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CALCULEI-TE…
Calculei-te ao sombreado que pela tinta jorrou
Do aparo da caneta permanente e soprou
O habitat empolgante lacrado às gavetas
Antigas e que nada mudou, só as cores violetas.
Papel branco, tão pálido, o meu rosto
Que no instante tomou forma azul mosto
Que não se apaga com uma simples lágrima
E dezenas de rios afluem rente à alma.
Quero-te sombra linda, és pequenina
Mas tens ar de lua cheia e olhar de menina,
Quanto lembras os tão sonhos de outrora!
Calculei-te ao milímetro e que vejo agora?
Que tens o mesmo cheiro de outra hora,
Quanto lembras a que amei e me honrou!
® RÓ MAR