quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A GRUTA DE DESEJO AMANHECE…




A GRUTA DE DESEJO AMANHECE…


A gruta de desejo amanhece…
Cascata que rendilha seios e rasga as vestes no sal que volúpia a saliva
E silencia-se a voz no cintilar do olhar madrepérola…
Corisco que dedilha a pele e clama o ventre dos poros e enlouquece.

Os cabelos voam ao vento no raio da estrela
Que a noite seduziu, em taças de água cristalina,
E a natureza cresce viscosa e de aroma a mel de açucena,
Algo de excitante, `favos´ que se degustam, a seiva.

E, ouve-se o eco e o amor espelha-se nas águas, paradisíaca mina
Que cintila e luz a ouro, um mundo no clarão
Que incendeia e floresce o coração.

A Gruta de desejo amanhece…
Na serena e rubra face de lua que fecundou o óvulo da jovialidade
Na casta natureza que a noite brindou a felicidade.

© RÓ MAR