quarta-feira, 30 de abril de 2014

VOANDO PELO JARDIM DE POESIA


VOANDO 

PELO JARDIM DE POESIA


No aconchego às palavras sábias
Sinto a frescura imagética de ‘Primavera’
Que vejo a brotar em mim
E perco-me em letras várias.

Beijando o botão d’um tesouro,
Que desabrocha pelo dia ...

No florir a vida e voando pelo jardim
Como qualquer borboleta de verde ouro.

Vida que promete olor ‘rosa’ e solta-se
Pelo perfume tão jasmim,
Que embriaga a alma e consome o coração,
Numa melodia sem fim.

Nas folhas desta ‘Primavera’
Descanso e sonho ser princesa ao tempo,
Que me dá uma razão vera
De estar e ser poesia.

Na paisagem de gente a poetar,
Sinto a fertilidade, larva em mim,
Que desenvolve e confunde ao mar
Que banha as margens de infinito ar.

A ‘rosa murcha’ cede-se,
Ao viscoso e tão acetinado verde da ‘estação’,
Pétalas que se libertam e movem-se
Como quem quer e teima voar…

O voo sem destino ao universo,
Que na prosa e também em verso
Soletram as letras deste tempo,
Que aprendo a ler e escrever.

Encontro-me pela paz da alma, no azul de se ver,
Que envolve o coração de melodias de amar
E me prende pelas frases que ouso escrever,
Porque me deixam viver e sonhar.

® RÓ MAR