
Com os frutos no chão
E devemos os apanhar
Com toda a imaginação!

Das árvores ao léu
Outros verdes a brotar
E das folhas moscatel
O outono está no ar!

Dos dias coloridos
Outros ventos a respirar
E das castanhas aliados,
O outono está no ar!

© Ró Mar | 2020

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

A VELHICE



A VELHICE


(Antonímia)


É cabeluda e calva; é branquíssima e negra;
É alegria, descontentamento e final;
É memória e esquecimento; é acrasia e regra;
É tanto e é minúscula e tão colossal!

É verão e inverno, outono e primavera;
É clareza e nebulosidade; é inocência;
É quente, morna e fria; é real e quimera;
É prosa e silêncio, balada e poesia;

É ternura, paixão e raiva; é fraternal;
É sol e lua, estrela, rezingona e afável;
É terra, mar e céu; momentânea e atemporal;

É o que queremos e o indesejável;
É física e também espiritual;
É a velhice imaginável e inimaginável!

© Ró Mar | 2020

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

"E SE EU PUDESSE VOAR"


Imagem: SAi$ONS


"E SE EU PUDESSE VOAR"


Escrevo aqui e acolá
Anotando o dia a sonhar,
D´alma e coração por lá 
"E se eu pudesse voar"

Estaria mais por além,
Ao vento a soprar
Melhor fluido por alguém!
"E se eu pudesse voar"

O céu era pra viver
E o sonho terra | mar,
Reinava a paz pelo ser!
"E se eu pudesse voar"

Era tempo de mudança
E podia concretizar
Algo de minha esperança!
"E se eu pudesse voar"

Não hesitava em viajar
P´lo espaço e ir a Marte!
"E se eu pudesse voar"
A vida era engenho e arte

 Pra a atmosfera perfumar
Todo o ser de poesia
"E se eu pudesse voar"
Podia ter tal fantasia!

© Ró Mar | 2020/09/17

Mote de Maria Rosário F. Serrado Freitas:
"E se eu pudesse voar"

terça-feira, 15 de setembro de 2020

NATUREZA BELA E MÁGICA

 
Imagem: Quiétude


NATUREZA BELA E MÁGICA


(Poesia sem verbos)

Natureza bela e mágica!
O sol, a lua, as estrelas,
Vida fenomenológica,
Coisas mesmo de novelas!

Natureza bela e mágica!
A película de efeitos 
Especiais, mitológica
E tão real seus feitos!

Alegorias poéticas,
Sabedoria pedagógica,
As entrelinhas estéticas,
Natureza bela e mágica!

A singeleza ideológica
Perfume mais que ético,
Natureza bela e mágica
À luz doutro dialéctico!

© Ró Mar | 2020/09/15

ESTAÇÃO EMOCIONAL

 
Imagem: Zzig.comunidade


ESTAÇÃO EMOCIONAL


(Tautograma | E)


