ESTA, MINHA, JANELA
Eis que, abro esta, minha, janela e encontro um jardim
Onde circula o ar puro, a natureza que sempre quis!
E, o dia cresce na tela, em que penduro a alma arlequim,
Num cru cabide, de um tempo sem fim, e o mundo diz:
Mas, que cousa tão bela! Será em óleo ou aguarela!?
E, eu assim digo: Ah, é a nossa natureza que pinta a janela
Que hidrata a alma e a pinceis que escorrem do coração!
E, é assim que o dia sonha em voz alta e faz uma nação!
Quero ainda acreditar que todos temos uma nova arte
Para espelhar o que há de bom e assim poder crescer
O universo com destreza e também mais à parte,
Num círculo de fé e esperança, uma outra natura a ser.
© RÓ MAR