sábado, 12 de setembro de 2015

PERDOA-ME, NÃO SOU DIGNA DO TEU AMOR


Imagem - Il potere dei pensieri 


PERDOA-ME, NÃO SOU DIGNA DO TEU AMOR


Minha flor que partiste triste e cedo,
Serva da vida e esguia de pedra e cal mor;
Em rótula de cera costuraste dia e noite
Os remendos de um lar amaldiçoado.

Eras a alma dos dias e a paz da noite;
A mais fina flor coroada de amor e paixão;
A mulher humilde e de grande coração;
O mundo em mãos e nossa senhora ao altar.

Minha flor que partiste em olhos mel,
Ciente que valeu a pena o sacrifício;
Mártir o que vês não te faz contente,
Nem todos têm a luz de teu ofício.

Empenhei-me em teu desejo sagrado
E bem sabes o quanto tenho sido fiel;
Quis a vida atraiçoar e romper um lar;
Perdoa-me, não sou digna do teu amor.

® RÓ MAR