domingo, 17 de janeiro de 2016

RESPIRO PARTE DE UM DESALENTO




RESPIRO PARTE DE UM DESALENTO


Ainda assim, escrevo algumas memórias que me ocorrem
Mais felizes, e deixo-me levar pelas palavras que sorriem;
Na certeza porém que nada nesta vida será diferente
E resigno-me à sorte de um destino tangente.

As lágrimas impelem que veja um outro dia;
Nesta, minha, janela as raízes são mais que profundas,
Está latente um mar de mui tormentas;
Qual ouso escapulir numas palavras de poesia.

A vida não dá outra escolha e por mais que sorria
A mão tende a não acertar a caligrafia de um outro dia!
Ainda assim, permito-me desafiar as linhas, do destino sisudo,

Preenchendo as vagas em verve ancorada a bom porto,
Remando uma barca que não tem lugar neste mundo!
E, neste escrevinhar respiro parte de um desalento.

© RÓ MAR