domingo, 10 de maio de 2015

…E ASSIM ABRAÇO-ME-TE


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…E ASSIM ABRAÇO-ME-TE


Mastigando a voz salivo-me-te
Abafo a malfadada solidão
Em que me visto para viver-me-te
Mais perto e sempre rente ao coração.

Mendigando aquela existência de nós
Refugiu-me ao arrepio e perdoo-me-te
Esqueço a penumbra que é atroz
E que me alucina e enfrento-me-te.

Amando convulsivamente o destino
Paro o tempo e quedo a olhar o presente
Que tenho em mente. Mas que, desatino
Que não vê hora…degredo vigente!

O universo que palmilho não tem pé
Tremo…sinto-me-te…tenho medo
E quedo-me rente à nossa maré
Tempos que converto a nosso segredo.

Escutando aquele vento embalo a dor
Que tu me deixas-te e vivo-me-te
Longe do sofrimento e rés ao amor
Que sinto por ti e assim abraço-me-te.

® RÓ MAR