A GRUTA DE DESEJO QUE SE AMANHECE…
A gruta de desejo que se amanhece…
Cascata que rendilha seios rasga as vestes no sal que volúpia a saliva,
E, silencia-se a voz no cintilar do olhar madrepérola,
Corisco que dedilha a pele e clama o ventre dos poros e enlouquece.
Os cabelos voam ao vento no raio da estrela
Que a noite seduziu, em taças de água cristalina,
E, a natureza cresce-se viscosa e de aroma a mel de açucena,
Algo de excitante, ’favos’, degusta-se, a seiva.
E, ouve-se o eco, é amor que se espelha nas águas, paradisíaca mina
Que cintila a ouro, luz ao mundo no clarão
Que incendeia e floresce o coração.
A gruta de desejo que se amanhece…
A serena e rubra face de lua que fecundou o óvulo da jovialidade
Na casta natureza que a noite brindou a felicidade.
© RÓ MAR