segunda-feira, 12 de maio de 2014

POETAS QUE SOU



POETAS QUE SOU


Nas janelas do meu ser
Há um coração de quatro estações
E uma alma de cinco constelações;

Garço vidraço
Que opina ao oscular 
Os seres que esvoaçam ao vento
Pelas horas do momento.

Nas janelas do meu ser
Há primórdio que só eu sei ver,
Há um rio e também há mar,
Vê-se a lagoa rumo ao oceano.

São cinco as sensações,
Terra, Mar, Sol, Lua e Ar,
Que se desenrolam pelo dia
Nas quatro estações do ano
Que habitam o meu coração.

Nas janelas do meu ser
Há um infinito espaço,
Os signos desenham o dia
E nascem grafites de poesia;

Vê-se a noite em silente melodia
Que dá cor aos rabiscos e os define ao coração;
São a Primavera, o Outono,
Há o Inverno e também o Verão;
Poetas que sou enquanto as janelas não cerram.

© RÓ MAR