QUANDO A CHUVA
BATE DE MANSINHO É TELA
Quando a chuva bate, bate de mansinho
Pela janela, lembro o meu amor, o mundo
Condensa no calor do abraço profundo
E o dia é alegre estio na face do sonho.
Somos a alma de Sol a raiar à janela
Da saudade e o vento instala no todo,
O coração abre no olhar arregalado
E desenha a mais linda e singela tela.
Rubra pela ternura do beijo fecundo
Abraço o meu corpo leve e encharcado
No macio e doce aroma de rosmaninho;
E, acaricio os seios bagos de uva a rachar
De desejo pela tua boca mergulhar;
Quando a chuva bate de mansinho é tela.
® RÓ MAR