ESTA, MINHA, JANELA
Certo universo perplexa me com tal ingratidão!
Que me resta, fechar-me dentro de uma solidão!
Vejo-me na janela que abre portas às frésias,
Umas das flores preferidas, que vivo em poesias!
Vida, tão perfumada, de amor e arte;
Qual escapou-me pelos dedos em zomba noite!
E, o dia, que poderia ser astro rei e assim respirar,
É vitrine de lágrimas em que deleito a alma devagar;
Na sensibilidade que sempre conheci, tal as flores que vivi!
O meu coração pede de mansinho para escutar a melodia
E a alma assim adormece, convencida que é outro dia;
Não sei o que mais a vida me reserva e respiro o que sobrevivi!
© RÓ MAR