domingo, 21 de novembro de 2021

CHOVE. CHOVE. CHOVE.




CHOVE. CHOVE. CHOVE.


Chove. Desde que me lembro, sempre que chove
Relembro aqueles dias mais sisudos, que vivi
E não devia, não que não pudesse! Mas, chove
E é como se a minh' alma quisesse sair daqui.

Não gosto do inverno. Não sei se foi por nascer
Numa primavera ou se é porque hoje chove?
Mas, chove e é outono, vá-se lá entender!
Não gosto e é ponto final. E, sempre chove.

Chove. Nada que não s' espere, mas, eu não
A esperava tão cedo! E, é tarde demais
P'ra pensar o que vivi e sonhar porque não?

Não, hoje não vou sonhar! Hoje é dia dos reais
Ventos de todo o tempo e sacudo o coração.
Chove. E, se não chovesse onde dissolvia os ais?

© Ró Mar | 21/11/2021