sexta-feira, 2 de outubro de 2015

NÃO À FOME. NÃO À DESIGUALDADE. NÃO À CARIDADEZINHA.



Imagem - Divergent 


NÃO À FOME. NÃO À DESIGUALDADE.
NÃO À CARIDADEZINHA.


A fome é um bichinho 
Que corrói o ser humano
Tanto a nível físico como psicológico;
Tendo em conta que há pobreza
De gente no mundo, falta de caráter !
Quais tratam gentes
Como objetos ou seres distantes
Do seu mundo negando-lhe a vida!
Um pedaço de pão;
O carinho de suas mãos;
Um gesto de amizade;
Um minuto de cumplicidade.
Tratam-os como os coitadinhos
Que para nada servem,
Se lhes dão pão é de farinha de segunda 
E alguma fora de validade;
Que morram é indiferente,
Não têm nada para dar à sociedade!
A fome não é o mal só dos que dela padecem
Mas sim dos que dela têm conhecimento
E olham indiferentes, ou até
Solidários na caridadezinha!
Todos os cidadãos têm por direito
A integridade física e mental
E devem ser respeitados de igual forma.
Para combater a fome não é ter que pedir esmola,
Humilharem-se para sobreviver!
Ela é um mal geral da sociedade
Irradiado em todos os seres
Quer por necessidade, quer por negligência;
Pobres de espirito
Que veem as gentes
Como os famintos de pé descalço
E os enterram até à cova!
Deem-lhes o que não precisam para viver
Mas com grande coração
Para que não sejam os pobres de alma
A fazer a caridadezinha.
Sim porque a fome é apenas a miséria 
Causada pelas gentes 
Que esvaziam o estomago de outras gentes
Até que a morte lhes abra as portas da eternidade;
É o reverso de pobreza de espirito!
Todos os que sentem a fome na pele
São sem dúvida grandes almas;
Dignas d´um pedaço de pão
Oferecido de vontade, não o lixo da cidade,
Ou os dejetos do campo.
Estendam as mãos d’alma e coração
Aos mais desprotegidos;
Não fomentem a caridadezinha!
Todos os seres humanos têm direito à igualdade!
Fomente sim a solidariedade 
Em doses de frutos sãos 
De prosperidade e amizade.
Irradiar a fome é a maior riqueza,
Gentes que nos são uteis à sociedade
Que merecem viver com dignidade.
Que o mundo faça algo pela igualdade,
Que as gentes olhem outras gentes
Como seres iguais e de valor!
A fome é um bichinho que destabiliza
A balança de um mundo que queremos sadio;
Há guerras, misérias desmedidas,
Haja paz e pão nas mesas com fartura!
Cabe a todos o dever de respeitar os direitos
Consagrados ao ser humano,
Quais estão a ser desrespeitados
Sem dó nem piedade e quem 
Lucra com a situação são os famintos de alma,
Os marginalizados de um pedestal exótico 
Que têm os dias contados em sociedades
Que comportam grande percentagem de pobreza. 
Não é com caridadezinha que educam um país, 
Que crescem homens de valor e mãos de trabalho!
Deem-lhes um salário digno de gente,
Deem-lhes a oportunidade de viver com dignidade,
Deem-lhes o que lhes é por direito.
Não obriguem as gentes de necessidades a mendigar
O pão de cada dia para sobreviver.
A fome é um bichinho
Que corrói o mundo
Tanto a nível de taxa populacional,
Como a nível de progresso nacional;
Assim como violência gera violência
E todos queremos um mundo de paz!
NÃO À FOME. NÃO À DESIGUALDADE. 
NÃO À CARIDADEZINHA.

® RÓ MAR