ESTA, MINHA, JANELA
Um dia pardo e não me vem nada à ideia!
Abro, esta, minha, janela, entro e fecho as portas;
Engendro-me às trepadeiras, vermelhas,
Que abrem a alma à luz de uma simples candeia.
Folhas luzidias que me acendem o coração!
Neste viveiro escrevo, tudo o que me vem à ideia,
Tanto escarlate quanto as plantas que me rodeiam;
Assim, adormeço o mau tempo em poesia!
A minha boca vai ditando todos os momentos,
A minha mão trepa as palavras ao confim
E os meus dedos enleiam os sentimentos
Até ao momento que tropeço num certo jardim!
© RÓ MAR