quinta-feira, 8 de maio de 2014

O CUPIDO DE ESTRELAS


Imagem - Open Art


O CUPIDO DE ESTRELAS 


Silenciam-se os ventos nas penas 
Níveas que pelo papiro esvoaçam, 
E, transparentes celestes brotam, 
Borboletas anis que pautam a alma. 

Espirais pelas rendas que se inventam, 
No tom uno, as que escrevem de coração; 
Cupido que se adormece na alma, 
O mais perfeito sono, divino. 

Voluteia-se a concha no oceano, 
E, eis que surge um mar de mui pérolas 
Que se cintilam nas parábolas. 

Não são fantasias, são as mais belas 
Poesias, que se florescem plenas 
De candura, o cupido de estrelas. 

® RÓ MAR