ESTA, MINHA, JANELA
O dia é-me nítido ainda assim vou para lá, desta janela,
Para melhor percecionar o que tem a dar;
Tenho à minha frente um mar, uns pinceis e aguarela
De sobra para revestir a minha alma de amar.
O pensamento assenta no cavalete da memória
E vem à mão afinidade que preenche a poesia
Um canto que me é mui querido; e, esboço a varanda
Que vive de amor, numa fabulosa ciranda.
Percecionando uma varanda rés ao mar,
Numa ilha, onde só existem dois lugares para amar;
Que rodopia a alma e põe o coração em tentações;
Assim, respiro um mar de constelações!
© RÓ MAR