Estradas, encruzilhadas...
Era ecológica estritamente
Empenhada em evidenciar
Estratégias evasivas entre este e esses...!
Estigmas estreitando elos e espaçando estradas, 
Ervas enfadonhas emergindo escolhos!
Enquanto estávamos embebecidos
Em egocentrismos empreendemos
Estreitamentos e estamos enclausurados!
Estamos entre estórias e escritos
Embutidos em eixo egocêntrico;
Estamos energicamente enlaçados em egoísmos;
Estamos emocionalmente em ebulição!
Emerge estar entre estruturas extensíveis
E escolher espalhar emoções
Embutindo estrelas entre este e esses...!
Entrelaçar estratosfera entre esfera,
Explorar esta estação estival, 
Época expressionista em evidência, 
Equacionar extremos,
Expandir emoções, escolher espalhar
Excelso entendimento, esboçar
Em esquiço esmerado, equacionando
Estratos e erguendo estátuas,
Enaltecendo exemplares exímios; 
Excentricidade exclusiva excluindo extremos,
Estigmas, exotismo e exibicionismo,
Extinguindo estruturas egocêntricas, 
Exaltando elos elementares,
Esperançados em executar exemplarmente,
Estimulados e expectáveis,
Estruturas económicas equitativas, 
Exponencial equilíbrio entre estratos;
Existir entendimento emocional
Esboçando estádios energicamente
Empenhados em evoluir equitativamente!
É elementar estar e exercitar everter
Esta estação estereotipada e estupidamente
Entendida em época expressionista,
Exaltando e expandindo, erguendo emoções,
Encontrando entre elas equilíbrio emocional
E elasticidade extrema em esculpir estradas, 
Ecoando estórias e ensinando este e esses...!
Elaborando elos extraordinários, 
Erguendo elites espaciais
Em estradas entulhadas, estonteadas,
Exibindo espírito ecléctico
Em esboço esmiuçado e empenhado
Em erguer este emaranhado, entrelaçando
Esta e essas... estro engenhoso, estimando,
Enquadrando e estimulando ensinamentos
E entretenimento, estagiando....!
Estagnar egoísmos elevados e etários 
E equilibrar enternecidamente 
Estratos envoltos em escassez,
Enaltecendo estatutos, encaminhando
Em estilo entusiasta e ergonómico,
Encontrando equilíbrio económico
E estatuto estável em estar,
Existir existindo...
Exercitando...
Erguendo ecossistemas
Entre este e esses... e exercendo
Esses ensinamentos, exemplificando
E exteriorizando essa ética;
É elementar essa exposição
Exaustiva entre este e esses...
Experimentalismo, expressionismo,
Existencialismo...!
Estas expressões efusivas 
Em equinócio estival,
Entre épocas entoando
Esta estação emocional,
Emergem êxitos.

© Ró Mar | 2020/09/15

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

ÁGUAS AZUIS




ÁGUAS AZUIS

(Tautograma | A)


Anoitece adormecendo atlânticos, 
Ao amanhecer a aurora a alumiar
A alma à amante, à amiga, à adorada, à amada;
Ah, alva a aliança à amizade, ao amor!
 Acordar amanhã, águas azuis adornando
As árvores alaranjadas, avivando
 As açucenas, amparando as aldeias,
As abelhas açucarando angústias,
Alimentando alegre aspiração;
Algures as aparições adentram
As almas, alo aromático, alvor
Almejando as andorinhas avistar,
Abraçando as asas acolhedoras;
Autêntico alabastro a alcançar
Astros, alquimia, adorno artístico,
Adorados antepassados, abençoadas 
Águas abastecendo as aldeias
Alheias, amanhã argiloso, astronómico 
Ar arvorando as almas arqueadas;
Alegorias às águas azuis avultando
Abraços, alargando atlânticos.
Ah, alvíssaras! 

© Ró Mar | 2020

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

CAFÉ

 


CAFÉ

(Palavras com a Letra A)


Café, especiaria aromática,
Qual antigamente saboreava
Nalguma leitaria balsâmica,
Numa pastelaria; qual comprava

Numa mercearia, na charcutaria,
Nas lojas da especialidade;
Grão, cevada moída, chicória,
Para trazer pra casa a variedade.

Ah, agora, recordando apetece
Aquele galão nalguma caneca
Saloia, tão saloia!, qual aquece

Ao revirar a asa, após a soneca
Arregala a pestana, a magia acontece
Naquele cafeeiro "levado da breca".

© Ró Mar | 2020

CHUVA DE MAR




CHUVA DE MAR


I
 
Fim de dia à beira-mar 
Lendo o universo por instinto
Perco-me no labirinto...
Há pontes e encruzilhadas 
Por estas marés salgadas,
Reais, apesar de estar
A pensar como sonhar
Com a bela natureza
Numa singela leveza
Peculiar do lugar;

II

Entretanto, o café esfria
E sem querer o mar vai
Nas ondas do sol, que sai
Pra lá deste horizonte
Em busca da sua fonte,
Onde encontro poesia
Que celebra a fantasia
Que me mantém por aqui,
Pois, eu não sou daqui
Nem minha caligrafia!

