quinta-feira, 8 de maio de 2014

QUANDO A CHUVA BATE DE MANSINHO É TELA




QUANDO A CHUVA 

BATE DE MANSINHO É TELA 


Quando a chuva bate, bate de mansinho 
Pela janela, lembro o meu amor, o mundo 
Condensa no calor do abraço profundo 
E o dia é alegre estio na face do sonho. 

Somos a alma de Sol a raiar à janela 
Da saudade e o vento instala no todo, 
O coração abre no olhar arregalado 
E desenha a mais linda e singela tela. 

Rubra pela ternura do beijo fecundo 
Abraço o meu corpo leve e encharcado 
No macio e doce aroma de rosmaninho; 

E, acaricio os seios bagos de uva a rachar 
De desejo pela tua boca mergulhar; 
Quando a chuva bate de mansinho é tela. 

® RÓ MAR