III

E a meio do oceano,
Xícara meia-vazia 
E o pensar que dizia
Que a maré ia a meio
Caminho, num passeio
Ao longo do ano
Desenho o quotidiano,
Com trezentas e sessenta 
E cinco velas, qu´inventa
 Outra tecla ao piano;

IV

A melodia afinada
À luz dum simples farol
Traz ao mar arrebol
E o sonho acontece
Na xícara que m´aquece,
Onde cai a madrugada
À beira-mar, na esplanada,
O coração avigora 
A alma por mais uma hora,
Chuva de mar que tem vida.

© Ró Mar | 2020

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

LEMBRO O ESVERDEADO LARANJA




 LEMBRO O ESVERDEADO 

LARANJA E MAIS


O outono é estação linda demais 
Para ser vivida à porta fechada!
Lembro o esverdeado laranja e mais
A trepar p´lo alpendre à desgarrada

E também o vento sumarento 
Qu´ ousava despentear o meu cabelo,
Sempre despontando outro momento.
Tempo de deambular o olhar singelo

E de prender o salto na calçada! 
O dia a cintilar nas franjas do xaile 
A esvoaçar, época temperada!

Manhãs de sol e à noite havia baile,
Gente refrescando p´la esplanada,
Que hoje é nevoeiro e nem braille!

© Ró Mar | 2020

terça-feira, 8 de setembro de 2020

"TENHO O CÉU POR COMPANHIA"

 


"Tenho o céu por companhia"


"Tenho o céu por companhia"
E o mar pra navegar
Ondas de sal e poesia,
Quando penso em sonhar...

Tenho natureza a contemplar
O olhar e a vida é magia
Numa noite ao luar...
"Tenho o céu por companhia."

 Quando a lua vem beijar
"Tenho o céu por companhia"
E numa melodia (a)mar
Há no planeta harmonia
 
Pra um lindo poema dar,
A quem pressinta a alegria
Que há na ostra e desfrutar...
"Tenho o céu por companhia"

Quando oiço o coração 
Toda a minh´ alma é poesia
E quanto a asar a emoção
 "Tenho o céu por companhia."

© Ró Mar | 2020/09/08

Mote de Maria da Encarnação Alexandre:
 "Tenho o céu por companhia"

domingo, 6 de setembro de 2020

ROSEIRA BRAVA



ROSEIRA BRAVA


 Plantado num mero banco de jardim
Nasceu uma linda flor, roseira brava,
De espertos espinhos, dócil cetim,
Que raiava o dia que chegava;

O sol reflectindo o céu de verde
E nós num terno olhar azul de mar,
Dois botões enraizados de verde
Por entre espinhos, o amor a brotar

E o céu para amar. A vida assim
Tem luz para o sonho respirar 
Mais do que estação, flor de festim,

Que o tempo cuidou de recordar.
Um grande amor não se esquece, enfim,
 A saudade jardina, há que abraçar.

© Ró Mar | 2020

sábado, 5 de setembro de 2020

XAILE OUTONAL

 


XAILE OUTONAL


As folhas a descaírem das árvores 
É sinal dum outono a chegar,
Época de colher frutos e cores
 Olhando o céu que nos quer acenar!

O estio tem os dias contados
Na lenda do luar dum agosto
De laranja-da-baía pelos prados
E nós a vindimar maçãs do rosto!

Num cinza-nevoeiro, que não chove
Nem choverá se nós não cantarmos
De guitarra na mão fado que trove!

E no xaile outonal bailarmos
Ao sabor do vento, que renove
A estação, como é bom sonharmos!

© Ró Mar | 2020

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A RODA DA ESPERANÇA

 


A RODA DA ESPERANÇA


Quando o tempo é incerto a estação
É outra, queria eu que fosse primavera!
A vida vai rolando numa ilusão,
Porque ainda há esperança e quimera.

A tendência de florir o inverno
É tão natural quanto esta nota,
Que o movimento não se denota
E de mansinho preenche o caderno.

E levemente sobre o verde prado
A vida vai rolando uma mudança,
Porque ainda há vontade de ser amado.

E a natureza ganha confiança
Reflectida num poema perfumado,
Deslizando a roda da esperança.

© Ró Mar | 2020